Marco Costa, o Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, veio hoje dizer-nos que os descontos anunciados se destinam à Segurança Social, isto é, à Previdência (pensões e reformas, saúde, desemprego e solidariedade).
Admito que o governante não estava a ocultar a verdade e, por isso, espero que não seja para encher mais um “Fundo de Pensões”, como foi o da banca ou o da telefónica, para cobrir aquilo os governos não tem conseguido obter: Receita Fiscal.
Cada vez mais, parece que estamos, perante um grupo de “governantes novas oportunidades” (claro, as deles!) para quem matemática e estatística foram apenas nomes de disciplinas que, por incapacidade de interpretar a língua portuguesa, nunca entenderam. Se tivessem estudado percebiam de imediato que estatisticamente “isto” ia dar mau resultado porque os portugueses de agora reagem aos menores proventos “não comprando”, logo, a recessão aumenta e quando esta aumenta seguem-se mais falências o consequente desemprego e, obviamente, diminuição da receita fiscal. Foi assim no primeiro semestre, mas parece que andam a olhar para o umbigo, a falar uns com os outros e a ouvir concelhos de meninos assessores sem experiencia de vida!
Percebam que já lá vai o tempo em que a reacção dos consumidores era o abuso do crédito (barato) …
Não teria sido mais fácil aplicar um imposto único sobre rendimentos, igual para todos, empresas, empregador e trabalhadores?
Eu percebo: se alguns, os do ordenado mínimo, iriam apenas “pagar” meia dúzia de euros, outros, os amigos e os patrões (actuais ou futuros) teriam que “descontar”, petrolíferos ou eléctricos, milhões e estes já lhes destinaram gabinete, secretária, automóvel, etc.! Coisas que dão jeito no futuro…
Mas não esqueçam: a última palavra é nossa…sempre!