sábado, 12 de junho de 2021

Portugal na CEE

Passam hoje, 12 de Junho, 36 anos que Mário Soares, Rui Machete, Jaime Gama e Ernâni Lopes assinaram o tratado de adesão de Portugal à CEE. [.]
Soares no seu discurso referiu que: “Precisamos de persistir na via que temos trilhado nos últimos dois anos, praticar uma política financeira de rigor e de verdade, lutar pela estabilidade política como elemento essencial de recuperação económica e de modernização e aprofundar as instituições democráticas, designadamente mediante a prática da solidariedade nacional, da concertação social e do diálogo”. Goste-se ou não de Soares o discurso que definia o projecto do PS para Portugal está nos antípodas do que o PS faz desde o António Guterres (o actual secretário-geral das Nações Unidas, incluído).

Na verdade, 36 anos depois do discurso de Mário Soares o projecto do PS é outro: usar o dinheiro europeu para pagar ao maior número de pessoas no Estado e garantir vitórias eleitorais.
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O sentimento de impunidade do PS não nasce do nada, mas da falta de escrutínio. A situação não difere muito da que sucedia no Estado Novo (sendo que não temos os índices de crescimento económico conseguidos na década de 60 e que duraram até 1973). Casam-se uns com os outros, distribuem lugares uns aos outros, elogiam-se uns aos outros e a propaganda profissionalizou-se de tal modo que começa no Primeiro-Ministro e acaba nos jornais de freguesia que (pagos com os impostos) são deixados nas caixas de correio, como se fossem gratuitos. Eduardo Cabrita não se demite, António Costa não o demite, Pedro Nuno Santos é a prepotência em pessoa que usa o nosso dinheiro, Mariana Vieira da Silva fala de um modo pretensioso para jornalistas que não a questionam.
A táctica está na mentira camuflada de verdade formal que, tecnicamente, não tem nada a apontar, mas que é totalmente falsa.(bas in “O objectivo do PS” de André Abrantes Amaral )
no fim fica a pergunta:
Vamos pela terceira ou quarta vez deixar impunes os responsáveis?