Acabei de ouvir, numa das TV’s, uma pmj lançar a ideia que o 1º de Dezembro era uma ideia “da extrema-direita” e um comentadeiro afirmar que poderia ser comemorado num Domingo antes ou depois daquele dia. Imagine-se, para o ano, comemorava-se o dia 1 no dia 2…
Eventualmente o 5 de Outubro que tem direito às mesmas bacoradas seria comemorado no dia 7!
Realmente o número de cretinos e incultos não cessa de aumentar.
Ninguém duvida que o retirar destes feriados veio com a тройка, uma palavra soviética a que qualquer alemã de leste se habituou, e que os inadaptados desta nossa governança tomaram como sua.
No inicio de 2007 a chancelerina Merkel lançou a ideia de se “criar” uma história única para a Europa que por cá certamente será apoiada por todos quanto pensam que História de Portugal foi uma invenção de um qualquer fascista, quiçá pelo Oliveira Salazar.
Recuperei um artigo de opinião que é mais que isso: é uma lição história (embora me pareça que foi apenas mais uma “pérola para porcos”):
A recente ideia proposta e acarinhada por membros do Governo alemão, incluindo a chanceler Merkel, de redigir um livro único de História para o continente europeu merece mais do que simples comentários circunstanciais. É uma ideia reminiscente da segunda metade do século XIX e dos princípios do século XX, quando se andavam a inventar "nações", "raças" e "países" por essa Europa fora. Ao contrário do que muita gente talvez julgue, o Estado-nação hoje típico da Europa é uma realidade recente. Ainda em 1918, uma parte grande da Europa ocidental era dominada por impérios (o alemão e o austro-húngaro) e a Europa central e do Leste inteiramente dominada por eles (os mesmos, mais o russo e o otomano). São muito raras as unidades territoriais historicamente homogéneas ou perto disso: Portugal e a França talvez sejam os exemplos mais claros; a Espanha ou o Reino Unido (que só existe desde o século XVIII) podem ser vistos como pequenos impérios locais. Foi no século XIX que se inventaram países como a Bélgica, a Grécia, a Itália ou a Alemanha. No século XIX e nos princípios do século XX, de repente apareceram pela Europa "nações" de que nunca se tinha ouvido falar: a basca, a catalã, a austríaca, a húngara, a checa, a polaca, a sérvia, a búlgara, a turca, etc., etc. Não quer isto dizer que não existisse uma certa continuidade cultural, territorial e até étnica nalguns desses sítios, mas raramente ela tinha coincidido com a ideia de "nação" e menos ainda com a de um Estado independente.
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O livro único de História europeia insere-se nesta tradição infeliz e reflecte a tensão no continente entre a manutenção das unidades políticas que tão penosamente adquiriram a sua existência e essa ideia (que vem ganhando um crescente número de partidários) segundo a qual elas deveriam integrar-se numa única grande entidade europeia. …pelo Prof. Luciano Amaral em 15 Março 2007