Um documento oficial do Governo, ontem emitido pelo Executivo num debate parlamentar, afirma que 256 mil antigos combatentes da Guerra Colonial irão ver os seus complementos de pensão reduzidos.
... do total dos 293 mil beneficiários do Complemento Especial de Pensão (que passará a chamar-se Suplemento Especial de Pensão), 256 513 (87,4%) "passarão a auferir benefícios monetários inferiores aos actuais", implicando isto uma poupança de 10,9 milhões de euros. A "nota justificativa" acrescenta que 36 858 antigos combatentes "passarão a auferir benefícios superiores aos actuais", custando isso quase 800 mil euros.
segue-se a treta do costume:
"Os ganhavam menos vão passar a ganhar mais. Os que ganhavam mais vão passar a ganhar menos", disse o ministro da Defesa. Nuno Severiano Teixeira apresentou a nova regulamentação como sendo "equilibrada, justa e financeiramente justificada". Os suplementos passarão a ser pagos directamente do Orçamento do Estado em vez de continuarem a ser por um fundo que "não tinha um cêntimo".
A proposta aprovada no Parlamento pelo PS...
A oposição criticou duramente a proposta...
"Uma vergonha", disse o deputado Henrique Freitas. "Há ironias. Ontem discutimos 20 mil milhões para salvar os bancos. Hoje estamos a discutir três milhões de euros poupados à custa de antigos combatentes." DN Sábado, 18 de Outubro de 2008