Este país também tem de ser para velhos
Cavaco Silva aproveitou o Fórum Gulbenkian Saúde para criticar a obsessão das empresas com o rejuvenescimento dos seus quadros e chamar a atenção para os efeitos perniciosos do abuso das reformas antecipadas.
Além de desperdiçar a experiência e competência acumuladas pelos trabalhadores ao longo de uma vida de trabalho, a solução das reformas antecipadas é ruinosa para o Estado, uma vez que transfere os problemas das empresas (públicas e privadas) para os cofres já muito debilitados da Segurança Social.
Esta receita, que deu péssimos resultados nos países europeus onde foi aplicada nos anos 80, põe o Estado (ou seja, todos nós, contribuintes) a pagar os custos das reestruturações das empresas e do emagrecimento do quadro da função pública.
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O Factbook 2008 da OCDE não traz boas notícias para o nosso país. Portugal, México e Itália foram os três Estados membros desta organização onde mais abrandou a produtividade do trabalho no período compreendido entre 2001 e 2006.
A riqueza criada por hora em Portugal não só é das mais baixas da OCDE como, ainda por cima, continua a perder terreno relativamente aos outros países. No lapso de cinco anos em análise, o crescimento da nossa produtividade foi cerca de metade do verificado na média da UE a 15 , sete vezes inferior ao salto dado pela Eslováquia e seis vezes menos que o da Hungria. DN Quinta-feira, 10 de Abril de 2008