sexta-feira, 25 de abril de 2025

afinal (não) o cancelaram!

 

presos politicos da "democracia". um outro 25 de Abril

Durante o Processo Revolucionário em Curso (PREC), entre 1974 e 1975, o Comando Operacional do Continente (COPCON), sob a liderança do major Otelo Saraiva de Carvalho, desempenhou um papel central na manutenção da ordem e na implementação das diretrizes do Movimento das Forças Armadas (MFA). Uma das práticas mais controversas atribuídas ao COPCON foi a emissão de mandados de captura em branco, ou seja, mandados assinados previamente sem identificação específica dos visados, permitindo detenções sem base legal formal.
Os mandados de captura em branco eram documentos assinados por Saraiva de Carvalho e deixados no cofre do COPCON. Durante os turnos de serviço, oficiais podiam preencher esses mandados com os nomes de indivíduos a serem detidos, muitas vezes sem acusação formal ou processo judicial. 
A prática intensificou-se após eventos como a alegada manifestação da "maioria silenciosa" em 28 de Setembro de 1974 e a ainda não esclarecida tentativa de golpe de 11 de Março de 1975. Durante esses períodos, o COPCON realizou detenções de várias figuras associadas à direita ou ao antigo regime, muitas vezes sem provas concretas ou processos judiciais adequados. Entre os detidos estavam políticos, empresários e até personalidades públicas, como o locutor Artur Agostinho.
Em Maio de 1975, cerca de 400 militantes do PCTP/MRPP (Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado) foram presos sob acusações vagas de sabotagem ou conspiração, refletindo o uso indiscriminado desses mandados. 
A utilização de mandados de captura em branco pelo COPCON suscitou críticas significativas de diversos setores da sociedade portuguesa. Muitos consideraram essas ações como abusos de poder e violações dos direitos fundamentais. O CDS, por exemplo, destacou essa prática como uma das "atrocidades" cometidas durante o PREC, associando-a a uma tentativa de imposição de uma ditadura marxista em Portugal. ​
O 25 de Novembro de 1975, marcou o fim do PREC e a derrota das forças de extrema-esquerda, o COPCON foi desmantelado, e Saraiva de Carvalho perdeu influência política. 
A prática dos mandados de captura em branco é hoje lembrada como um dos episódios mais controversos do período revolucionário português.


