No eixo vertical encontram-se representados os valores da taxa de crescimento real do PIB (clique para aumentar a infografia).
Adaptado de De quem é a culpa? de Jorge Assunção aos 3 de Maio de 2009
Nos últimos sete anos crescemos sempre abaixo da média dos países das três zonas em análise.
Foram anos de empobrecimento relativo, típicos de uma economia submergente.
Os próximos anos não deverão ser muito melhores, embora constantemente nos estejam a vender um futuro mais risonho.
A verdade é que a geração actual no poder está a preparar-se para legar uma sociedade mais pobre às gerações vindouras. A geração de 50 (Guterres [falha por meses], Barroso, Santana e Sócrates) soube trazer o espectáculo à política, mas com isso veio a falta de seriedade. Do Guterres do pântano, passando pelo Barroso do choque fiscal e o Santana da deslocalização de ministérios, até ao Sócrates dos 150 mil empregos, este país só andou para trás.
Mas a culpa não se restringe aos partidos, a culpa é daqueles que os elegem na esperança que chegando lá nada mudem.
Aquilo que até agora temos assistido é que qualquer dos governos da década, sempre que tentou fazer alguma reforma significativa, encontrou forte oposição no povo que sai para a rua em protesto.
Em Portugal não importa ser reformista, importa parecer. É, afinal, o país do faz de conta.