Por qualquer razão que me escapava o
Presidente da República Portuguesa (também chamado pelos mais íntimos e colegas
de escola, como o Cavaco, a que às vezes juntam Silva,) decidiu visitar as
Ilhas Selvagens que, simultaneamente, nos continuam a dar xatices com os nossos
vizinhos que, do Oriente, nunca nos mandaram bons ventos e que nos permitem ter
a maior Zona Exclusiva marítima da Europa.
Numa curta visita à História recente (eu
tenho a mania de confirmar o que afirmo) deparei-me com estas notícias que o
queijo levou alguns a esquecer:
- tentativa da Espanha em anexar,
administrativamente, estas ilhas ao seu território (1911);
- "anexação" espanhola das
Selvagens, no "site" oficial da Comissão Europeia, em Dezembro de
2002, como pertencentes ao arquipélago de Canárias;
- voos rasantes por parte de aviões
militares espanhóis (e.g. 1997 e 2007);
- aterragem de um helicóptero Puma AS-330 na
Selvagem Grande (em 1996);
- desembarques ilegais nas ilhas, para
hastearem a bandeira espanhola (em 1995) ou para perseguirem e ameaçarem os vigilantes
(2005);
etc..
Percebi então porque é que o Presidente (em
quem nunca votei mas que democraticamente aceito como de todos nós) se levantou
da cadeira, onde esperava sentado o resultado da troika partidária, e rumou às
Ilhas Selvagens.
A Espanha
argumenta que as Ilhas Selvagens não formam uma “plataforma continental
separada”, porque não se prestam à habitação humana ou a vida económica. A presença
em permanência de dois vigilantes da natureza e de biólogos que ali efectuam investigações
da fauna e flora, tende a contrariar a tese dos nossos vizinhos de Leste.
Acrescenta-se agora, aos contra-argumentos
de Portugal, a visita, com pernoita, do Presidente. Será pouco importante para
os menos esclarecidos, mas é um argumento de peso em Direito Internacional!
Percebi-lhe a atitude... provavelmente
serei o único!
(o que acabei de ouvir um pivot
da tvi24 demonstra a ignorancia que grassa por aí: “ver as cagarras!, disse o
pmj...)