A HISTÓRIA dos FACTOS do 25 de ABRIL de 1974

Um pouco farto de tantos anos de "branqueamento" das acções de esquerda, em geral, e dos comunistas e socialistas/marxistas, em particular, venho hoje relatar-vos e relembrar alguns dos FACTOS da história de Portugal, ligadas aos acontecimentos desta data.
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Quase sempre, quando a verdadeira história do 25 de Abril é contada, os Comunistas e seus Aliados socialistas adoptam uma de três atitudes:
a. - Insultam quem os desmascara, tentando assim desmobilizar e constranger quem o faz;
b. - Chamam Mentirosos às pessoas que contam a verdadeira história, por forma a tentarem desacreditar o autor;
c. - Chamam de "fascistas", e mais recentemente de “populistas”, a todos os que denunciam aquilo em que se tornou o Golpe de Estado Militar de 1974;
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É uma Táctica de há muito conhecida, que tem por detrás o pensamento de que “a melhor defesa é o ataque”.
São, no entanto, tácticas já muito "velhinhas", as quais estão bem descritas nos manuais de subversão socialistas e comunistas e seus vários ramos (leninismo, estalinismo, trotskismo, maoísmo, etc.…)
Em Portugal estas tácticas foram, e continuam a ser hoje muito usadas, como se pode observar.
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Quanto aos FACTOS é bom recordar que:
• - Os Comunistas assaltaram o Poder e o “aparelho de Estado”, após o 25 de Abril.
Cometeram nesse período vários crimes contra as Pessoas e contra a Propriedade, e só não foram mais longe porque foram derrotados pelas Forças Armadas Moderadas, no dia 25 de Novembro do ano seguinte.
Mesmo assim ainda tiveram tempo para cometer alguns, tais como as prisões arbitrárias de pessoas sem culpa formada nem direito a julgamento, roubo (nacionalizações selvagens) de empresas, roubo de propriedades agrícolas, etc.
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Os 120 milhões de pessoas assassinadas nos países da ex-União Soviética, e na China, Vietnam, Camboja, Laos, Coreia do Norte, Venezuela, Cuba, à ordem dos criminosos Partidos Comunistas, não deixam margem para dúvidas sobre o que aconteceria se tomassem o Poder em Portugal.
A bem da verdade, valeu-nos, não o PS mas sim a personalidade do Dr Mário Soares e de alguns poucos dos seus amigos mais próximos, que ao verem o seu Poder desvanecer-se lutaram contra o PCP.
(Isto não desculpa a sua actuação, em conluio com o PCP do Dr Alvaro Cunhal de dar o Ultramar, sem qualquer Referendo às Populações, à URSS e seus aliados).
(Mas disso falarei noutro artigo).
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Do que não há igualmente dúvidas é que os comunistas só não são um problema sério nos dias de hoje, porque não valem mais do que 10% dos votos expressos e têm visto o número dos seus votantes descer quase para metade:
Na verdade:
• - Em 1976 votaram neste partido cerca de 800.000 pessoas. Hoje pouco ultrapassam as 400.000. Na minha opinião, ainda bem.
Como tal têm adoptado uma atitude disfarçadamente moderada, para tentarem sobreviver politicamente, em obediência à táctica que está descrita nos seus manuais de “um passo atrás, para dar a seguir dois passos à frente”.
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Ora acontece, e nunca é demais recordá-lo, que estabeleceram, onde governaram, Ditaduras que se revelaram verdadeiramente Assassinas, facto que escondem mas que, felizmente para a memória das sociedades, está bem documentada.
Ditaduras tais como as de:
• - Lenine, Estaline e suas purgas e Campos de Concentração (os Gulags);
• - Mao Tsé Dong e a sua Marcha da Fome e seus sucessores até ao actual Jiji Ping;
• - Chu-En-Lai, Fidel Castro, Kim Il Sung e seus descendentes;
• - Hugo Chávez e Nicolas Maduro, etc.… etc...
que mataram, por simples delito de opinião, no seu conjunto, mais de 120 Milhões de Seres Humanos.
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Curiosamente foi um dos Líderes do P.C.U.S. (Partido Comunista da União Soviética) que chegou a seu Secretário-Geral, de seu nome Nikita Kruschev, um dos primeiros a desmascarar as práticas assassinas dos Comunistas, conduzidas pelos seus antecessores Lenine e José Estaline.
Mas mal Kruschev foi afastado da liderança do PCUS, a sua denúncia dos crimes comunistas foi silenciada pelo seu sucessor Leonid Brejnev e seguintes, até ao final do criminoso Sistema Comunista, que aconteceu com o surgimento das políticas da “Glasnost” e “Perestroika” implementadas pelo último líder comunista da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, (URSS), Mikail Gorbatchov.
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Todos estes FACTOS estão muito bem descritos e documentados em vários arquivos, bem como em várias obras publicadas, de que são apenas alguns exemplos os vários Livros de Alexandre Soljenitsin e o Livro Negro do Comunismo.
Óbviamente que quando são relatados por alguém todos estes factos, logo são utilizadas as tácticas acima descritas para tentar silenciar e desacreditar o seu autor.
Tentam igualmente nesses ataques atribuir maiores culpas a outros ditadores não comunistas, atribuindo-lhes a acusação de terem sido piores e ditadores “de direita”, tentando atribuir a esse sector político, seu adversário, todos os malefícios da humanidade.
Ora na verdade ninguém sério nega a actuação e os resultados destas outras ditaduras. Mas também ninguém deve favorecer o “branqueamento” que os comunistas e socialistas marxistas tentam fazer, tomando as atitudes acima descritas.
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NOTA: Antes de terminar gostava de dar só mais uma informação:
É bom esclarecer de uma vez por todas que Hitler era o Líder --- notem bem a denominação --- do "Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães", mais conhecido por Nazi.
Daí a essa ditadura ser considerada de direita ou de extrema-direita... é outra mistificação, com que muitos ainda compactuam por ignorância.
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A ALIANÇA entre COMUNISTAS e NAZIS de 1939
Esta "colagem" destina-se a fazer “esquecer” a alguns líderes não comunistas o Pacto de Não-Agressão (Pacto entre a Alemanha - Nazi e a URSS - Comunista), celebrado em 23 de Agosto de 1939, entre Josef Estaline e Adolf Hitler, assinado pelos seus Ministros dos Estrangeiros da URSS Comunista (Molotov) e da Alemanha Nazi (Ribbentrop).
Pacto no qual ficava estabelecido que os Comunistas ficavam com metade da Polónia (a outra metade para a Alemanha) e com a Bessarábia.
Como contrapartida Estaline não impediria, nem se intrometeria nas conquistas de Hitler, em todos os restantes países do continente europeu.
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O 25 de ABRIL de 1974
Outra das mentiras favoritas dos defensores da linha socialista/comunista é o dizerem que foram eles os autores do Golpe de Estado do 25 de Abril de 1974.
Na verdade, no período entre 25 de Abril de 1974 e 25 de Novembro de 1975, tudo fizeram para que não houvesse Eleições em Portugal, bem como afastaram todos os Oficias Moderados das FA’s, de forma a poderem entregar o ex-Ultramar Português aos Partidos Comunistas desses, hoje, países e que ainda hoje os dominam e, em consequência, à esfera de Poder da então URSS, o que aconteceu.
Todos estes FACTOS estão bem documentados.
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COMO NASCEU o Golpe Militar de 25 de ABRIL de 1974?
A verdade é que este aconteceu sim, mas por via do descontentamento de uma parte dos Oficiais das Forças Armadas.
1º Tal descontentamento surgiu após a publicação de um Diploma, (Decreto-Lei nº 353/73), da autoria do então Ministro do Exército, General Sá Viana Rebelo.
a. Esse diploma prejudicava a Carreira Militar dos Oficias do Quadro Permanente, ao dar a possibilidade aos Oficiais Milicianos (Quadro de Complemento) de entrarem para o Quadro Permanente, sem terem que frequentar a Academia Militar durante o mesmo número de anos que os primeiros.
b. Pretendiam os Oficias do Quadro Permanente que o Governo revogasse essa Lei. Tal Diploma, embora posteriormente modificado (mas não revogado), foi na verdade a origem do descontentamento, sobretudo junto dos Oficiais das patentes de Alferes a Capitão.
Este descontentamento era ainda reforçado pela não satisfação de duas outras reivindicações mais antigas, que diziam respeito à exigência de:
2º - Mais e melhor Armamento, nomeadamente pela substituição das G3;
3º - Melhores Salários, sobretudo quando estivessem em zona operacional de 100%.
Estas três reivindicações, não satisfeitas pelo regime do Estado Novo em descrédito político já avançado, dada a natureza errática, de avanços e recuos da denominada "Primavera Marcelista", toldaram as relações entre o Poder Político e as F.A’s.
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CONCLUSÃO:
Foi a não satisfação destas três reivindicações que deram origem ao Golpe de Estado Militar de 25 de Abril de 1974, executado exclusivamente por Militares e não por nenhum Partido Político, muito menos pelo PCP. Este partido infiltrou quadros seus no movimento e acabou por dominá-lo nos dias seguintes a essa data.
O PCP e PS apenas aproveitaram a acção dos militares para dar o Ultramar Português à esfera Comunista Internacionalista.
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à Direita no 25 de abril

terça-feira, 22 de abril de 2025

A Criação do "Antimeridiano" de Tordesilhas e o Tratado de Saragoça

A criação do "antimeridiano" de Tordesilhas em 1530 e o Tratado de Saragoça, celebrado a 22 de abril de 1529, foram eventos cruciais na história da navegação e exploração marítima. Esses acordos moldaram as relações entre Portugal e Espanha e definiram as jurisdições de exploração no Oriente.

No final do século XV e início do século XVI, Portugal e Espanha eram potências marítimas em ascensão, explorando novas terras e rotas. O Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, dividiu o mundo entre os dois países ao longo de um meridiano a 370 léguas a oeste de Cabo Verde. No entanto, questões sobre a jurisdição das recém-descobertas Ilhas Molucas, ricas em especiarias, levaram a novas negociações e disputas.
Em 1530, foi estabelecido o "antimeridiano" de Tordesilhas na zona oriental do globo. Este meridiano, diametralmente oposto ao definido no Tratado de Tordesilhas, pretendia resolver a questão das Ilhas Molucas. A viagem de Fernão de Magalhães, em representação da Espanha, chegou às ilhas em 1521, intensificando o litígio entre os dois países. Diversos navios portugueses já haviam atingido as Molucas, criando dúvida sobre sua jurisdição.
As negociações para resolver o litígio começaram em Badajoz, mas só foram concluídas com o Tratado de Saragoça. Celebrado a 22 de abril de 1529, o tratado consagrou o direito de compra das Ilhas Molucas por parte dos portugueses. D. João III tentou provar a precedência dos portugueses na descoberta das ilhas, mas, em última instância, Portugal comprou as Molucas por 350.000 ducados.
A Carta de Confirmação e Ractificação foi emitida por D. João II, formalizando o acordo do Tratado de Saragoça. Esta carta incluía cláusulas contractuais de mútuo respeito e proteção na mudança de administração das ilhas, garantindo uma transição pacífica.

