Eram muitos, muitos, da classe média empobrecida
ou reformados a quem roubaram o final digno que sonharam. Eram também muitos os
que, passada a casa dos 50, dificilmente voltarão a ter emprego nestes tempos
de mudança.
Desiludidos, traídos, mostraram o que sentem e
esperam que a tutoria, nacional e estrangeira, que nos rege assim o perceba.
Não lhes interessava a “guerra dos milhões” da opinião publicada que apenas os
usa para vender papel (cada vez menos!).
Também houve o “folclore dos espontâneos” que um
dia, independentemente da sua actual idade, irão crescer e ficar adultos.
O bom povo veio à rua e espera que os que fazem
a democracia o percebam...antes que lhes acabem com os partidos ou, pior, lhes apareça alguém
que lhes tire a democracia!
(No
final “os de um partido” apoderam-se do palco e da “grandola”.
Ninguém vira “os do costume” na marcha, excepto na combinada “entrevista” para os
noticiários da noite...e logo saiam para longe!
Punhos ao alto, desafinaram
e julgaram-se em 75, esquecendo o resultado do acto de cidadania do 25 de Abril
desse ano.
Continuam a olhar
apenas para os seus umbigos e para as tv´s que lhes dão publicidade!
Mas estes nunca
aprendem, nem percebem!)