Pois é! Passaram 180 (cento e oitenta) dias. Só? Parecem anos, quase os “seis”!
Na sua maioria politicamente pouco preparados para governar, o primeiro-ministro é disso o melhor exemplo, os ministros lá vão cumprindo um programa que não é o deles, mas o que lhes foi doado pela gente politicamente preparada que os antecedeu e por uma União Europeia que nos desiludiu.
Claro que a execução do “programa dos outros” atenta contra tudo aquilo que, como diriam as esquerdas, “ganhámos” após a queda do Estado Novo.
Também, porque a herança do corporativismo continua a manifestar-se nos lóbis e nos chega, veiculada pela comunicação que temos, habituada à história do “homem que mordeu no cão”, a imagem que nos chega é má.
Apesar disto, dizem os estudos de opinião, a sensata maioria dos portugueses vai-lhes dando apoio, talvez porque não consiga vislumbrar uma melhor solução.
Realmente este não é o governo que eu queria… mas é o governo que tenho! E como não existem “sampaios” à vista, espero que, pelo menos, não desiludam aqueles que nele confiaram!