A criação do "antimeridiano" de Tordesilhas e o Tratado de Saragoça foram marcos importantes na história de Portugal e Espanha. Esses acordos não apenas resolveram disputas territoriais, mas também estabeleceram precedentes para futuras negociações e delimitações territoriais. A compra das Ilhas Molucas e a criação do "antimeridiano" foram passos significativos na expansão marítima portuguesa, consolidando sua posição como uma potência global.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Isabel Babo Lança


 

O Preconceito Classista e alegadamente Intelectual no Cenário Político Português

No actual cenário político, o antifascismo, que outrora dominava as discussões como principal factor de demonização, tem dado lugar a um novo protagonista: o preconceito. 
Ora o preconceito não se limita apenas às divisões de classes, mas infiltra-se nas esferas intelectuais, perpetuando estereótipos e alimentando divisões.
A figura de André Ventura, líder do partido CHEGA, exemplifica perfeitamente esta dinâmica. Nascido e criado em Mem Martins, Ventura é frequentemente alvo de críticas que vão além de suas posições políticas. As críticas dirigem-se à sua origem humilde, à falta de etiqueta, ao modo de se expressar e até mesmo às suas preferências de vestuário. Tais comentários revelam um preconceito classista latente, onde os atributos pessoais e a origem são utilizados para desqualificar o indivíduo e, por extensão, os seus apoiantes.
Este preconceito classista é alimentado pelo que se vê, ouve e lê em diversos meios de comunicação, onde Ventura é frequentemente caricaturado como um "suburbano sem maneiras", um "grosseiro" que "grita e gesticula na TV". Estas descrições, embora possam conter elementos de verdade, são frequentemente carregadas de um viés que visa desqualificar não apenas o político, mas também os seus eleitores.
Os eleitores do CHEGA são igualmente vítimas deste preconceito. Descritos como "pobres e analfabetos", "ressentidos e ressabiados", são frequentemente retratados como membros de uma subclasse, cujas conversas e preocupações são reduzidas a "desabafos de taberna" e "conversas de taxistas e cabeleireiros". Esta visão condescendente e redutora ignora a diversidade de motivos que podem levar um indivíduo a apoiar determinado partido e perpetua a ideia de que apenas as elites possuem a capacidade de fazer escolhas políticas conscientes e informadas.
O preconceito intelectual é igualmente pernicioso. Os membros do CHEGA são frequentemente descritos como "grunhos" desprovidos de ideias ou programas políticos coesos. Esta visão não apenas desqualifica o partido, mas também minimiza as preocupações legítimas de seus eleitores. Ao reduzir o partido a um "ajuntamento de deploráveis", mais necessitados de "tratamento do que consideração política", ignora-se a complexidade do fenômeno político e as razões profundas que levam ao surgimento e crescimento de movimentos populistas.
A demonização, no entanto, tanto pode ser uma desgraça quanto uma força para o CHEGA. Num cenário onde as elites políticas e intelectuais são vistas como cada vez mais distantes e desconectadas das preocupações reais da população, o ressentimento das classes populares pode ser canalizado no apoio a partidos que se apresentam como alternativas ao status quo. Assim, o preconceito que visa desqualificar pode, paradoxalmente, ser um factor de mobilização e fortalecimento.
Neste contexto, é fundamental que o debate político se eleve acima dos preconceitos e estereótipos. A desqualificação baseada em origem social ou nível educacional não apenas empobrece o debate, mas também alimenta divisões que são prejudiciais à coesão social e ao funcionamento da democracia. É necessário reconhecer a diversidade de opiniões e as razões legítimas que levam os indivíduos a apoiar diferentes movimentos, promovendo um diálogo mais inclusivo e respeitoso.

Francisco I

 


terça-feira, 15 de abril de 2025

as Linhas Vermelhas e a Política de Exclusão

A Emergência de Novos Desafios
A Alemanha está actualmente no centro de uma agitação política significativa. Embora o novo governo ainda não tenha oficialmente tomado posse, as tensões políticas são palpáveis, refletindo-se nas recentes sondagens e nas reações do público. Este período de transição e incerteza destaca as complexidades da política alemã e os desafios que o novo governo enfrentará.
Os resultados da sondagem mais recente representam um momento marcante no cenário político europeu. Pela primeira vez, o partido Alternativa para a Alemanha (AfD) liderou uma sondagem nacional, ultrapassando a União Democrata-Cristã (CDU) por um ponto percentual. Esta conquista do AfD é particularmente significativa num contexto onde a formação do novo governo está prestes a ser apresentada.
No dia 16 de abril, será revelado o novo governo alemão, resultante de um acordo entre os partidos democratas cristãos CDU/CSU e o socialista SPD. Contudo, a decisão de excluir a AfD, o segundo partido mais votado, das negociações para a formação do governo gerou um descontentamento considerável entre os eleitores.
A insatisfação com a exclusão da AfD foi refletida nas últimas sondagens, onde a CDU registou uma queda desde as eleições de final de fevereiro. Esta diminuição do apoio à CDU parece ter beneficiado a ascensão do AfD, que agora se encontra numa posição inédita de liderança em sondagens nacionais. A ascensão do AfD, um partido frequentemente associado a posturas eurocéticas, levanta questões sobre o futuro da política alemã e a direcção que o país tomará.
Tanto na Alemanha como em Portugal, as chamadas "linhas vermelhas" ou a política de "não é não" têm-se mostrado ineficazes. Na Alemanha, a exclusão da AfD das negociações para a formação do governo não fez diminuir o apoio ao partido; pelo contrário, parece ter galvanizado os seus eleitores. Este fenómeno sugere que a estratégia de marginalizar certos partidos pode ter o efeito oposto ao pretendido, fortalecendo a sua base de apoio em vez de enfraquecê-la.
O desenvolvimento na Alemanha tem reverberações que vão além das suas fronteiras. O fortalecimento de um partido como o AfD, que muitas vezes adopta uma postura crítica em relação à União Europeia, pode influenciar as dinâmicas políticas em toda a Europa. Outros países poderão observar de perto como a Alemanha lida com esta nova configuração política e tirar lições para as suas próprias estratégias eleitorais e de governança.
O novo governo alemão enfrentará vários desafios imediatos. Primeiro, terá que abordar a crescente polarização política e encontrar maneiras de unir uma sociedade cada vez mais dividida. Segundo, a gestão da economia, especialmente num período de incertezas globais, será crucial. E terceiro, a política externa, incluindo as relações com a União Europeia e outras potências mundiais, requererá uma abordagem equilibrada e estratégica.
Os recentes desenvolvimentos políticos na Alemanha destacam um período de mudança e incerteza. A ascensão do AfD nas sondagens, a formação do novo governo e as reações do público alemão são indicativos de um cenário político em evolução. À medida que a Alemanha se prepara para apresentar o seu novo governo, as atenções estarão voltadas para como este navegará os desafios internos e externos que surgirem. Em última análise, a resposta a estas questões moldará não apenas o futuro da Alemanha, mas também terá implicações significativas para a política europeia em geral.

domingo, 13 de abril de 2025

outra vez o Bloco Central na Política Portuguesa?

