Foram «apenas» cerca de 20 minutos de chuva intensa, mas foi o suficiente para deixar a cidade de Lisboa alagada um pouco por todo o lado.
“Os bombeiros não tiveram mãos a medir durante toda a tarde e a sorte foi que o S. Pedro deu uma ajuda, com o sol a espreitar e a acelerar as operações de limpeza”.
A Câmara, perdida em politiquices, é que se esqueceu que chegado o Outono caem as folhas que entopem as sarjetas... ou, inespertos em botânica, pensaram que as arvores eram de folha perene. Os sociocomunicantes mudaram e, em consequência, o “bruáá” porque as sarjetas não estavam não se ouviu! Convenhamos que isto de não as limpar é “crime” apenas quando a gestão da autarquia está na chamada Direita...
O nome do local diz tudo excepto para quem concebeu o actual traçado.
O Portugal Diário um dos poucos que esteve em alguns dos locais mais afectados pelas súbitas inundações, que chegaram mesmo a assustar os lisboetas. A situação mais grave foi vivida na zona de Sete Rios, quando, em poucos minutos, a água chegou até à cintura dos transeuntes. Nas imagens daquele jornal pode ver-se um carro que, com a força da enxurrada, foi arrastado até à porta dos restaurantes, de onde alguns clientes tiveram dificuldade em sair e viveram momentos de panico.
O metro de Sete Rios, e o mini-centro comercial que ali existe, foi invadido pela água de um momento para o outro. «A água passou o passeio da rua, que não é normal, e entrou no átrio. Há um escoamento natural, que são as sarjetas, mas não deram vazante, naturalmente estarão entupidas até com material que veio das chuvas», disse o chefe de serviço do Regimento Sapadores de Bombeiros à Lusa.
Também na Praça de Espanha se assistiu a um verdadeiro caos, com filas intermináveis de carros que não conseguiam passar, mais de meio metro de altura, de água.
Os Túnel do Rego, do Campo Grande e os das Avenidas João XXI e dos Estados Unidos da América encheram-se de água.
... ó ZÉ! O túnel do Marquês não alagou !!!
Houve ainda abatimentos de terras e vias na Avenida Egas Moniz, em frente ao Hospital de Santa Maria.
Praça do Chile, Avenida Almirante Reis e Campolide foram outras das zonas mais alagadas.
O bombeiros atenderam 250 pedidos de ajuda e, de acordo com o comandante do Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa, Joaquim Leitão, chegaram a chover 26 litros de água por metro quadrado. in PD 19 Outubro 2008