sexta-feira, 20 de junho de 2025

Quando a “Sociedade Aberta” se Torna um Sistema Fechado de Influência

Uma investigação conduzida por Grégor Puppinck, jurista francês e director do European Centre for Law and Justice (ECLJ), revela o que há muito tempo se suspeitava: a promiscuidade entre organizações internacionais e grandes fundações privadas, em especial a Open Society de George Soros e a Fundação Gates.
Segundo os relatórios financeiros do próprio Conselho da Europa, entre 2004 e 2014, a Open
Society e a Microsoft foram os maiores doadores privados da organização. Estas entidades financiaram directamente iniciativas políticas e culturais do Conselho, incluindo projectos como o Instituto Europeu de Artes e Cultura Cigana. Com o tempo, os pagamentos foram canalizados por fundos extra-orçamentais, mais opacos.
Mas a questão vai mais além da Europa. A Fundação Gates foi, em 2019, o segundo maior financiador da Organização Mundial de Saúde (OMS), com 530 milhões de dólares, ultrapassando muitos Estados soberanos. O Tribunal Penal Internacional e a própria ONU também beneficiaram de “doações voluntárias” oriundas destas fundações. O resultado é previsível: estruturas supranacionais vulneráveis à influência de bilionários sem legitimidade democrática.
Puppinck denuncia ainda o entrismo — e até conluio — de personalidades directamente ligadas à Open Society em cargos chave. O exemplo mais grave talvez seja o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos: dos 100 juízes nomeados nos últimos dez anos, 22 vieram de sete ONGs financiadas por Soros, e 18 intervieram em casos envolvendo directamente essas mesmas organizações — uma clara violação das normas de imparcialidade judicial. 
Esta realidade foi denunciada por vários deputados ao Comité de Ministros do Conselho da
Europa, mas os 48 embaixadores continuam sem dar resposta. Bruxelas também foi interpelada. No entanto, a Comissão Europeia, através da vice-presidente Věra Jourová, respondeu que “não tem dúvidas quanto à independência do Tribunal”. Curiosamente, a mesma Jourová aparece fotografada com Soros, elogiando os “valores da sociedade aberta” no seio da União Europeia.
Mais do que suspeitas, estamos perante um sistema paralelo de influência, que se aproveita da fragilidade orçamental de organismos internacionais para colocar as suas agendas políticas acima da soberania dos Estados e do escrutínio democrático. A questão que se impõe é simples, mas urgente: quem governa, de facto, o mundo institucional que nos representa?