In illo tempore, havia
uns senhores que diariamente saiam do esgoto em que viviam e reportavam à
organização onde estavam assalariados as coisa mais incríveis da nossa vida
quotidiana. Quase nada escapava: as “notas” que eram atribuídas aos estudantes,
os nomes dos amigos e das namoradas, profissões e proventos salariais e, claro,
o que pensavam do regime politico que tínhamos.
A organização que
lhes pagava teve dois ou três “nomes de fantasia” e a eles lhes chamávamos
várias coisas, umas melhores, outras mais ordinárias, mas genericamente eram
conhecidos por “bufos”.
Vem isto a propósito
das manchetes de hoje na “comunicação a que temos direito”…
Recordações antigas do
tempo que me levou ao “castigo” do serviço obrigatório e, em sequencia, aos
piores sítios da guerra que tivemos. Confesso que neles estive “bem
acompanhado” pelos muitos “maus comportados”, tanto mais porque, por cá, ficaram
os “bem comportados” e, entre eles, os bufos de serviço que, ao que parece, biblicamente
cresceram e se multiplicaram.
Estranhamente, tal
como os de outros tempos, são lidos e aplaudidos por alguns…até que lhes chegue
a vez!