quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Quarto cabo submarino inoperacional numa semana


O corte de dois cabos de comunicação submarinos no Mediterrâneo e de dois no Golfo Pérsico, durante a semana passada, continuam por esclarecer.

Após o corte de dois cabos submarinos no Mediterrâneo, cortados independentemente, no dia 29, com poucas horas de diferença e com um forte impacto na capacidade das comunicações e economia, em países desde o Norte de África à Índia, foram cortados ou ficaram inoperacionais mais dois, na sexta-feira, no Golfo Pérsico. O primeiro cabo a ser cortado terá sido o Falcon, a cerca de 55 quilómetros da costa do Dubai, seguido por uma falha, causada por problemas técnicos ou corte, de outro cabo, ligando o Qatar aos Emiratos Árabes Unidos.
A teoria mais convencional, de corte acidental por um navio desviado da rota, foi já posta de parte, pelos menos para os dois primeiros cabos, pelo governo egípcio, um dos países mais afectados pela quebra de comunicações.
Apesar de as operadoras responsáveis pela exploração dos cabos terem rapidamente posto em marcha ligações de contingência, através de outros cabos, a capacidade de comunicação dos países mais afectados foi seriamente comprometida, até cerca de 60 por cento nalguns casos.
A rede de cabos submarina possui uma taxa de falência bastante baixa, estando todavia sujeita aos movimentos tectónicos violentos que ocorrem na crosta terrestre submersa. Exemplo de quebra por actividade sísmica foram os cabos cortados pelo terramoto e réplicas que assolaram o sudeste asiático em 2004 e que provocaram um dos mais mortíferos tsunamis de sempre.
Dois dos cabos cortados, o Flag e o Falcon, são propriedade da empresa Flag Telecom e fazem parte de uma das estruturas de comunicação submarina mais recentes. in equipa da Casa dos Bits quarta-feira, 06 Fevereiro 2008