quarta-feira, 31 de dezembro de 2025

O Emigrante de Luxo que Fugiu da Obra-Prima que Deixou Cá

António Costa, para memória futura!
Há quem emigre por necessidade. Há quem emigre por desespero. E depois há António Costa, que emigrou porque… pôde. Fugiu. Evaporou-se. Escapou pela porta da frente como quem se esgueira por uma janela traseira — só que com mala diplomática, motorista e voo pago a partir de Bruxelas. O verdadeiro “self-made man”: fez mal, correu mal, deixou tudo mal… e ainda assim arranjou uma promoção.
Portugal é, de facto, um país extraordinário.
Depois de oito anos a transformar o país num experimento socialista digno de um manual de advertências, Costa conseguiu a proeza final: abandonar o palco antes que a plateia começasse a exigir o reembolso dos bilhetes. Poder-se-á dizer que é um emigrante de sucesso — embora o sucesso, neste caso, seja exclusivamente dele. O país, coitado, ficou com a ressaca.
O Emigrante Mais Bem Pago da História Nacional
A narrativa oficial apresenta António Costa como mais um português que teve de procurar melhores condições de vida no estrangeiro. Pobrezinho. Um “brain drain” tardio. Uma fuga de talento — embora o talento, ao contrário da fuga, seja discutível.
Mas é verdade: Costa não foi trabalhar para uma cozinha belga a descascar batatas. Foi para Presidente do Conselho Europeu, esse campo de estágio dourado onde políticos reciclados vão aprender a falar de “resiliência”, “transição digital” e “solidariedade europeia”, enquanto fazem o oposto daquilo que pregaram durante décadas.
Foi um salto que só surpreende quem acha que na política ainda existe mérito. Na prática, foi mais simples: uma investigação judicial abriu uma tampa, saiu de lá um cheiro esquisito, houve menção a lítio e a vinhos perdidos em gabinetes improváveis, e Bruxelas decidiu que, afinal, era boa altura para recolher Costa — antes que o país se lembrasse de fazer o mesmo que fez a Sócrates, mas com mais eficácia.
O Homem que Destruiu o SNS e Foi para Bruxelas Tratar-se
Costa partiu e connosco deixou a ruína exemplar do seu governo: um SNS estoirado, médicos exaustos, enfermarias ao abandono e famílias a pagar cada vez mais ao sector privado — aquele mesmo sector que Costa alimentou involuntariamente enquanto garantia que o estava a “proteger”.
E, claro, abandonou com requinte português: sem ter de esperar oito horas numa urgência com infiltrações, sem ter de ouvir um funcionário do Estado dizer “volte amanhã”, sem ter de atravessar bairros onde o multiculturalismo ganhou vida própria. Ganhou mais em três dias em Bruxelas do que um português médio em três meses — e sem ter de lidar com as políticas que ele próprio impôs durante oito anos.
Há simbolismos que são demasiado perfeitos para serem coincidência.
O Pai da Imigração Descontrolada Descobre Subitamente que é Preciso Controlar a Imigração
A Europa tem destas ironias: ao chegar a Bruxelas, Costa descobriu uma novidade fascinante — que afinal é preciso controlar fronteiras. Precisou de sair do país que inundou de imigração caótica para, só então, perceber que talvez aquilo tivesse consequências. Milagres da altitude diplomática: quanto mais se sobe, mais longe fica a realidade.
Costa foi para a Europa mudar de discurso como quem muda de gravata. Defendeu fronteiras fortes. Exigiu rigor na imigração ilegal. Falou de “ordem”. Sim, o homem que fez de Portugal uma sala de espera para meio mundo que fugia da miséria — agora é um falcão de fronteiras.
Não é incoerência; é camaleonismo profissional.
A Grande Fuga: Como Evitar o Epílogo da Própria Tragédia
Costa fez aquilo que tantos desejam: saiu antes de ter de colher os frutos da sementeira. Não irá assistir à implosão do SNS, ao colapso dos serviços públicos, ao aumento da criminalidade, à justiça que não julga, nem à saga infinita da Operação Influencer — uma história que continua tão perdida quanto as tais caixas de vinho que ninguém reclamou.
Abandonou tudo com a elegância calculada de quem sempre soube que o país é muito bom para governar… mas péssimo para viver como um dos governados.
Exportámos um Produto Nacional: o Político Socialista
Portugal é um país pobre, mas generoso. Exporta cerejas, cortiça, azeite de qualidade — e políticos socialistas de segunda mão. Bruxelas recebe-os sempre de braços abertos. São dóceis, obedientes, obedecem à cartilha europeia e, sobretudo, nunca fazem ondas. São perfeitos para aquela máquina burocrática onde ninguém responde por nada, desde que todos sorriam para a fotografia.
Costa foi para lá. E nós ficámos com o resto — as dívidas, os problemas, os hospitais a cair, as escolas sem professores, os processos judiciais em banho-maria, a segurança a degradar-se e uma população que continua a pagar impostos escandinavos para viver serviços africanos.
O Emigrante Perfeito — Que Deixou o País Imperfeito
António Costa conseguiu o sonho socialista supremo: governar sem consequências. Deixou o país pior do que o encontrou e foi recompensado com o melhor emprego da sua vida. Não há moral nesta história — apenas constatação.
Costa não fugiu de Portugal.
Fugiu a Portugal.

E isso, meu caro leitor, resume a sua personalidade política: um homem a quem tudo correu mal, mas que sempre conseguiu cair para cima. Não há maior talento do que esse.

PS:
António Costa é o emigrante de luxo que Portugal exportou sem aviso prévio.
Deixou cá o SNS em frangalhos, serviços públicos decrépitos, justiça parada e uma política de imigração feita à base do improviso — e partiu para Bruxelas como se tivesse sido promovido por mérito.
Agora fala em “controlar fronteiras” e “ordenar migrações”, ele que abriu todas as portas como quem abre janelas num incêndio.
Nós ficamos com os destroços; ele ficou com o conforto europeu.
O verdadeiro milagre socialista continua: errar sempre… e cair sempre para cima.