sábado, 21 de junho de 2025

o novo “Ancien Regime” na clara visão de Jaime Nogueira Pinto

“Ou seja, o grande capital globalista, que à solta, parece convergir com o que resta das esquerdas utópicas radicais na guerra às nações, às religiões, às identidades e às fronteiras, enquanto fomenta a vinda de escravos baratos das periferias. O Centrão sobrevivente governa onde ainda pode, e na luta desesperada contra “a extrema-direita”, mobilizam-se os aparelhos culturais e informativos: a “academia”, os media e agora, como ultima ratio regum, também os tribunais (fizeram-no com sucesso na Roménia e em França).
Mas, não parece estar a funcionar. 
Talvez só uma mudança radical do sistema criado nos últimos 35/40 anos possa parar o dito crescimento dos populismos e da “extrema-direita”, mudança a que os criadores, senhores e benificiários da ordem estabelecida não querem ou não podem proceder. Por isso, ao que tudo indica, a revolta vai continuar, vai crescer e vai também tornar-se cada vez mais consciente e convicta, passando, inevitavelmente, do puro protesto às convicções e às alternativas.
No mundo multipolar de hoje, na nova ordem internacional, ou no presente interregno para uma nova ordem internacional e perante o declínio político e estratégico da Europa – cujas elites esvaziadas, deslumbradas ou desesperadas subscrevem e prescrevem as extravagâncias decadentistas das novas esquerdas –, assistimos à reacção de povos acordados pelas consequências económicas e sociais das políticas dos últimos anos.
A resistência, que se exprime agora sobretudo nas urnas, é a revolta dos “bárbaros” que escolhem a nação, a família, a identidade e a liberdade contra o globalismo, o hedonismo e a tutela dos “iluminados”, instalados no poder. “Iluminados” que deixaram há muito de ser a revolução para serem agora “o sistema”, “o regime”, o novo Ancien regime.”