quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

PISA. Esta semana!

Podemos dar as voltas que quisermos, iremos sempre começar por aqui: o PISA foi construído a pensar nos alunos, mas o seu primeiro efeito público é o julgamento político dos ministros da educação. Maria de Lurdes Rodrigues, goste-se ou não, será sempre a ministra que fez Portugal dar um grande pulo para cima nas comparações internacionais do PISA, entre 2006 e 2009. Agora, Nuno Crato, goste-se ou não, será sempre o ministro que levou esse trabalho ainda mais longe e que, pela primeira vez, colocou Portugal acima da média da OCDE. E fê-lo após Isabel Alçada ter conduzido o sistema educativo a uma estagnação nos resultados, entre 2009 e 2012. E, mais, fê-lo também em pleno período de assistência financeira, com cortes orçamentais e cinto apertado – isto é, num contexto muito mais exigente do que o dos seus antecessores. (in Na política, Educação discute-se mas não se pensa por Alexandre Homem Cristo
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esta semana
foi aquela em que pudemos fazer o balanço de outra obra de destruição: a de Nuno Crato no Ministério da Educação.
Segundo as oposições de 2011-2015, Crato dedicara-se ao arrasamento implacável da “escola pública”, com o objectivo de desqualificar os portugueses.
pergunta chata: 
- Se esse era o objectivo, como compreender que no fim do mandato de Crato os alunos portugueses tivessem atingido os mais altos níveis de competência em literacia e matemática , e os resultados em matemática caíam em França, sob o anti-austeritário Hollande. (in “As oposições entre 2011 e 2015 mentiram” por Rui Ramos)