quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Não é uma excepção. É um padrão !


Não via António Costa assim irritado desde as perguntas que lhe fez uma jornalista da SIC junto ao pavilhão Atlântico, em 2015.
Não. Desde que recusou a decisão da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos para tornar público um relatório sobre obras públicas municipais, em 2013 quando era presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Não. Desde 2011 quando o jornal Público, amparado pela lei, pediu para ter acesso a esse mesmo relatório.
Não. Desde que não gostou de algumas perguntas do jornalista Vítor Gonçalves numa entrevista na RTP, também em 2015.
Não. Desde que enviou um sms ostensivo ao director do Expresso, João Vieira Pereira, muito aborrecido com um artigo de opinião publicado nesse semanário. Ironicamente num 25 de Abril, em 2015.
Não. Desde que à entrada de uma reunião da Comissão Nacional do PS, em Novembro 2016, se irritou ao ser questionado por jornalistas sobre a potencial saída de Centeno do governo.
Não. Desde esse mesmo dia, quando questionado sobre se a não entrega de declarações de rendimentos de António Domingues terá sido uma condição deste para aceitar o lugar de presidente da Caixa Geral de Depósitos.
Não. Desde os incêndios de Pedrógão, em 2017, quando várias vozes lhe perguntaram porque não pedia desculpa aos portugueses.
Não. Desde que mandou terminar uma entrevista à Rádio Renascença no seu carro porque não gostou de uma pergunta, em Setembro de 2017.
Não. Desde aquele embate com Assunção Cristas no Parlamento. Qual deles? Perdi a conta. Foram vários.
Não. Desde a patética cena de Tancos, ao ser questionado se tinha conhecimento dos gravíssimos factos ali ocorridos.