A cartinha que Passos não assinou e que, por isso, Seguro o criticou, era o Manifesto de Cameron, isto é, “Um Plano de Crescimento para a Europa”.
Quando éramos miúdos e aprendíamos História (“História? que horror”! dirão em linguagem pinchada os chavalos d’hoje), dela dizíamos ser “uma sucessão de factos que se repetem sucessivamente”.
Foi por isso que relembrei a neutralidade de Oliveira Salazar aquando da II Guerra. Ao homem puxava-lhe o pé prós alemães, mas havia o velho tratado com os ingleses, logo o melhor era ficar quieto.
Também, por causa da tal História, lembro que a oposição da época, chamavam-lhes “o reviralho”, era forte apoiante dos ingleses e ferozmente anti-nacional-socialistas alemães.
Sem querer comparações, não esqueço que os tiques do ditadorzinho de Massamá são conhecidos mas por muito “calados”: “deixe-me acabar!” ou “Ó Sr. Deputado, olhe pra mim, quando falo!”. São exemplos do “inconsciente à solta” de Passos e, se não tivermos cuidado, pé-ante-pé, ele ainda muda a naturalidade para o Vimieiro. Isto é, como ao outro, também lhe puxa o pé pró alemã…
Também reconheço que o “reviralho” de hoje é tão palavroso e fraco quanto o daquela época o que torna ainda mais perigosa a “ligação germanófila” do nosso primeiro, mesmo quando disfarçada de neutralidade.
Acrescente-se que tenho dúvidas se Seguro leu a cartinha o que torna ainda mais caricata a situação.
Acrescente-se que tenho dúvidas se Seguro leu a cartinha o que torna ainda mais caricata a situação.
O facto de os britânicos, com um simples Manifesto terem dividido a Europa em dois blocos e termos ficado dessintonizados, ou neutros, perante os velhos aliados leva-me a pensar em perigosas sintonias quanto ao nosso futuro…
se não tivermos cuidado…