Maria de Lurdes Rodrigues, ex-ministra da Educação de José Sócrates, foi ao Parlamento dizer que o programa da Parque Escolar foi uma festa para o país. Uma festa, disse a ex-ministra, para as escolas, para os alunos, para a arquitectura, para a engenharia, para o emprego e para a economia.
O que Maria de Lurdes Rodrigues não disse foi o resto, ou seja, que a festa foi um pesadelo para os falidos cofres do Estado e que agora quem paga este pesadelo somos todos nós. Os custos das obras feitas pela Parque Escolar, em inúmeras escolas do país, subiram 218%, face ao inicialmente previsto.Isto quem o diz é o insuspeito Tribunal de Contas.
Para tal derrapagem, devem ter contribuído loucuras como a que permitiu, por exemplo, que numa das escolas o projecto incluísse a compra de doze candeeiros de Siza Vieira. “Se gostamos muito de ver candeeiros de Siza Vieira na Fundação Serralves, por que não vê-los nas escolas?” foi a resposta da ex-ministra.
Está explicado porque faz sentido perder tempo a escarafunchar o passado de um Governo já morto.
A agonia que Portugal está a viver não é culpa de um só rosto e haverá, seguramente, na nossa triste História mais recente, poucos inocentes. Mas, por isso mesmo, denunciar irresponsáveis e festas que viraram pesadelos talvez ajude a ganhar forças e o país bem precisa. Ângela Silva na rr