quarta-feira, 27 de novembro de 2013

dos sinais da direita extra-parlamentar!

Embalados na música da imprensa a que temos direito poucos se têm apercebido dos avanços da direita extra-parlamentar! As “opiniões publicadas” estão orgulhosos de a apelidarem “extrema” e, porque só falam, em loop, uns com os outros ou porque só se escrevem, se transcrevem ou se partilham naquilo a que chamam redes sociais, não se apercebem dos avanços que a direita nacionalista e populista vai tendo Europa fora e, por simpatia, também, cá dentro.
Aqueles que convivem diariamente com os mais jovens só não se apercebem disto se forem cegos ou surdos, “eles”:
- querem "uma saída para crise", são contra o "brutal pacote de austeridade", exigem "a refundação do Estado", estão “contra as privatizações”, querem “mais estado” e, para marcar a diferença, até
- mudaram de “look” para algo próximo do jovem intelectual do final dos “anos 60” (aquilo que os nossos pais chamavam de “arrumadinho”),
- abandonaram o “saco de lona a tiracolo”, a t-shirt estampada, apararam a barba e retiraram o “gel” do cabelo que agora lavam com frequência e já
- gozam com os “idiotas úteis” que teimam na ideia de que teriam que ter a “cabeça rapada”! 
 
Esta ”nossa nova direita extra-parlamentar”, que é mais xenófoba que racista, cresce lentamente e, como há poucos que conhecem as Leis de Newton, vai vencendo a “inércia” sem que os doutos opinadores o percebam. 
 
Em toda a Europa as populações atribuem a crise à União Europeia e, farta das promessas de uma esquerda que perdeu ideologia, vai elegendo os populistas de direita:
- na Holanda ao agitar o espectro da "ameaça do Islão", o líder populista Geert Wilders conquistou pontos nas eleições municipais e deu um grande passo para a sua ascensão ao cargo de primeiro-ministro,
- em França o partido de Jean-Marie Le Pen causou “surpresa” nas eleições regionais francesas ao atingir os 20% em várias regiões,
- na Hungria o partido Jobbik continua a seduzir inúmeros eleitores e com a formação populista, xenófoba, anti-cigana e nacionalista de Gábor Vona pesa na formação dos actuais dois terços da maioria parlamentar,
- os dinamarqueses são notícia por causa das suas posições xenófobas e dotaram-se das leis de imigração mais restritivas da Europa, um verdadeiro insulto ao pensamento liberal,
nas eleições municipais em Viena de Áustria, o Partido da Liberdade obteve quase 30% dos votos, e
muito mais podia acrescentar…
 
Cuidemo-nos! Deixem de falar e escrever para os próprios umbigos e para os “amigos” do feiçebuque, esqueçam as arruadas parlamentares, as ocupações de escadas e ministérios, reparem nos sinais e não esqueçam aqueles vossos “amigos” do “estado novo” que de 25 para 26 mudaram para “revolucionários” porque o inverso pode acontecer e
“eles” já estão aí! 
 
(mais que a auto alcunhada “esquerda” que autofágica se diminui, são “estes”, que vejo crescer de dia para dia, que me preocupam!)