terça-feira, 21 de setembro de 2010

Por uma Nova República

Enquanto Miguel Frasquilho, PPD/PSD, diz que números da execução orçamental são «muito preocupantes», Assunção Cristas, CDS-PP, entende que situação não é tão preocupante porque «receita está a aumentar» Já José Gusmão, BE, considera que as escolha ao nível da despesa têm sido erradas e Vasco Cardoso, PCP, entende que Portugal não precisa de FMI nem de políticas de PS e PSD. Estas "visões", do que está a acontecer às nossas economia e finanças, reflectem as posições dos políticos e dos partidos políticos que temos.
O PPD/PSD, partido com vocação de governo e com milhares de militantes bem colocados nas autarquias e em empresas institucionais, isto é, dependentes e pagos por todos nós, não consegue perceber que é um dos grandes culpados da situação a que chegámos. O PP, apresenta a versão moderada de um partido-muleta que provavelmente já acordou com o ainda governo umas entradas para a mesa onde se manjam os nossos impostos. O BE, da esquerda-chique não alinhará, nem será convidado, em alianças que acabariam com as ilusões daqueles que ainda acreditam na Utopia de uma juventude que se habituou a viver em parental dependência. O PCP está cada vez mais a cair no partido operário dos meados do século que passou. É passado. Esta é a panóplia que se nos apresenta e aqueles são, quase quarenta anos depois, iguais aos de 40 anos antes, usando empregos e poleiros para avassalarem uma corja que, pé-ante-pé, destruiu o nosso sonho de 74. Vinte cinco anos depois o FMI aproxima-se, com as resultados que os mais velhos conhecem, talvez pensando que “às três é de vez”… Pergunto-me se não devemos tirar as consequências e pedir responsabilidades, não só as politicas, mas a todos quantos, em menos de um quarto século, nos voltaram a empurrar para a beira do abismo que marca o limite da nossa independência.
Responsabilidades a que “os mais velhos”, que deixaram o governo a esta geração que nos desgoverna, também não podem fugir. Talvez Carrilho, corrido pelos seus pares da mesa dos nossos impostos tenha razão ao escrever o "E agora? Por uma nova República"