dados demográficos do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos a 2006 indicam que
Gente da serra vive menos dez anos
Gente da serra vive menos dez anos
Quando nascem, as crianças da Serra da Estrela, Beira Interior Sul e Cova da Beira têm menos dez anos de esperança média de vida do que as do resto do País, mostram os dados demográficos do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos a 2006. Enquanto as restantes populações olham para o futuro e vêem pela frente a possibilidade de viver até aos 78 anos, em concelhos como Gouveia, Seia ou Vila Velha de Ródão os mais idosos correm o risco de só chegar aos 68 anos. “É a questão da interioridade.
O Interior, de Norte a Sul, é uma zona que está a morrer do ponto de vista demográfico”, alerta Mário Leston Bandeira, presidente da Associação Portuguesa de Demografia e professor no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE).
Apesar de estas regiões oferecerem, à partida, maior qualidade de vida, “toda esta zona é muito deprimida, económica, social e demograficamente”. “Se tem mais qualidade porque não existe o stress e a confusão do Litoral, o Interior está também mais esquecido”, sublinha o especialista, lembrando que “se tem fechado maternidades, centros de Saúde e Serviços e as pessoas desta região estão cada vez mais esquecidas e isoladas”. Além disso, o envelhecimento populacional tem um forte peso na saúde mental destas pessoas. “Não têm contacto com pessoas mais novas, vivem num mundo fechado, o que em termos psicológicos prejudica a saúde da população” e contribui para uma menor longevidade, diz Leston Bandeira.
“NÃO PODE SER VERDADE”
Os autarcas da região da Serra da Estrela ficaram surpreendidos com os dados do INE, garantindo que os números “não podem corresponder à verdade” porque as pessoas dispõem hoje de “melhores condições de vida e de apoio social”. Eduardo Brito, presidente da Câmara Municipal de Seia, garante que o que se passa no seu concelho é precisamente o contrário. “Deve haver qualquer anomalia no objecto de estudo. As pessoas vivem hoje mais tempo e têm cada vez mais cuidado com a saúde, alimentação e comodidade”, diz o autarca, que está também ligado ao Centro Social da Quinta do Monterroso, com um lar onde a média de idades é de 90 anos. “O INE é que deve estar velho e a sofrer de outros problemas”, ironiza. Quem também ficou surpreso com os números da estatística foi o presidente da Câmara de Gouveia. Álvaro Amaro vai analisar os valores e agir em conformidade, caso se confirme a sua veracidade.
“A realidade diz-me que as pessoas desta região estão a viver cada vez mais anos. Gouveia, por exemplo, distingue-se pela qualidade do ar que os habitantes respiram. Somos procurados por doentes asmáticos que vêm para aqui curar as maleitas”, diz, garantindo que vai estudar os números porque essa situação o preocupa. “Se isso se verificar é muito grave e temos de rapidamente inverter a tendência. Dez anos a menos é muita diferença.”
Mais a sul, em Vila Velha de Ródão, a incredulidade mantém-se. “A taxa de envelhecimento no meu concelho é elevadíssima, não acredito que as pessoas desta região vivam menos dez anos. Cerca de 80 por cento das pessoas que estão nos lares espalhadas pelo concelho tem mais de 90 anos. Os problemas em Vila Velha de Ródão prendem-se com a natalidade e com a fuga dos jovens, e não com a longevidade das pessoas”, concluiu Maria do Carmo Sequeira, presidente da autarquia. Kaminhos quinta-feira, 28 de Fevereiro 2008
“A realidade diz-me que as pessoas desta região estão a viver cada vez mais anos. Gouveia, por exemplo, distingue-se pela qualidade do ar que os habitantes respiram. Somos procurados por doentes asmáticos que vêm para aqui curar as maleitas”, diz, garantindo que vai estudar os números porque essa situação o preocupa. “Se isso se verificar é muito grave e temos de rapidamente inverter a tendência. Dez anos a menos é muita diferença.”
Mais a sul, em Vila Velha de Ródão, a incredulidade mantém-se. “A taxa de envelhecimento no meu concelho é elevadíssima, não acredito que as pessoas desta região vivam menos dez anos. Cerca de 80 por cento das pessoas que estão nos lares espalhadas pelo concelho tem mais de 90 anos. Os problemas em Vila Velha de Ródão prendem-se com a natalidade e com a fuga dos jovens, e não com a longevidade das pessoas”, concluiu Maria do Carmo Sequeira, presidente da autarquia. Kaminhos quinta-feira, 28 de Fevereiro 2008
Com estes dados como é que é possivel governar? Até no Iscte se somam-se as Trapalhadas sobre novas Trapalhadas!
O Professor Leston Bandeira devia fazer uma visita aleatória aos cemitérios locais e, com simples subtrações, verificar as idades com que morreram fregueses e municipes... e, de seguida, deixar de acreditar nos dados do INE.