quarta-feira, 31 de julho de 2013

a “silly” vai ao material escolar!


Estamos na “silly season”! Hoje já teremos nas TV’s as requentadas reportagens sobre o custo dos livros escolares (algumas serão do ano passado por via da crise...).
Claro que, aqui, não vou contar a estória do “menino pobre” que estudou (à séria) pelos livros por livros usados do vizinho “menino rico”, nem sequer o facto de minha irmã o ter feito pelos meus, apesar da diferença etária que nos separa e, posteriormente, os ter “passado” a quem deles necessitou!
A notícia repito, requentada, do JN, levou-me a uma pequena pesquisa de “manchetes” de anos anteriores que ao apelarem à nossa tradicional sensibilidade dão títulos e imagens que, como eles dizem, vendem…
Vejamos: 
Em Agosto de 2007 o Portal Financeiro titulava Livros escolares mais caros. Dois anos depois, no mesmo mês de 2009 o Correio da Manhã afirmava Manuais sobem até 5,6%.
Lá por Setembro de 2011 o Diário de Noticias afirmava que Ouro de família já paga livros escolares e propinas e um ano após no Jornal de Noticias escrevia-se que Custos com material escolar podem ultrapassar 800 euros em família com três filhos

Neste ano de 2013, sabe-se lá porquê, mas talvez devido à concorrência inter-jornalistica, a “notícia” chegou mais cedo, em Julho, e o Diário de Noticias (agora ano mais velho) transcreve o seu irmão do norte e acentua que Livros escolares chegam a custar 264 euros às famílias

Tenho esperança de um dia, numa silly season, ter acesso a manchetes que refiram que se cumpriu a Constituição, que o ensino é totalmente gratuito, que não há “chumbos” (retenções como agora se diz!), que os professores são classificados pelos resultados que obtêm, etc., etc., etc.
Porque, como sabem, a esperança é a última a morrer…