O matemático que está ministro quer reintroduzir
o estudo da Lógica e das suas específicas divisões: teoria dos conjuntos, de
modelos, da recursão e da prova.
Vem isto a propósito da manifestação
das polícias e da invasão da Casa da Democracia - mesmo que parada no topo das
escadarias - e dos comentários na “opinião publicada” que tudo misturam.
Se os nossos “especialistas em
generalidades” alguma vez tivessem estudado Lógica, saberiam que o “conjunto manifestação
A” não se pode confundir com o “conjunto invasão B”. São
diferentes, porque a diferença entre dois conjuntos (A e B) é o
conjunto dos elementos que pertencem a A mas que não pertencem a B.
Ai vai um
exemplo:
Um determinado cidadão vai clamando
por acções violenta anti-governo (e disso dá como exemplo o “conjunto invasão B”),
de imediato os “idiotas úteis” referem, usando o “conjunto intersecção A∩B”
que para eles é a liberdade de expressão.
(até aqui evitei chamar aos “especialistas”
um “conjunto vazio”…)
Poderia continuar a apresentar ligações
aos modelos, à recursividade e, claro, à prova. Deixo aos meus leitores a
liberdade de fazerem tal conectividade.
O efeito do estudo da Lógica vai
demorar gerações a produzir efeitos mas, apesar disso vejo-o como positivo, apesar
de ter a esperança que os vindouros sejam poupados a ler, ouvir ou ver “especialistas
em generalidades”.
(a imagem é de um “conjunto impróprio”)