Em relação ao trimestre anterior, o PIB recuou 2% no quarto trimestre.
Ou seja, o ano terminou com Portugal em recessão técnica por força do recuo do Produto Interno Bruto em dois trimestres consecutivos. .A economia portuguesa recuou 2% no quarto trimestre de 2008.
Era o muitos previam... de fora ficou o governo, acólitos, boys e Xantipas que deixaram impreparados muitos crentes, fieis na sua santa ingenuidade.
O Instituto Nacional de Estatística acaba de mostrar que o PIB português se fixou em 0%, isto é estagnou. Em 2007 tinha sofrido um pequeno aumento de 1,9% em relação ao ano anterior. Realmente não aconteceu 0%, o valor real mas escondido pela engenharia financeira é igual aos 1,9% anteriores (incrementados ao real por aquela engenharia!)
Isto é, o crescimento de 2008 foi o mais baixo desde a, governamentalmente chamada, recessão de 2003 e ,se comparar-mos os quartos trimestres de 2007 com 2008, verifica-se que o PIB baixou um pouco mais: 2,1%.
Deste modo resta-nos pedir mais empréstimos na estranja e ter esperança que, entre nós e os nossos netos, os consigamos liquidar. Inafortunadamente os estrangeiros mesmo com spreds violentíssimos (eles não ligam nada á socrática baixa da Euribor...) não parecem muito voltados para os conceder.
Então o que é que podemos esperar?
Portugal caminha para estar tão falido quanto esteve quer no inicio da Republica, quer no pós Verão Quente de 1975.
Passadas as loucuras da revolução dos cravas e após as eleições de Abril de 76, o II governo Soares negociou um primeiro empréstimo ao FMI... que derretemos tão rapidamente que, mais uma vez, face ao perigo de bancarrota e em 1983, sem dinheiro para pagar as dívidas ao exterior, negociou-se então um segundo empréstimo com o FMI. Mas, desta vez, veio acompanhado pelos chamados “representantes residentes” que de imediato impuseram uma forte desvalorização do escudo - de uma só vez caiu 12% - e, na prática, passaram a governar o país.
Viveu-se uma subida galopante da inflação para quase 30 por cento, que levou a aumentos de impostos e a uma forte quebra nas despesas públicas, provocaram desemprego, salários em atraso e uma descida dos salários reais e do consumo privado.
Era governo um Bloco Central, liderado por Mário Soares e Mota Pinto com Ernani Lopes como ministro das Finanças, e os portugueses sofreram, um dos piores momentos de maior austeridade da sua história.
Aquela crise foi idêntica ao que agora começámos a perceber! Valha-nos o Euro e a Eurolândia!
Mas a nossa memória é curta...
... prudentemente alguns economistas já começam a pensá-lo: uma “representação residente” da UE virá fazer a nossa gestão, de igual á que o FMI executou em Portugal depois da crise de 1983. Talvez resulte. É mundialmente reconhecida a enorme capacidade dos lusos quando trabalham para estrangeiros!
Atentos aos futebóis e ás telenovelas que incluem os freportes, os tugas continuam cantando e rindo!
E poucos, muito poucos, começam a ficar xenófobos! O que nem é original se atendermos aos recentes protestos dos nossos mais antigos aliandos!
para saber mais:
http://www.mundoportugues.org/content/1/3486/crise-financeira-respostas-que-tiram-duvidas/
http://dotecome.blogspot.com/2008/12/crise-de-1983.html