terça-feira, 27 de março de 2007

Crise na UnI continua




Luís Arouca poderá ter sido detido
Luís Arouca, reitor da Universidade Independente (UnI), terá sido detido esta terça-feira pela Polícia Judiciária para interrogatório. Mais dois dirigentes terão sido igualmente detidos.
As informações são contraditórias. A Polícia Judiciária já saiu das instalações da UnI, mas não esclareceu quais as diligências que tomou naquela instituição.Entretanto, Lúcio Pimentel negou ter sido detido e até contactado pela Polícia Judiciária. O representante da Sociedade Independente para o Desenvolvimento do Ensino Superior (SIDES), esteve reunido com o Conselho Reitoral e com a Inspecção-Geral do Ensino Superior, com o objectivo de resolver o impasse em que a universidade se encontra e evitar o seu encerramento, como foi anunciado pelo ministro do Ensino Superior, Mariano Gago.
CM 2007-03-27 - 17:28:00

Crise na UnI continua
Luís Arouca substituído no cargo de reitor da Independente
As duas facções em litígio na Universidade Independente (UnI) chegaram hoje a acordo quanto à substituição do reitor Luís Arouca e à composição do corpo docente. A UnI garante que vai ser retomada a normalidade na instituição ainda hoje, numa altura em que alguns alunos começaram a tentar a transferência para outro estabelecimento.
"A Universidade Independente informa que as actividades académicas retomam a normalidade hoje ainda, após ambas as partes terem chegado a um consenso quando ao corpo docente em funcionamento", refere um comunicado da UnI.
O documento adianta que "o acordo passa também pela substituição de Luís Arouca no cargo de reitor, acelerando o processo de designação do novo reitor".

Do novo corpo docente, hoje formado, fazem parte professores das listas escolhidas pelas equipas das facções lideradas por Luís Arouca e Rui Verde, encontrando-se este último em prisão preventiva. "No âmbito da reunião de hoje foi criada uma lista única de professores que faziam parte dos dois corpos docentes anteriores", explicou Pedro Silva.


O presidente da APESP, João Redondo, afirmou que "uma ou duas centenas de alunos da Universidade Independente estão a contactar várias instituições [de ensino superior] públicas e privadas para pedir transferência", o que não é possível, já que os prazos estão esgotados.
Por isso, o responsável da APESP considera que "é preciso haver abertura do Ministério do Ensino Superior para resolver a situação", permitindo aos alunos prosseguir os estudos noutras universidades. "Acho que o Ministério devia criar condições para que os alunos pudessem optar por mudar já de instituição, com um mecanismo de equivalências, se assim entendessem. É preciso que se garanta a mobilidade destes estudantes e isso só é possível com a actuação do ministro", afirmou.Para João Redondo, o regime especial de transferências devia ser criado de imediato, mesmo que a UnI não seja encerrada compulsivamente, na sequência das averiguações desencadeadas pela Inspecção-Geral do Ensino Superior
. Publico 27.03.2007 - 18h52 Lusa