quinta-feira, 30 de março de 2017

Como se chegou até aqui…

Como se chegou até aqui, é uma história longa que o Economist conta aqui e aqui.
Os gráficos são muito elucidativos da irrazoabilidade de um instrumento democrático aplicado a uma situação tão transcendente para o futuro do Reino Unido e da União Europeia. Decidido o Brêxit por uma margem quantitativamente irrelevante, considerando a dimensão das consequências da decisão que estava em causa, constata-se que, se fosse agora, o resultado seria provavelmente diferente. […]
A propósito, no Financial Times considera-se aqui que Sunderland, uma cidade do Nordeste de Inglaterra, com uma economia que depende em parte muito significativa numa fábrica de automóveis Nissan que exporta a maioria da sua produção para países da União Europeia, mas que votou muito maioritariamente no Brêxit (61,3%) será um teste aos resultados do Brêxit. […] 

Muitos dos que votaram Brêxit não se devem ter apercebido, e os sunderlanders pelos vistos não se aperceberam, e muitos deles continuam a não se aperceber, que as negociações são trocas e só se a União Europeia (com a Alemanha, como sempre, à frente) se distrair o Reino Unido ganhará com os resultados das trocas. (in People Money and Goods por Rui Fonseca )