Inês de Medeiros, ao tomar conhecimento que o CDS, "numa extraordinária inversão de posição que outro objectivo não tem que o de relançar a polémica e que, estranhamente, pretende justificar recorrendo a uma invocação abusiva" do despacho assinado por Jaime Gama, considerou que deveria "pôr um fim a tão triste episódio".
Em carta dirigida a Jaime Gama começa por agradecer a forma "expedita" como o presidente da Assembleia da República actuou em relação ao seu caso, e explica o motivo que a leva agora a prescindir de qualquer comparticipação do Parlamento nas despesas com as suas deslocações a Paris:
"Tendo tomado conhecimento do teor do despacho exarado por V. Exa. vejo-me, contudo, obrigada a contrariar a decisão dele constante, por razões que certamente entenderá. Não quero contribuir para que aqueles que querem transformar a política num permanente circo demagógico se sirvam da minha pessoa para tal efeito".
«Manteremos o projecto de lei, porque não se aplica a um caso em concreto» e assim será possível evitar dúvidas no futuro, disse o líder da bancada do CDS-PP, congratulando-se com o «efeito prático» e «positivo» que a iniciativa do seu partido já teve. Para Pedro Mota Soares, esta situação «não foi positiva» para a Assembleia da República. «O PS colocou o Parlamento português em dificuldades», porque obrigou-o a «colocar-se numa posição que tinha de pagar algo que ,do ponto de vista moral, não parecia aceitável a muita gente», TSF