domingo, 22 de novembro de 2020

o polvo socialista...

“O facto de esta notícia passar com um encolher de ombros é demonstrativo de que não aprendemos nada com a Operação Marquês, e que o regime continua podre, pervertido e perigoso.”
“O facto de o primeiro-ministro assumir de forma tão aberta essa relação de confiança pessoal é demonstrativo de uma continuidade preocupante com os tenebrosos anos 2005-2011.
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João Miguel Tavares no Público de 20 de Agosto escrevia sobre a nomeação de Vítor Escária como chefe de gabinete de António Costa, um dos factos políticos mais emblemáticos do ano — e que faz temer o pior:
“Vítor Escária é citado 83 vezes na acusação da Operação Marquês. Foi ele o principal intermediário no negócio das casas do grupo Lena na Venezuela. Chegou a estar sob escuta, houve buscas a sua casa e foi ouvido como testemunha no processo.
“Não foi acusado de qualquer crime. Mas o que consta da acusação é suficientemente perturbante para qualquer primeiro-ministro ter a obrigação política de se manter à distância. (...)
“Em 2013 e 2014, Escária declarou ter recebido 21.250 euros da Proengel II, sociedade de Carlos Santos Silva e do Grupo Lena. Em 2014, foi sócio de Alexandre Cavalleri (detido por suspeita de fraude), dono da empresa Iguarivarius, da qual Mário Lino foi chairman (ler o longo artigo do Observador “Como um ex-ministro e um ex-assessor de Sócrates ajudaram o rei do pernil de porco a conquistar a Venezuela”).
“Isto anda tudo escandalosamente ligado. Vítor Escária é um lobista, um facilitador e angariador de negócios que António Costa acaba de colocar no coração do seu gabinete.
“O facto de o primeiro-ministro assumir de forma tão aberta essa relação de confiança pessoal é demonstrativo de uma continuidade preocupante com os tenebrosos anos 2005-2011.

“O facto de esta notícia passar com um encolher de ombros é demonstrativo de que não aprendemos nada com a Operação Marquês, e que o regime continua podre, pervertido e perigoso.”