O mítico aeroporto de Tempelhof, no coração da capital alemã, fechou.
Essencial para Berlim Ocidental durante o bloqueio soviético, tornou-se obsoleto nos últimos anos e nem uma série de iniciativas que culminaram num referendo falhado, conseguiram salvá-lo.
Centenas de berlinenses deslocaram-se a Tempelhof para se despedirem daquele que foi descrito pelo arquitecto Norman Foster como “a mãe de todos os aeroportos”.
O último avião comercial levantou vôo seguido por vários exemplares de museu, intimamente ligados à história de Tempelhof.
O porta-voz dos Aeroportos de Berlim defende que Tempelhof é um “berço da aviação. Em 1926, a Lufthansa fundou aqui o seu primeiro centro de actividade europeu e, nos anos seguintes, Tempelhof tornou-se não só no maior aeroporto da Europa, como de todo o Mundo”.
Inaugurado em 1923, foi o palco da maior operação humanitária aérea da história, quando os aviões da “ponte aliada” alimentaram, entre 1948 e 49, uma Berlim isolada pelos soviéticos.
Mais um simbolo da Guerra Fria que foi apagado! Quem, destas novas gerações, se irá lembrar dele?