sexta-feira, 20 de junho de 2025

Activismo-Jornalístico e a Estratégia da Difamação ou Como a Extrema-Esquerda Usa o Medo para Mascarar a Derrota Política

Neste artigo proponho-me a uma análise crítica ao fenómeno crescente do activismo-jornalístico em Portugal, particularmente à forma como sectores da extrema-esquerda e seus aliados mediáticos promovem a retórica do “perigo nazi” e da “extrema-direita” para encobrir um duplo fracasso: a erosão eleitoral e a incapacidade de mobilização popular. Numa época em que a esquerda radical perde terreno nas democracias ocidentais, a construção de narrativas de medo torna-se uma ferramenta táctica de sobrevivência política. Este texto desmonta essas narrativas, expõe as suas motivações ideológicas e revela os perigos para a democracia quando o jornalismo abandona a função de informar para se tornar instrumento de propaganda.

A derrota política e a reinvenção da agitação
A derrocada eleitoral da esquerda e da extrema-esquerda na generalidade dos países democráticos é um facto documentado e Portugal não é excepção: nas Legislativas de Maio de 2025, partidos como o Bloco de Esquerda e o Livre perderam representação ou viram-se politicamente irrelevantes. Perante este colapso, a estratégia da mobilização popular revelou-se ineficaz. Sem massas, resta a encenação.
Inspirando-se nos ensinamentos de Lenine no "Que Fazer?", a extrema-esquerda portuguesa recorre hoje à criação artificial de um inimigo absoluto: “os nazis” e “a extrema-direita”. Este recurso tem dupla função: legitima o seu activismo residual e permite capturar o espaço mediático. A técnica é conhecida e já gasta: provocar pequenos tumultos e depois amplificá-los através de jornalistas ideologicamente alinhados. Trata-se de uma engenharia da percepção pública, na qual a violência ou a tensão são pré-fabricadas para justificar alarmismos.
O papel do activismo-jornalístico e a fabricação do medo
Casos recentes revelam com clareza esta mecânica. O discurso da deputada Moreira, que afirma que “o maior factor de insegurança em Portugal é a extrema-direita”, ignora deliberadamente a realidade factual da violência urbana que assola Lisboa — muito dela concentrada em zonas com forte imigração ilegal e ausência do Estado como se afirma no Relatório Anual de Segurança Interna, o RASI 2024.
Note-se, como exemplo, que a agressão a um actor ou a um voluntário, por lamentável que sejam, é amplificada como evidência de uma alegada “ameaça fascista”, ao passo que casos quotidianos de violência extrema — desde o motorista da Carris incendiado até às agressões contra profissionais de saúde, polícias esfaqueados ou idosos assaltados — são omitidos ou relativizados, porque não se encaixam na narrativa. A indignação é selectiva. A sua ausência, reveladora!

A falácia militante: notícias ou peças de agit-prop?

Circulam nas redes sociais vídeos como este ou este, nos quais se procura associar actos de intimidação ou vandalismo a um crescimento do “nazismo”. Trata-se de uma operação semiótica: usar símbolos, estética ou episódios isolados para sugerir a existência de uma “milícia organizada”. A cobertura do Correio da Manha sobre “neonazis a prepararem atentados” parece retirada de um thriller de segunda ordem. As fontes são opacas, os factos vagos, o contexto ausente.



Já o Público insinua uma infiltração da
“extrema-direita” nas forças de segurança, embora a notícia se baseie em investigações preliminares, sem condenações e sem robustez probatória. O objectivo não é informar: é alimentar a suspeita e associar instituições — nomeadamente as polícias — a um alegado “perigo reaccionário”. É um modelo clássico de difamação por associação, que visa deslegitimar os corpos de soberania que escapam ao controlo ideológico da esquerda.
usando a manipulação como substituto da política
O fenómeno descrito não é apenas desonesto; é perigoso. Quando os órgãos de comunicação social se tornam extensões da militância partidária, o espaço público deixa de ser livre e plural. A táctica de chamar “nazi” a tudo o que escapa ao controlo da esquerda não visa proteger a democracia — visa desacreditar a alternância democrática.
Este padrão reflecte o desespero de quem perdeu o poder real, mas mantém influência simbólica nos media, universidades e administrações. Tal como no PREC se rotulava tudo o que resistia como “fascista”, também hoje se invoca o “perigo nazi” como reflexo de uma psicose ideológica que teme a soberania popular.
a extrema-esquerda e jornalismo-activista entre a decadência e o fingimento
A actual campanha da extrema-esquerda portuguesa, sustentada por jornalistas-militantes, é a última trincheira de um projecto político em colapso. Incapazes de convencer o eleitorado, tentam agora governar a percepção. Mas o povo — nas urnas, nas ruas, nas redes — começa a perceber o truque.
A vigilância democrática exige que se denuncie esta simbiose entre jornalismo e activismo. O medo fabricado, a mentira propagada e a indignação selectiva não devem servir para inverter o resultado eleitoral. Devem, isso sim, ser estudados como sintomas de uma esquerda órfã de povo e viciada em propaganda.
Fontes:
[Relatório Anual de Segurança Interna, RASI 2024]
[https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/neonazis-preparavam-atentados-contra-politicos]
[https://www.publico.pt/2025/06/19/sociedade/noticia/tres-agentes-forcas-seguranca-estarao-envolvidos-milicia-neonazi-desmantelada-pj-2137136]
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