Ao fim de mais de três horas de impasse, depois de a caminhada ter sido parada pela polícia, pouco após as 11h, a uns 600 metros do local de partida, os manifestantes permanecem sem arredar pé.
Os manifestantes concentraram-se junto do cemitério de Santa Ana mas pretendem chegar ao Largo da Independência, onde desejam apelar à libertação dos seus companheiros, detidos a 3 de Setembro, numa manifestação contra o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos.
Contudo as autoridades locais que autorizaram a manifestação apenas para determinadas artérias da cidade impediram, com um cordão policial, a marcha prevista.
Alguns elementos vestidos a civil insurgiram-se contra os jornalistas e num incidente com a equipa da RTP-África provocaram danos materiais no equipamento e físicos no jornalista Paulo Catarro atingido com um líquido estranho nos olhos.
"A maior preocupação" da polícia que vigia a manifestação "é que não haja câmaras ou telemóveis a fotografar o evento para que pareça nunca ter existido". "Mas já temos aqui alguns vídeos que testemunharão a moldura humana da manifestação de hoje", assegura no Facebook um manifestante.