sábado, 19 de abril de 2008

voto de pesar pela morte do cónego Eduardo Melo

A Assembleia da República aprovou hoje um voto de pesar pela morte do cónego Eduardo Melo, com os votos favoráveis do CDS-PP e do PSD, a abstenção da maioria dos deputados socialistas e o voto contra do PCP, BE e PEV, que se recusaram a homenagear o clérigo. Apesar da abstenção do grupo parlamentar socialista, as deputadas Matilde Sousa Franco, Rosário Carneiro, Teresa Venda e o deputado Ricardo Gonçalves não acompanharam o sentido de voto da bancada, tendo votado favoravelmente o voto de pesar apresentado pelo CDS-PP.
"No passado sábado, morreu em Fátima, o monsenhor Eduardo Melo Peixoto, para muitos, simplesmente o cónego Melo. Como a propósito salientou o arcebispo de Braga D. Jorge Ortiga, é sempre difícil, em poucas palavras, sintetizar a vida de alguém que foi grande durante toda a sua vida", lê-se no voto de pesar apresentado pelo CDS-PP.
Contudo, e antecipando as críticas das bancadas mais à esquerda da Assembleia da República, Nuno Melo não deixou de sublinhar que o voto em discussão era "um voto de pesar e respeito por alguém que morreu", recordando que o cónego Melo "nunca foi condenado por nenhum tribunal". "O verdadeiro democrata respeita a separação de poderes (...), um verdadeiro democrata não tem por boa uma decisão judicial consoante se trata de alguém de esquerda ou de direita", sublinhou, manifestando "pena" por alguma "extrema-esquerda ser tão pequenina". No final da leitura do voto, e no momento imediatamente anterior a ser feito um minuto de silêncio, muitos deputados socialistas, como Vitalino Canas, Manuel Alegre, João Soares ou Vítor Ramalho *, saíram da sala do plenário da Assembleia da República. Todos os deputados do BE abandonaram igualmente o plenário, tal como alguns deputados do PSD, como Emídio Guerreiro e Miguel Macedo, não tendo, assim, participado no minuto de silêncio. Publico 02.05.2008 - 16h05 Lusa * todos maçons e do GOL ?