Primeiro as excepções eram seis, iam ser “desnacionalizadas” foi a desculpa!
Agora aparecem mais duas e, aparentemente, outras se vão seguir.
Meu Caro Passos Coelho,
Não votei, nem em ti, nem no teu partido, mas a partir do momento em que foste eleito, democraticamente aceitei-te como o meu (nosso) Primeiro-Ministro e dei-te o benefício da dúvida como gestor daquilo a muitos chamam Estado e nem sabem o que isso quer significar.
Parti do princípio que, contigo, as dificuldades eram para todos!
Parece que me enganei, ou, melhor, parece que nos enganaste.
Não penses que o povo é apenas constituído por “indignados de rastas” ou “esquerdistas Armani, Prada ou Gucci” que nos cantam como as sereias do Canto Nono.
O Povo, o verdadeiro, é outro! É o que não aparece nas manifestações, não faz greves, leu Camões, Pessoa e Torga e despreza todos os que lhes indicam os caminhos da utopia.
Meu Caro Passos Coelho e companheiros,
Esquece o que os jornalismos te comunicam. São apenas correias de transmissão gripadas que não te dão a verdadeira dimensão da revolta a que o plano inclinado do empobrecimento nos conduziu.
Bem sei que nunca estudaste física mecânica, por isso, talvez seja altura de o fazeres.
Começa pelo Plano Inclinado do Galileu:
O objecto é a revolta que está na rampa da desilusão que nos deste, o movimento já se iniciou!
…e já esticaste demasiado a corda que mantém o objecto em repouso!