quinta-feira, 7 de março de 2019

...a caminho da narrativa dominante!

Os nossos políticos estão muito inquietos com o que consideram ser o “fenómeno de intoxicação da opinião pública” à escala global.
Tão inquietos que a União Europeia criou mesmo uma unidade de missão depois de ter aprovado um 
um documento curioso pois distingue mentiras legítimas – as que forem difundidas pelos partidos políticos, por exemplo – das ilegítimas,
como se pode verificar lendo a definição de desinformação inscrita neste documento.
Admito que alguns leitores tenham ficado tão de boca aberta como eu próprio, pois não imaginava que a desfaçatez chegasse a este detalhe. Mas chegou. O que é revelador: o que realmente preocupa os nossos poderes públicos não é a desinformação, porque desinformação e “fake news” sempre houve e haverá – o que os inquieta é tudo o que contrarie a narrativa dominante. Incluindo tudo o que contrarie a narrativa dominante nos media tradicionais.