Primeiro foi Pedro Siza Vieira. Estava Março a acabar e o antigo ministro, que chegou a ser número dois de António Costa, afirmava numa entrevista ao PÚBLICO: “Precisamos de um governo muito forte para uma emergência, um governo de bloco central”. Dias depois foi a vez de Ferro Rodrigues ex.PAR e antigo SecGeral do PS declarar que “o país pode estar a caminhar para uma situação limite que pode exigir uma solução desse género“, sendo que o género é o bloco central. 
Porquê este regresso da hipótese dum bloco central? Vem aí uma geringonça!
A hipótese de um bloco central, uma aliança entre os dois maiores partidos portugueses, o PSD e o PS, surge novamente no horizonte político devido à exclusão do Partido CHEGA de possíveis coligações e à ausência de uma maioria absoluta para qualquer partido. Assim, é possível que o PSD e o PS já tenham iniciado negociações para formar um novo Bloco Central após as eleições de 18 de Maio.

A ideia de um Bloco Central não é nova. Após as eleições de 4 de Outubro de 2015, que resultaram na vitória da coligação PSD-CDS sem maioria absoluta, o derrotado PS manteve um simulacro de negociações com o PSD-CDS enquanto efetivamente negociava com o BE e o PCP, com os quais já estava em contato visando uma solução de governo desde antes das eleições. Esse movimento estratégico levou à formação da "geringonça", uma coligação inédita que permitiu ao PS governar com o apoio da extrema-esquerda.
Agora, o cenário parece repetir-se, mas com nuances diferentes. Se em 2015 o PS deu “uma facada nas costas” ao PSD-CDS e formou a "geringonça", é possível premonizar que, para se manter no poder, fará o mesmo aos partidos da extrema-esquerda. Pelas mesmas razões, o PSD-CDS pode usar o “não é não” ao CHEGA, excluindo o partido de quaisquer negociações futuras. O resultado lógico é a formação de um novo Bloco Central.

Este possível regresso do Bloco Central reflete a instabilidade e a fragmentação do atual panorama político português, onde alianças temporárias e estratégicas parecem ser a chave para a governabilidade. 
Se a história se repetir, a política portuguesa enfrentará um novo período de ajustes e redefinições, com consequências que poderão ressoar por muitos anos.

sábado, 12 de abril de 2025

Mais um debate controverso do André Ventura e com uma inesperada candidata?

O líder do Chega, é confrontado por uma alegada jornalista com uma postura inesperadamente agressiva e pouco imparcial. Ao contrário do que acontece com outros líderes políticos, o tom adotado levanta sérias questões sobre o tratamento desigual nos media portugueses.
E rapidamente o debate aquece, transformando a entrevista num verdadeiro confronto televisivo. A alegada jornalista, numa atitude fora do comum, adota uma postura combativa, o que faz com que André Ventura se veja obrigado a defender-se incisivamente. Esta dinâmica cria um clima de tensão e atrito, que se reflete na maneira como as questões são colocadas e respondidas.
Ética Jornalística?
Durante a entrevista, são levantadas questões cruciais sobre liberdade de expressão e pluralidade de opinião. André Ventura, sempre polêmico nas suas posições, argumenta que os media têm tratado o seu partido de forma injusta e parcial. Por outro lado, a jornalista insiste em questionar as bases ideológicas e as propostas do partido Chega, fazendo uso de uma estratégia mais agressiva.
Também a ética jornalística é posta à prova neste confronto. A postura da jornalista, que contrasta com a neutralidade esperada, suscita uma discussão sobre os limites da imparcialidade e a responsabilidade dos mídia em proporcionar uma cobertura equilibrada e justa. Este aspecto é um dos pontos centrais deste vídeo, onde se analisa se a abordagem adotada foi adequada ou se ultrapassou os limites do que é considerado ético no jornalismo.

Para um dia rever e conferir qual é a diferença

 





sexta-feira, 11 de abril de 2025

o "radar do Observador"

 


a Ascensão dos Partidos de Direita

Também em Portugal o cenário político está em plena transformação, com o CHEGA a emergir como uma força significativa. As próximas eleições poderão confirmar esta tendência e determinar a direção futura do país. É essencial observar como os partidos de direita, particularmente o CHEGA, continuarão a moldar as intenções de voto e a política nacional nos meses e anos que se aproximam..
De acordo com os dados mais recentes, e contrariando os comentadores do regime, o CHEGA tem mostrado recuperação nas intenções de voto. No último barómetro eleitoral da aximage, este partido passou de 17,3% para 18,6%, demonstrando um crescimento sólido e uma consolidação do seu apoio entre o eleitorado.
Um dos segmentos onde o CHEGA tem mostrado maior força é entre os eleitores mais jovens. Com 23,9% das intenções de voto neste grupo, o partido ultrapassa a AD, que possui 23,5%, e o PS, que está com 22,1%. Este resultado sugere uma mudança no padrão de votação dos jovens portugueses, que cada vez mais parecem inclinar-se para as políticas propostas pelo CHEGA.
Mas a influência do CHEGA também se faz sentir fortemente entre os eleitores de 35 a 49 anos. Neste grupo, o partido quase lidera com 25,5% das intenções de voto, ficando muito próximo do PS, que registra 26,1%. Esta proximidade nas intenções de voto indica que o CHEGA está a ganhar terreno e pode vir a ser um adversário ainda mais forte nas próximas eleições.
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Se as tendências atuais persistirem, a Assembleia da República poderá ver uma maioria de eleitos dos partidos de direita, o que representaria uma mudança significativa na governança do país. A ascensão do CHEGA, junto com outros partidos de direita, pode trazer novas discussões e políticas ao panorama legislativo português e uma maioria de direita na Assembleia da República pode influenciar diversos setores da política nacional, desde a economia até à educação e saúde. A abordagem das políticas sociais, fiscais e de imigração poderá ser ajustada conforme as novas prioridades dos partidos

