O seguidismo é uma forma de indigência intelectual: adesão a ideias sem filtro, sem debate, sem análise — apenas repetição, imitação, reflexo condicionado. É o que vemos hoje na engrenagem propagandística do PS, replicada fielmente por parte dos média que se reclamam independentes mas funcionam como caixa de ressonância.
Este caso é claro:
Alexandra Leitão afirma que não pedirá a demissão de Carlos Moedas, mas sublinha que nunca faria uma conferência de imprensa sem direito a perguntas.
O Observador, em vez de contextualizar ou questionar, passa a repetir em uníssono duas “ideias-força”:
- Moedas não se demite (conclusão já sabida).
- O erro maior de Carlos Moedas foi a conferência sem perguntas (tese oferecida pela própria Leitão).
E os programas “e o Vencedor é” e o “Explicador” alinharam-se sem pestanejar nesse guião. Não há interrogação, não há contraditório, não há investigação própria: apenas eco.
Isto é seguidismo: não é jornalismo, nem comentário. É pura imitação da narrativa oficial.
Uma democracia que se habitua a esta indigência crítica perde pluralismo e ganha propaganda disfarçada de informação.