Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, à semelhança de Paulo Rangel, acusou Sócrates de não responder às questões que lhe são feitas.
«Não sei se é por uma questão logística de o governo estar mais em baixo, está mais lerdo...» , satirizou, acrescentando que Sócrates «um dia dará contas aos trabalhadores portugueses». O primeiro-ministro respondeu, acusando o PCP de estar em «ponto morto».
Sócrates criticou uma das propostas dos comunistas para fazer face ao endividamento das famílias (que propunha a fixação do spread nos empréstimos praticados pela Caixa Geral de Depósitos), adiantando que «não faz o que é irrealista, como afixar administrativamente os juros da CGD».
Louçã juntou-se às críticas sobre o estado da economia, chegando mesmo a afirmar que era «um estúpido erro económico agravar juros do Banco Central Europeu (BCE), quando as pessoas estão pior».
O primeiro-ministro defendeu-se afirmando que os governadores do Banco Central Europeu estavam sensíveis à situação. «Se o mercado estiver a funcionar, os preços vão descer. O Governo e a Autoridade da Concorrência estão atentos», concluiu. SOL 4a-feira, 24 Setembro 2008