Sócrates considera desnecessário “um plano de estímulo à economia”
O líder parlamentar do PSD, Pedro Santana Lopes, propôs hoje que o Governo apresente um plano de estímulo à economia portuguesa face à situação económica mundial, como fez Espanha, mas o primeiro-ministro, José Sócrates, considerou que isso é desnecessário."Um plano especial de impulso à actividade económica, mais tarde ou mais cedo vai ter de o fazer, senhor primeiro-ministro", defendeu Santana Lopes, no debate quinzenal com o primeiro-ministro, no Parlamento.
Há uma situação grave no mundo, na Europa, temos de parar de sorrir, de ignorar, de fazer de conta que a crise não existe. É preciso agir. Estamos numa hora de convergência nacional nesta matéria, está na hora de Portugal acordar para esta realidade", declarou ainda o líder parlamentar do PSD, que na quinta-feira anunciou que é candidato à liderança social-democrata. "Não considera que é um logro para a economia não fazer o que todos os outros estão a fazer?", perguntou a José Sócrates, apontando "um exemplo muito concreto: o Estado espanhol decidiu conceder em avales do tesouro cerca de dois mil milhões de euros para financiamento a pequenas e médias empresas". Santana Lopes perguntou também ao primeiro-ministro se "considera ou não adequada uma alteração do quadro dos pressupostos orçamentais" ou se o Governo vai manter a previsão de 2,2 por cento de crescimento económico este ano. "O senhor deputado deve saber que o caso espanhol é muito diferente do português. O caso espanhol está fundado ou sustentado numa grave crise do sector imobiliário que não existe em Portugal porque as nossas casas não estão hipervalorizadas como estavam em Espanha", respondeu José Sócrates. "Por isso aquilo que são impulsos à actividade económica e principalmente ao sector imobiliário não é uma receita de que a nossa economia careça. Nós precisamos é de fazer o que estamos a fazer: puxar pelas exportações, pelo investimento", concluiu o primeiro-ministro. Quanto às previsões económicas, José Sócrates reiterou que "o Governo decidiu fazer uma avaliação desse cenário económico só quando tiver dados quantitativos da sua economia". "Nós precisamos de saber como é que estão a correr as coisas este ano e neste trimestre. Quando tivermos [os dados], assim faremos. Os agentes económicos sabem que podem confiar neste Governo", acrescentou. O primeiro-ministro disse estar "habituado às dificuldades" e que neste momento pode "apresentar contas públicas em ordem e um crescimento económica de 1,9" como "resultado dos sacrifícios" pedidos aos portugueses. Santana Lopes replicou que "se vai por esse caminho é mais uma decisão errada, a de adiar um plano especial de impulso à actividade económica". "Porque é precisa de mais tempo, estando há três anos no Governo, do que o seu grande amigo, o presidente do Governo espanhol, para avaliar a evolução da respectiva situação económica? Não tem os dados de que precisa? Não tem os dados ainda?", interrogou. "Não podemos olhar para o lado fazendo de conta que a crise não existe. Não vale a pena neste momento vendermos ilusões. Uma comunidade que olha para o seu Governo que continua a dizer que a economia vai crescer 2,2 por cento não pode sentir confiança", sustentou o ex-primeiro-ministro. 30.04.2008 - 17h42 Lusa
um bom comentário:
Ah Fadista!... Não. Ah Poeta! Que bela rima, de fazer inveja a FP, LC, FE, CCB, B, etc. olhe uma vez que resolve as coisas com poemas, porque não me arranja aí um poema que me pague as contas e os sucessivos aumentos. Já agora, arranje aí outro, que faça com que a GALP baixe o preço da gasolina... Porque eu pago para que as empresas em que o estado tenha mão, não me andem a "gamar"! 30.04.2008 - 21h07 - Pinóquio , Neverland