domingo, 6 de abril de 2025

programa eleitoral do PARTIDO SOCIALISTA

1ª IVA Zero permanente num cabaz de bens alimentares: O custo permanente desta medida dependerá da dimensão do cabaz e da elasticidade da procura, mas terá um impacto significativo nas receitas do IVA.
2º Redução do IVA para 6% na eletricidade até 6,9 kVA: Esta medida também implicará uma redução permanente nas receitas do IVA da eletricidade de 5,3 M de consumidores
3º Aumento anual do Salário Mínimo Nacional para 1.110 euros em 2029: Este aumento permanente terá um impacto nos custos das empresas e, potencialmente, na despesa pública (em salários da função pública). O impacto exato dependerá da trajetória de aumentos anuais.
3º Redução faseada da semana de trabalho para 37,5 horas: Esta medida deverá ter implicações nos custos de produção permanentes e na necessidade de contratação por parte das empresas, reduzindo a sua competitividade.
4º Atribuição de 500 euros em certificados de aforro a todas as crianças nascidas a partir de 1 de janeiro de 2025: Esta medida tem um custo permanente direto de 500 euros por criança nascida, ou seja, 44 M € por ano
5º Aumento do abono de família em 50% para crianças entre os 3 e os 6 anos: Esta medida terá um custo permanente adicional nos apoios sociais. estimado em 140 M €.
6º Redução em pelo menos 20% do Imposto Único de Circulação (IUC) para veículos até média cilindrada matriculados após julho de 2007: Esta medida resultará numa diminuição das receitas permanente do IUC.
7º Criação de um "ano zero" no IRS Jovem: Esta medida implicará uma perda permanente de receita fiscal no IRS para os jovens que ingressem no mercado de trabalho.
8º Alargamento do apoio à renda para famílias de classe média com taxa de esforço elevada: Esta medida aumentará a despesa pública permanente com apoios à habitação.
9º Extensão da medicina dentária e da saúde mental como cuidados básicos no SNS: Esta medida terá um impacto permanente e muito significativo nos custos do Serviço Nacional de Saúde.

sábado, 5 de abril de 2025

o CHEGA no OBSERVADOR

ou a imprensa a que temos direito


O papel da imprensa na transparência e responsabilidade

Um exemplo recente de colaboração e ética jornalística...
A imprensa desempenha um papel fundamental na sociedade moderna, sendo um dos pilares para garantir a transparência e a responsabilidade dos indivíduos e instituições. Um exemplo recente destaca como a actuação dos jornalistas pode influenciar directa e indiretamente o cenário político e jurídico.
Segundo a SIC Notícias, com cópia no Observador, uma advogada filiada ao Partido CHEGA
foi acusada de tentar burlar um ex-sócio ao falsificar a assinatura de uma mulher já falecida. Esta advogada enfrentou acusações de burla qualificada e falsificação de documentos. Em resposta às denúncias, demitiu-se do cargo de vice-presidência do Conselho de Jurisdição e foi exonerada do gabinete parlamentar do CHEGA. 
Este caso demonstra como a imprensa pode ajudar na "limpeza" de partidos políticos, colaborando com figuras como o Doutor André Ventura para assegurar a integridade dentro das organizações.
No entanto, é crucial examinar a relação entre jornalistas e partidos políticos, que pode ser um tema delicado e controverso. Quando jornalistas denunciam elementos com problemas na Justiça, devem fazê-lo com base em factos verificáveis e sem influências externas. A independência e imparcialidade do jornalismo são vitais para garantir que a informação seja transmitida de forma justa e precisa, evitando distorções que possam prejudicar o entendimento público dos acontecimentos.
Transparência e Responsabilidade
A transparência é um dos objetivos principais da imprensa. Ao expor casos de corrupção, fraudes, e outras irregularidades, os jornalistas agem como guardiões da sociedade, revelando verdades que de outra forma poderiam permanecer ocultas. A responsabilidade vem de sua capacidade de influenciar a opinião pública e pressionar por mudanças através da divulgação de informações cruciais.
Investigações Jornalísticas?
A investigação jornalística é uma das ferramentas mais poderosas à disposição da imprensa. Através de uma apuração rigorosa e de fontes confiáveis, os jornalistas conseguem trazer à luz casos complexos, muitas vezes envolvendo figuras poderosas. Esta prática, quando realizada com ética e responsabilidade, pode levar à justiça e à reforma institucional.
A colaboração entre os jornalistas e o Partido CHEGA neste caso desta advogada, bem como noutros anteriormente divulgados, exemplifica como a imprensa pode actuar em conjunto com entidades políticas para promover a integridade. No entanto, é necessário que estas alegadas colaborações respeitem os princípios de independência e imparcialidade, assegurando que a cobertura jornalística não se transforme em um instrumento de poder manipulável como parecem ser os casos denunciados.
A imparcialidade é um princípio essencial do jornalismo. Os jornalistas devem reportar eventos e factos sem permitir que suas próprias opiniões ou as opiniões de terceiros influenciem a narrativa. A imparcialidade garante que o público receba uma visão equilibrada e honesta das situações, formando uma opinião baseada em dados concretos e não em preconceitos ou distorções.
Manter a imparcialidade pode ser desafiador, especialmente em um ambiente onde diferentes interesses tentam influenciar a cobertura da imprensa. A pressão política, econômica ou social pode tornar difícil a tarefa de reportar com neutralidade. Portanto, os jornalistas devem estar constantemente vigilantes e comprometidos com os princípios éticos de sua profissão.
A independência e imparcialidade da imprensa têm um impacto directo na sociedade. A informação correta e justa permite que os cidadãos tomem decisões informadas e participem ativamente da vida cívica. Além disso, a responsabilidade da imprensa em denunciar irregularidades contribui para a formação de um ambiente de confiança e transparência.

O papel da imprensa na transparência e responsabilidade não pode ser subestimado. A colaboração entre jornalistas e entidades, quando realizada com ética e independência, pode promover mudanças significativas e positivas. No entanto, é crucial que os jornalistas mantenham sua imparcialidade para garantir que a informação transmitida seja justa e precisa. Somente através de uma imprensa livre e responsável a sociedade pode alcançar um nível maior de justiça e integridade.

terça-feira, 1 de abril de 2025

A Crise da Democracia na Europa

a politização da Justiça e as suas consequências
A recente condenação de Marine Le Pen é apenas um exemplo de uma tendência preocupante que se está a espalhar pela Europa: a politização da justiça. Em vez de desempenhar o seu papel como um poder independente, o judiciário está a transformar-se numa ferramenta de repressão política, limitando a escolha dos eleitores e, consequentemente, minando os princípios democráticos.
A condenação de Marine Le Pen na França não é apenas uma questão legal, mas sim um sintoma de um problema mais profundo. A acusação de que a justiça francesa está a ser usada para suprimir vozes políticas dissidentes é grave e levanta questões sobre a integridade do sistema democrático francês. Este não é um incidente isolado; é parte de um padrão mais amplo de utilização da justiça para fins políticos.



