Aqui e ali começam a surgir as chamadas de atenção para as inconstitucionalidades das acções anti-crise em especial quando atingem os bens de pessoas e corporações.
A velha Constituição de 76, apesar das alterações que foi sofrendo, parece que já não serve para os “tempos europeus” que correm e apenas os saudosistas e fundamentalistas a defendem. A maioria dos cidadãos nunca a leu e nem sonha que exista “essa coisa” e, pior, nem sabe para que serve.
O acordo do Governo socialista com a troika, aceite pelos actuais partidos da coligação governamental, mostrou-o de imediato e, à medida que as medidas da chamada consolidação orçamental vão surgindo, cada vez mais se verifica que Lei Fundamental lhes é um empecilho.
Convenhamos que o actual governo pouco tem ligado a constitucionalismos e, tudo leva a acreditar, que o continuará a fazer. Também aos menores e ao maior partido da oposição interessa manter a corrente situação.
Mas nós, especialistas em “desenrascanço”, lá iremos “cantando e rindo” como no antigamente.
Até quando?