domingo, 6 de outubro de 2013

os bufos...


In illo tempore, havia uns senhores que diariamente saiam do esgoto em que viviam e reportavam à organização onde estavam assalariados as coisa mais incríveis da nossa vida quotidiana. Quase nada escapava: as “notas” que eram atribuídas aos estudantes, os nomes dos amigos e das namoradas, profissões e proventos salariais e, claro, o que pensavam do regime politico que tínhamos.
A organização que lhes pagava teve dois ou três “nomes de fantasia” e a eles lhes chamávamos várias coisas, umas melhores, outras mais ordinárias, mas genericamente eram conhecidos por “bufos”.
Vem isto a propósito das manchetes de hoje na “comunicação a que temos direito”…
Recordações antigas do tempo que me levou ao “castigo” do serviço obrigatório e, em sequencia, aos piores sítios da guerra que tivemos. Confesso que neles estive “bem acompanhado” pelos muitos “maus comportados”, tanto mais porque, por cá, ficaram os “bem comportados” e, entre eles, os bufos de serviço que, ao que parece, biblicamente cresceram e se multiplicaram.
Estranhamente, tal como os de outros tempos, são lidos e aplaudidos por alguns…até que lhes chegue a vez!