Este fenómeno não se limita à França. Na Alemanha, Itália, Hungria e Roménia, a politização da justiça tem sido um tema constante. Em cada um destes países, temos visto casos onde o judiciário intervém de forma a limitar a capacidade dos eleitores de escolher livremente os seus representantes.
Na Alemanha, partidos políticos alternativos enfrentam processos judiciais que, muitas vezes, parecem ter o objetivo de marginalizá-los.
Em Itália, a situação não é diferente. Processos contra líderes políticos que desafiam o status quo são comuns, levantando preocupações sobre a imparcialidade do sistema judicial.
Tanto na Hungria como na Roménia, a utilização do judiciário como uma arma contra a oposição política é uma realidade bem documentada. O resultado é uma erosão gradual da confiança no sistema democrático e um enfraquecimento das instituições que deveriam proteger essa democracia.
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A liberdade de voto, um dos pilares da democracia, está sob ataque. Embora tecnicamente os cidadãos ainda tenham a liberdade de escolher os seus representantes, essa escolha é cada vez mais influenciada por um sistema judicial que parece favorecer certos partidos políticos e candidatos. A ortodoxia europeia parece ditar que só aqueles que não levantam obstáculos à imigração descontrolada são dignos de serem eleitos. Esta prática é uma ameaça direta à soberania popular e à legitimidade das eleições.
A situação actual na Europa, onde a justiça está a ser politizada para limitar a escolha dos eleitores, é alarmante. Para que a democracia funcione corretamente, é essencial que o judiciário permaneça independente e imparcial. Só assim poderemos garantir que a vontade do povo seja verdadeiramente respeitada. Continuar neste caminho poderá levar a uma crise profunda de confiança nas instituições democráticas e, eventualmente, à erosão da própria democracia.

Old soldiers never die

 

segunda-feira, 31 de março de 2025

Valem o que valem...

Este modelo é baseado totalmente nas sondagens de imprensa que foram lançadas desde dia 17 de Outubro de 2024 a 21/03/2025.



sexta-feira, 28 de março de 2025

a Oligarquia e a Responsabilidade Política

“A oligarquia em Portugal habituou-se a não pagar por nada”. 
Esta afirmação, embora dura, resume um sentimento crescente de frustração entre a população, que assiste a uma série de decisões políticas que parecem ignorar a responsabilidade e a ética. Recentemente, a direção do PSD após ter eleito, no ano passado, os arguidos do caso Tutti Frutti, surpreende-nos agora ao propor como candidato um ex-secretário de Estado que se demitiu há poucos meses por partilhar uma situação equivoca mas idêntica à do ainda primeiro ministro. Esta decisão é um reflexo da mesma arrogância que marcou a liderança do António Costa.
Costa, durante o seu mandato, manteve no palco político várias figuras envolvidas em "casos" controversos, numa demonstração de desafio ao país e aos princípios de transparência e integridade. Este comportamento não é novo na política portuguesa. Lembro que antes da recente vitória do “arguido” Miguel Albuquerque e, também, José Sócrates que não era “arguido”, em 2009, já havia demonstrado uma confiança inabalável, apesar das acusações e dos escândalos que o rodeavam. Agora foi dado na Madeira “um passo em frente”

A questão é até que ponto estas atitudes de impunidade e arrogância estão enraizada na política portuguesa? E, mais importante, quais são as consequências para a democracia e para a confiança dos cidadãos nas instituições?
O exemplo do António Costa é particularmente ilustrativo. Após o caso “Influencer”, muitos se perguntavam se ele teria coragem de se recandidatar em 2024. A resposta permanece desconhecida, mas o facto de ter ascendido ao Conselho Europeu sugere que, independentemente dos escândalos, a sua carreira política continua a prosperar.
Este cenário levanta uma série de questões sobre a responsabilidade política em Portugal. Por que razão figuras envolvidas em escândalos continuam a ser promovidas e a ocupar cargos de destaque? Qual o papel dos partidos políticos na promoção de uma cultura de responsabilidade e integridade?
A resposta pode residir na própria estrutura dos partidos e na forma como o poder é exercido. A centralização do poder em poucas mãos e a falta de mecanismos eficazes de responsabilização criam um ambiente propício à impunidade. Além disso, a lealdade partidária muitas vezes sobrepõe-se à ética e à responsabilidade pública, perpetuando um ciclo vicioso de corrupção e falta de transparência.
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Para quebrar este ciclo, é essencial uma reforma profunda que promova a transparência, a ética e a responsabilidade. Os partidos políticos devem adotar códigos de conduta rigorosos e garantir que os seus membros são responsabilizados pelas suas ações.
Para restaurar a confiança dos cidadãos e fortalecer a democracia, é essencial promover uma cultura de transparência e integridade, onde ninguém esteja acima da lei.
Além disso, é fundamental fortalecer as instituições de fiscalização e garantir a independência do judiciário.

quinta-feira, 27 de março de 2025

O Jornalismo e a Percepção Pública das Entrevistas Políticas!

A recente indignação pública gerada pelas entrevistas de Paulo Raimundo, do Partido Comunista Português (PCP), e André Ventura, do Chega, na RTP, suscitou um debate aceso sobre o papel do jornalismo e as diferentes reações às entrevistas políticas.

Entrevista ou Confronto?
A questão principal que emerge é se as entrevistas foram conduzidas de maneira justa e equitativa, ou se foram confrontos dissimulados. Quando os jornalistas pressionam figuras políticas de direita, são frequentemente vistos como corajosos e independentes. No entanto, quando a pressão é exercida sobre figuras de esquerda, há quem os acuse de autoritarismo ou até fascismo. Esta dicotomia na perceção pública revela muito sobre as expectativas e os preconceitos existentes na sociedade.
- Paulo Raimundo
A entrevista de Paulo Raimundo gerou uma onda de indignação. Muitos consideraram que o jornalista foi demasiado agressivo e que a entrevista se transformou num confronto. Este tipo de reação pode ser visto como uma defesa do líder comunista, refletindo a sensibilidade de uma parte do público em relação ao tratamento dado às figuras de esquerda.
- André Ventura
Por outro lado, a entrevista de André Ventura foi marcada por um debate aceso, com o líder do Chega a enfrentar um questionamento intenso por parte do jornalista. Apesar da similaridade na abordagem, não houve uma reação tão negativa do público. Isto pode ser interpretado como uma maior aceitação da confrontação quando se trata de figuras políticas de direita, talvez devido à natureza polarizadora do próprio líder e do partido que representa.
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o que devia ser o Papel do Jornalismo
O jornalismo tem a responsabilidade de questionar e desafiar todas as figuras públicas, independentemente da sua orientação política. Em última análise, cabe aos jornalistas manterem a imparcialidade e a objetividade.

