Eram mil manifestantes bons os que chegaram ao largo da Assembleia da República uma hora depois de terem iniciado a manifestação no Marquês de Pombal.
A "quantidade" de participantes no protesto (bom) representantes da democracia e da “inegável ética da esquerda” foi uma estimativa dos jornalistas no local.
O início da manifestação ficou marcado por um ligeiro confronto quando duas dezenas de manifestantes maus com bandeiras do Movimento de Oposição Nacional que seguiam na cauda do protesto foram cercados por manifestantes bons que gritavam "25 de Abril sempre, fascismo nunca mais".
Os elementos dos dois grupos envolveram-se em confrontos físicos, que se prolongaram por alguns minutos, até à intervenção da polícia.
O democrata Francisco Colaço, um dos activistas no protesto bom, contou que «elementos do PNR integraram-se na manifestação e foram imediatamente isolados pelo conjunto», por violarem «as regras gerais da democracia» e não serem bem-vindos num protesto contra a crise e a exploração, relata a tsf
A Inês Tavares, da democrática Plataforma do 15 de Outubro, disse à agência Lusa que o conflito com os manifestantes maus foi resolvido na altura e que a manifestação decorreu depois sem problemas e aproveitou para adiantar “que as actividades da Plataforma vão continuar, estando prevista a criação de um Fórum de Ativistas e a realização de um plenário no dia 29 de janeiro, na Casa do Brasil, em Lisboa”.
No percurso, os manifestantes bons mostraram cartazes com inscrições como "Esta dívida não é nossa", "Não somos lixo - protesto dos professores", "35 mil contra a precariedade" e "Má gestão das contas = prisão". noticias.pt
A Plataforma do 15 de Outubro exigiu "a suspensão imediata da dívida" e a Filipa Roque, da organização da manifestação boa, explicou à agência Lusa que decidiram ir para a rua para dizer "basta!" de cortes na saúde e na educação, de austeridade, de pobreza e de fome.
Os manifestantes bons também protestaram contra o acordo de concertação social assinado esta semana, que consideram um "verdadeiro ataque" aos direitos laborais dos portugueses, adiantou a Filipa Roque.
Uma dezena dos manifestantes maus, democraticamente excluidos mantiveram-se no desfile, a alguma distância dos manifestantes bons protegidos por agentes do Corpo de Intervenção da PSP...