Do lado da oposição, a proposta que foi mais discutida no debate foi a da criação de uma taxa excepcional sobre as mais-valias potenciais das empresas petrolíferas. Paulo Portas, do PP, alertou para a possibilidade das empresas poderem fazer reflectir no preço dos combustíveis o acréscimo nos impostos pagos. Jerónimo de Sousa, do PCP, e Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, defenderam a imposição de uma taxa ainda mais elevada, dizendo que o Governo repartiu com as petrolíferas os ganhos obtidos por estas. José Sócrates garantiu que, através da ASAE e da Autoridade da Concorrência, seria garantido que as empresas não iriam fazer repercutir a subida dos custos nos preços, alegando que "isso seria ilegal".
Do lados das empresas petrolíferas, o secretário-geral da Apetro, José Horta, considera que a medida do Governo é "muito penalizante para a indústria petrolífera" criando-lhe um "ónus de geradora ilícita de lucro".