Berlusconi vai demitir-se. Não o fará por força das foclóricas manifs ou por ter perdido uma votação no Parlamento Italiano.
Berlusconi vai demitir-se porque assim o exigem os "mercados", a União Europeia e, seguramente, a chancelerina Merkel a quem apelidou de “an unfuckable lard-arse”.
As esquerdas e o jornalismo canhoto, chiques ou caviar, que temos que aturar, caseira e europeiamente, vão embandeirar em arco pela saida do septuagenário mulherengo milionário e, habituados a reescrever a história, vão tomar o acto como uma sua vitória. As direitas, politicamente correctas, vão ficar em silêncio.
Mas, nem uns, nem outros, perceberam o mais importante:
a partir de agora de pouco nos servirá eleger, nas urnas, aqueles que queremos se os nossos donos europeus não o quiserem.
Criado o precedente na Républica Helénica com Pampadreou, agora seguido pelo de Berluscinni na Itália, em qualquer altura, como na Idade Média, os novos Papas podem decidir quem fica e quem se dispensa...