quarta-feira, 26 de março de 2025

"2084" a previsão de Boualem Sansa sobre o Futuro do Islamismo

No ano de 711, marcou-se o início de uma nova era com a chegada do Islamismo à Península Ibérica, mudando para sempre a história da Europa. Em "2084", Sansa utiliza este ponto de partida histórico para lançar uma previsão ousada sobre o impacto da globalização na ascensão do Islamismo e insinua que, tal como no passado, o Islamismo pode novamente tornar-se uma força dominante, desta vez, não apenas através de conquistas militares, mas por meio de transformações sociais e culturais que acompanham a globalização.
Boualem Sansa, desenha uma visão sombria e inquietante sobre o futuro do mundo sob o domínio de uma ditadura religiosa islâmica. Inspirado no clássico "1984" de George Orwell, e explora as consequências de uma globalização que, segundo ele, irá conduzir o Islamismo ao poder em todo o mundo dentro de 50 anos, começando pela Europa.
O pressuposto de "2084" é a instalação de uma ditadura religiosa islâmica que se estende globalmente, subjugando diversas culturas e sistemas políticos. Sansa imagina um mundo onde as liberdades individuais são suprimidas a favor de uma rígida interpretação da Sharia, a lei islâmica. Apresenta-nos um cenário onde a diversidade cultural é erradicada e todos são forçados a seguir um único conjunto de crenças e práticas.
Em "1984", Orwell descreve uma sociedade onde um governo, liderado pelo “Partido”, exerce um controle absoluto sobre todas as facetas da vida dos cidadãos, utilizando propaganda, censura e vigilância constante. Sansa, em "2024", projecta um domínio semelhante, mas motivado e dominado por uma ideologia religiosa e argumenta que a globalização, com o seu poder de interconectar sociedades e culturas, também tem o potencial de uniformizar crenças e práticas e sugere que a disseminação de valores islâmicos é facilitada pela globalização, especialmente através de movimentos migratórios, intercâmbios culturais e a influência das redes sociais. Este processo pode levar a uma erosão das tradições locais e a uma aceitação crescente da ideologia islâmica.
Boualem Sansa prevê que a Europa será o ponto de partida para esta transformação global. Com uma história de imigração significativa de países de maioria islâmica e uma crescente presença de comunidades muçulmanas nas maiores cidades europeias, Sansa acredita que a Europa pode ser vulnerável a uma mudança ideológica. Segundo ele, é nesta região que os primeiros sinais de uma hegemonia islâmica podem emergir, eventualmente se espalhando para outras partes do mundo.
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Islamofobia ou Realismo?
"2084" tem gerado controvérsia e debate desde a sua publicação e há quem o acuse de alarmismo e islamofobia, enquanto outros elogiam a sua coragem em abordar um tema tão polêmico. A acusação de islamofobia contra Sansa é baseada na percepção de que o livro promove uma visão negativa e estereotipada do Islamismo. No entanto, ao que parece ele está simplesmente a levantar questões importantes sobre o futuro da convivência cultural e a potencial ascensão de ideologias extremistas.
"2084" tem um impacto cultural significativo, incitando diálogo e reflexão sobre o papel da globalização no mundo moderno. Desafia os leitores a considerar os possíveis desdobramentos do intercâmbio cultural e questionar a capacidade das sociedades de manterem suas identidades frente à pressão de forças globalizantes.
"2084" é mais do que um romance; é um aviso sobre os potenciais riscos de uma globalização desenfreada que pode levar ao estabelecimento de uma ditadura religiosa. Inspirado pela obra de George Orwell, Sansa convida-nos a reflectir sobre o futuro do mundo e a importância de preservar a diversidade cultural e as liberdades individuais. Este livro, com suas previsões aterradoras, serve como um alerta para os desafios que podem vir no horizonte e a necessidade de vigilância e preparação para defendermos os valores que consideramos fundamentais para uma sociedade livre e plural.

terça-feira, 25 de março de 2025

Política Eleitoral e Ambições do Poder

A política é muitas vezes vista como um jogo pelo poder, onde a vitória nas eleições é um objetivo primordial. Há um ano, depois de uma vitória que foi tão curta como a ambição daqueles que a conquistaram, surgiu no horizonte a tentativa de recriar o momento histórico de 1987, quando o PSD de Cavaco Silva obteve a sua primeira maioria absoluta.
Desde há um ano, temos estado em constante campanha eleitoral – distribuindo esmolas, prometendo paz e progresso, satisfazendo corporações e buscando estabilidade, escreve Nuno Gonçalo Poças.
Estas ações refletem a ambição de Luís Montenegro de repetir o sucesso do cavaquismo, um período marcado pela obtenção de maiorias absolutas. A sua estratégia parece focar-se exclusivamente na repetição desse momento, utilizando táticas que visam garantir o apoio e votos necessários para alcançar tal feito.
Por outro lado, o objetivo do Governo parecia ser diferente. Entre uma mão cheia de ministros, cuja boa vontade não deve ser questionada injustamente, a intenção do Primeiro-ministro parecia ser a de reforçar a sua maioria no parlamento. Eventualmente, ele pode até cobiçar uma maioria absoluta, vendo isso como um fim em si mesmo. Esta abordagem sugere que o poder é procurado pelo próprio poder, sem uma visão clara sobre as mudanças ou melhorias que podem ser implementadas.

É importante reflectir sobre o que esperar de uma geração de políticos cujo grande feito e especialidade é ganhar eleições internas e semear bagos de poder que servem apenas o poder em si mesmo. Essa busca incessante pelo domínio eleitoral pode levar a uma política onde as verdadeiras necessidades da população são secundárias às ambições pessoais dos líderes. A política deve ser o meio pelo qual se promove o bem-estar da sociedade, e não apenas um mecanismo para perpetuar o controle e influência de uma elite política.
Este cenário nos leva a ponderar sobre a essência da democracia e os valores que devemos preservar. Ao focar-se exclusivamente na obtenção de poder, corre-se o risco de perder de vista os princípios fundamentais da governança responsável e representativa. É necessário que os políticos redirecionem suas estratégias para incluir verdadeiramente os interesses da população, garantindo que suas ações beneficiem todos os cidadãos e não apenas um grupo selecto.

Valem o que valem

 Esta precisa de confirmação!



os putos e as chavalas ao ataque...no Geração V


as bacoradas dos putos e das chavalas postos em bicos de pés para parecerem adultos...
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No Observador "Convidámos o João Mª Jonet para fazermos as previsões deste novo ano político. A tomada de posse de Trump, Autárquicas, as crises políticas na Europa e as comemorações do 25/11 foram alguns tópicos."
https://observador.pt/programas/gera-o-v/o-que-vai-mudar-em-2025/



...e os ditos jornalistas escreveram! Confirma-se?

