Num DVD em posse das autoridades inglesas desde 2007, é possível ver-se uma conversa entre um administrador inglês da sociedade proprietária do “outlet” de Alcochete e Charles Smith, onde é denunciado o pagamento de “luvas” ao ministro português envolvido no caso e que encabeça a lista detida pelos ingleses de 15 suspeitos de corrupção no licenciamento da superfície comercial.
Júlio Monteiro, tio de José Sócrates, admitiu ter proporcionado o encontro entre o actual primeiro-ministro e Charles Smith, sócio da Smith & Pedro (ver as declarações que fez ao semanário Sol). Um filho deste, confirmou ao Expresso a existência de um encontro entre um intermediário do negócio do Freeport e o então ministro do Ambiente.“Foi através de mim que ele conseguiu a reunião”... e “Eu até fiquei chateado pelo facto de nem me agradecerem o encontro que marquei, revela J. Monteiro”. 23.01.2009 - 21h30 PÚBLICO
Apesar destas revelações o primeiro-ministro garantiu hoje que não conhece pessoalmente nenhum dos promotores do "Freeport", avisando que o contrário constitui um "insulto" e uma difamação", e considerou que as notícias do jornal “Sol” merecem "indignação" e "repúdio".Para aumentar a confusão a Lusa noticía que teve acesso a um documento onde José Sócrates diz que "houve, de facto, uma reunião alargada, no Ministério do Ambiente, que contou com a presença de várias pessoas", entre as quais ele próprio, o secretário de Estado do Ambiente e responsáveis de diversos serviços do Ministério, a Câmara Municipal de Alcochete e os promotores do empreendimento Freeport".
"Essa reunião foi solicitada pela Câmara Municipal de Alcochete. Admito, embora não recorde esse facto, que também o meu tio, Júlio Monteiro, me tenha pedido para receber os promotores de modo a esclarecer a posição do Ministério do Ambiente sobre o projecto.”
Sobre este assunto o procurador-geral da República, garantiu ao diário PÚBLICO que o caso Freeport será investigado até ao fim como qualquer outro processo. “Com a mesma tranquilidade com que se investiga um pedreiro, um médico ou um professor, assim se investigará qualquer ministro ou político.
desculpe, Sr. Procurador- Geral mas não acredito! Se fosse um professor, um médico ou pedreiro, acreditaria, mas é o seu primeiro-ministro...
já o era em 2005, o caso arrasta-se desde 2001 e estamos em 2009!