Segundo dados revelados esta manhã pelo INE, a taxa de desemprego em Portugal desceu 0,3 pontos percentuais no segundo trimestre de 2011, situando-se nos 12,1 por cento, o que significa que 675 mil portugueses estão sem emprego.
"Sendo embora animadores, encaramos estes números com as devidas cautelas, até porque as medidas do Governo são restritivas. Cremos, isso sim, que a médio prazo as medidas venham a traduzir-se na criação de emprego e para a diminuição do desemprego aí de forma consolidada e consistente", afirmou o deputado democrata-cristão, Artur Rego.
"É naturalmente positivo quando os valores do desemprego descem, embora haja que analisar um efeito sazonal, que tem que ser tido em conta. Não deixa de ser um valor muito elevado, nomeadamente, em dois segmentos: nos jovens, que continua nos 27 por cento, e nos desempregados de longa duração ou que têm mais de 45 anos", afirmou à Lusa, o deputado socialista, Miguel Laranjeiro.
Paulo Raimundo, da comissão política do PCP , desvalorizou os números: “Esta aparente descida é insignificante e corresponde também ao período em que estamos, este período sazonal, aliás bem visível no conjunto dos números por exemplo na região do Algarve, onde se dá a maior queda de desemprego”.
Mariana Aiveca, do Bloco de Esquerda, criticou o aumento do desemprego em algumas faixas etárias: “Houve uma ligeira descida face ao trimestre anterior, mas há aqui um dado que nos ressalta, que é que na população acima dos 45 anos o desemprego aumentou, ou seja, são os cidadãos mais velhos que têm maior dificuldade em encontrar emprego.”