A J Seguro anunciou no debate quinzenal, e pouco depois em declarações aos jornalistas, que pedirá um agendamento potestativo para forçar um debate sobre a aplicação dos fundos estruturais, acusando o Governo de ter paralisado a economia e de estar envolvido em questões internas.
"Exijo que os fundos comunitários sejam colocados à disposição das empresas, para que possam investir e dinamizar a economia. Há meses que exijo isso", frisou. PMF / Lusa
Seguro devia estar de férias quando Pinto de Sousa há pouco mais de um ano, em 31 de Janeiro de 2011, apresentou aos nossos representantes no Parlamento, oito medidas destinadas a fazer cumprir “a meta "ambiciosa" de execução dos fundos do QREN dos 23% de 2010 para para uns 40% em 2011. Logo à cabeça vinha a recriação de de 50 mil estágios para jovens apresentada como “protecção social”. Estranhei porque o mesmo fora apresentado, pelo mesmo, com pompa e circunstancia, no final do ano de 2010... embora, na altura, alcunhada de "agenda para a competitividade e modernização da economia". Depois, numa réplica à dupla Mendonça&Campos, seguiu-se o anuncio dos 780 milhões de euros para os “novos concursos no âmbito dos Sistemas de Incentivos” que o Silva da Economia já tinha anunciado, no prestar de contas do QREN de 2010, como meta para 2011. E assim, com mais seis medidas, foi seguindo o espectáculo, tv-rádio difundido, no semi-coliseu que leva o nome do santo Patrono da Europa ... Só que das oito medidas destinadas a fazer cumprir “a meta "ambiciosa", quatro eram velhas e as restantes pouco novas. As mesmas que hoje são queridas pelo Coelho, Gaspar e Álvaro que ao tempo nem de férias estavam.
Isto é, nem aqueles que ao tempo tinhamos “eleito” para fingir que eram oposição e hoje são governo, deram pela má reprise do ao tempo partido do governo e hoje da oposição e, por isso, uns e outros, estão a repetir-nos, em pigue-pongue, a dose de um QREN que vai continuar paralisado porque não temos verba para pagar a comparticipação nacional de 20%... e a тройка sabe-o melhor que ninguém.
Seguro e Coelho cada qual a seu modo vão-nos tratando com papas e bolos...