Seguro, que ontem jantou em Viseu e hoje em Figueira da Foz participou num almoço de Natal com militantes, mostrou-se hoje “profundamente chocado” com afirmações do primeiro-ministro no sentido de os professores desempregados emigrarem e, também por isso, considera o Passos Coelho “um primeiro-ministro demissionário”, “apaixonado pela austeridade” e a fazer “tudo pelos mercados”.
Seguro frisou também que "já não é a primeira vez que o Governo diz que a solução para os desempregados em Portugal é emigrar".
Admito que Seguro, hoje, teve uma ideia inovadora: “um primeiro-ministro demissionário”. Claro que agora o Jorge Sampaio já não é o Presidente e o actual dificilmente “irá nessa conversa”.
O que Seguro não mudou foram as estratégias de manipulação através dos média para manter o público alienado, escrito pelo linguista Noam Chomsky no “Armas silenciosas para guerras tranquilas” (vai na primeira de dez!).
O estranho é que, repetindo-se, esteja a faltar imaginação à máquina de propaganda do Partido Socialista, que sempre nos deslumbrou com novidades e, agora, esteja a levar Seguro, ponto por ponto, a repetir o “caminho do Pinto de Sousa” que, sampaiamente acompanhado, levou à “bomba atómica” da dissolução da Assembleia da República e ao inicio dos seis anos que passámos em plano inclinado.