Um grupo de cidadãos que inclui a ex-ministra da Justiça Francisca Van Dunem vai apresentar uma queixa-crime contra André Ventura e Pedro Pinto, presidente e líder parlamentar do Chega, respetivamente, depois das declarações polémicas deste último num programa de comentário televisivo. A informação é avançada pelo Diário de Notícias.
O líder parlamentar do Chega disse na quarta-feira à noite na RTP que “se a polícia atirasse mais a matar, o país estava em ordem”. O assunto chegou esta quinta-feira ao Parlamento, com várias bancadas a condenarem a declaração, mas André Ventura saiu em defesa do seu presidente da bancada e disse, em entrevista ao canal Now, que “se a polícia tiver de entrar a matar, também tem de entrar a matar“.
Edgar Caetano  em 25 out. 2024, 08:26 126


PGR abre inquérito a declarações de Ventura e Pedro Pinto sobre morte de Odair Moniz
O inquérito surge depois de Pedro Pinto ter dito que se as forças de segurança "disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem" e Ventura que o polícia que matou Odair devia ser condecorado.
iA Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um inquérito a declarações de André Ventura e Pedro Pinto, líder e deputado do Chega, presidente e líder parlamentar do Chega, respetivamente, e também do assessor do mesmo partido Ricardo Reis, sobre a morte de Odair Moniz. A informação foi inicialmente avançada pela CNN Portugal e confirmada pelo Observador.
“Confirma-se a instauração de inquérito relacionado com a matéria em referência. O mesmo corre em termos no DIAP Regional de Lisboa”, disse fonte oficial do Ministério Público ao Observador.
Em causa estão declarações do líder parlamentar do Chega sobre os tumultos dos últimos dias relacionados com a morte de Odair Moniz, um cabo-verdiano de 43 anos que foi baleado por um agente da polícia no bairro da Cova da Moura, na Amadora. Pedro Pinto afirmou que se as forças de segurança “disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem”.
Também o presidente do Chega, André Ventura, disse sobre o agente da PSP que baleou Odair Moniz: “Nós não devíamos constituir este homem arguido; nós devíamos agradecer a este policia o trabalho que fez. Nós devíamos condecorá-lo e não constitui-lo arguido, ameaçar com processos ou ameaçar prendê-lo”. Agência Lusa Texto



domingo, 23 de março de 2025

o direito de informar, de se informar e de ser informado

A importância das redes sociais na difusão de ideias e no comportamento social na sociedade contemporânea não pode ser subestimada.
Com a revolução digital, estas plataformas transformaram-se em poderosos meios de comunicação, influenciando profundamente a maneira como as ideias são difundidas e como os indivíduos interagem uns com os outros.
As redes sociais permitem a disseminação rápida e abrangente de ideias de uma forma nunca antes vista. A pluralidade de vozes e opiniões é uma característica marcante destas plataformas, que oferecem espaço para todos, independentemente do seu reconhecimento prévio ou posição social. Este fenômeno democratizou a comunicação, possibilitando que qualquer pessoa com acesso à internet possa compartilhar e promover suas ideias em escala global.
Uma das áreas onde a influência das redes sociais é mais evidente é na política. A imprensa tradicional, muitas vezes controlada por determinados grupos, encontra nas redes sociais um concorrente forte e independente. Plataformas como Twitter, Facebook e Instagram permitiram, no caso português, que políticos e ativistas de direita, silenciados desde 1974, alcançarem diretamente os seus públicos, contornando a mediação de uma imprensa fortemente influenciada pela extrema-esquerda gramsciana e umbilicalmente ligada aos partidos tradicionais.
As redes sociais são uma ferramenta poderosa e multifacetada na sociedade pluralista em que vivemos. Elas revolucionaram a maneira como comunicamos e disseminamos ideias, ao mesmo tempo em que criaram desafios e dinâmicas de poder. 
O impacto das redes sociais é na maioria das vezes positivo, promovendo a democratização da comunicação e a diversidade de opiniões, mas é crucial estar consciente dos perigos e responsabilidades que acompanham esta liberdade.

sábado, 22 de março de 2025

A Importância da Discrição em Política

Em política, a discrição é quase sempre uma vantagem. O eleitorado, sobretudo à direita, não costuma apreciar tagarelas e privilegia as pessoas que parecem saber o que querem e o que não querem. Evidentemente que, numa estratégia montada para cumprir certos objetivos, nem tudo é previsível e muitas coisas podem falhar. Mais uma razão para não sermos abundantes nas palavras e nas promessas, porque não dominamos todas as variáveis do que aí virá. Todavia, convém pelo menos não desperdiçar aquelas que dependem de nós. Como deixar cair um governo antes do tempo ou não fazer o que tem de ser feito antes dele cair. Depois pode ser tarde.
A discrição é uma qualidade que muitos políticos bem-sucedidos possuem, permitindo-lhes navegar pelas complexidades das relações políticas sem criar inimigos desnecessários ou prometer mais do que podem cumprir. A arte de ser discreto envolve saber quando falar e quando ficar em silêncio, sendo capaz de medir as palavras cuidadosamente e escolher os momentos oportunos para agir.
Os eleitores, especialmente os conservadores, valorizam a discrição nos seus representantes. Eles tendem a confiar mais em líderes que demonstram firmeza e clareza nas suas intenções sem recorrer a um discurso excessivo. Isto cria uma imagem de competência e confiabilidade, atributos cruciais para conquistar e manter o apoio eleitoral.
Em contrapartida, políticos que falam demais arriscam-se a perder credibilidade quando não conseguem cumprir as suas promessas. A verbosidade pode levar a compromissos impulsivos e a expectativas irrealistas. Quando os resultados não correspondem ao discurso, a reputação do político pode sofrer danos significativos, dificultando a recuperação da confiança pública.
Para um político, é essencial desenvolver uma estratégia que considere a imprevisibilidade do cenário político. Ao limitar promessas e declarações públicas, é possível minimizar os riscos e manter um maior controle sobre as circunstâncias.
Nenhuma estratégia é infalível, e muitos fatores estão fora do controle de qualquer indivíduo. Por isso, é prudente evitar comprometer-se excessivamente com palavras. Em vez disso, deve-se concentrar em gerir as variáveis que estão ao alcance, garantindo que as ações tomadas sejam alinhadas com os objetivos estabelecidos.
Desperdiçar variáveis controláveis pode resultar em consequências graves, como a queda prematura de um governo ou a incapacidade de realizar ações essenciais antes de uma crise política. A discrição pode, portanto, ser a chave para preservar a estabilidade e assegurar que as medidas cruciais sejam implementadas no tempo certo.