domingo, 27 de abril de 2025

por detrás há sempre uma GRANDE MULHER

 a que sussurra ao ouvido do presidente.

55 anos. Sim, Melania celebrava o seu aniversário no mesmo dia 26 de Abril em que acontecia o funeral do Papa Francisco. E é a ela que se deve um dos momentos politicamente mais relevantes desse funeral. Segundo o jornal britânico Daily Mail , quando estava a acontecer o ‘abraço da paz’, em que os presentes se cumprimentavam e Trump observava, Melania sussurrou ao ouvido do marido “Devias fazê-lo”. Ainda segundo a especialista em leitura de lábios ouvida pelo Daily Mail , Trump respondeu “Está bem” e em seguida cumprimentou o presidente da Estónia, o rei Felipe VI de Espanha e o presidente francês, Emmanuel Macron. O conselho foi objectivamente um bom conselho.
Sabemos pouco sobre esta mulher à excepção do que veste. O acontecido na tarde de 26 de Abril em Roma dá conta do seu instinto político. Talvez seja altura de se parar com as patetices e os boicotes — a Vogue, por exemplo, que faz capa com todas as mulheres dos presidentes norte-americanos, nunca fez capa com Melania depois de Trump ter chegado à Casa Branca — e tratar de perceber qual é o papel de Melania na administração Trump. E o que sussurra ao ouvido do presidente.
https://observador.pt/opiniao/outra-vez-great-television/

a Eslovena Melania Knauss-Trump, nascida Melanija Knavs, é primeira-dama dos Estados Unidos 

sexta-feira, 25 de abril de 2025

afinal (não) o cancelaram!

 

presos politicos da "democracia". um outro 25 de Abril

Durante o Processo Revolucionário em Curso (PREC), entre 1974 e 1975, o Comando Operacional do Continente (COPCON), sob a liderança do major Otelo Saraiva de Carvalho, desempenhou um papel central na manutenção da ordem e na implementação das diretrizes do Movimento das Forças Armadas (MFA). Uma das práticas mais controversas atribuídas ao COPCON foi a emissão de mandados de captura em branco, ou seja, mandados assinados previamente sem identificação específica dos visados, permitindo detenções sem base legal formal.
Os mandados de captura em branco eram documentos assinados por Saraiva de Carvalho e deixados no cofre do COPCON. Durante os turnos de serviço, oficiais podiam preencher esses mandados com os nomes de indivíduos a serem detidos, muitas vezes sem acusação formal ou processo judicial. 
A prática intensificou-se após eventos como a alegada manifestação da "maioria silenciosa" em 28 de Setembro de 1974 e a ainda não esclarecida tentativa de golpe de 11 de Março de 1975. Durante esses períodos, o COPCON realizou detenções de várias figuras associadas à direita ou ao antigo regime, muitas vezes sem provas concretas ou processos judiciais adequados. Entre os detidos estavam políticos, empresários e até personalidades públicas, como o locutor Artur Agostinho.
Em Maio de 1975, cerca de 400 militantes do PCTP/MRPP (Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado) foram presos sob acusações vagas de sabotagem ou conspiração, refletindo o uso indiscriminado desses mandados. 
A utilização de mandados de captura em branco pelo COPCON suscitou críticas significativas de diversos setores da sociedade portuguesa. Muitos consideraram essas ações como abusos de poder e violações dos direitos fundamentais. O CDS, por exemplo, destacou essa prática como uma das "atrocidades" cometidas durante o PREC, associando-a a uma tentativa de imposição de uma ditadura marxista em Portugal. ​
O 25 de Novembro de 1975, marcou o fim do PREC e a derrota das forças de extrema-esquerda, o COPCON foi desmantelado, e Saraiva de Carvalho perdeu influência política. 
A prática dos mandados de captura em branco é hoje lembrada como um dos episódios mais controversos do período revolucionário português.


A HISTÓRIA dos FACTOS do 25 de ABRIL de 1974

Um pouco farto de tantos anos de "branqueamento" das acções de esquerda, em geral, e dos comunistas e socialistas/marxistas, em particular, venho hoje relatar-vos e relembrar alguns dos FACTOS da história de Portugal, ligadas aos acontecimentos desta data.
.
Quase sempre, quando a verdadeira história do 25 de Abril é contada, os Comunistas e seus Aliados socialistas adoptam uma de três atitudes:
a. - Insultam quem os desmascara, tentando assim desmobilizar e constranger quem o faz;
b. - Chamam Mentirosos às pessoas que contam a verdadeira história, por forma a tentarem desacreditar o autor;
c. - Chamam de "fascistas", e mais recentemente de “populistas”, a todos os que denunciam aquilo em que se tornou o Golpe de Estado Militar de 1974;
.
É uma Táctica de há muito conhecida, que tem por detrás o pensamento de que “a melhor defesa é o ataque”.
São, no entanto, tácticas já muito "velhinhas", as quais estão bem descritas nos manuais de subversão socialistas e comunistas e seus vários ramos (leninismo, estalinismo, trotskismo, maoísmo, etc.…)
Em Portugal estas tácticas foram, e continuam a ser hoje muito usadas, como se pode observar.
.
Quanto aos FACTOS é bom recordar que:
• - Os Comunistas assaltaram o Poder e o “aparelho de Estado”, após o 25 de Abril.
Cometeram nesse período vários crimes contra as Pessoas e contra a Propriedade, e só não foram mais longe porque foram derrotados pelas Forças Armadas Moderadas, no dia 25 de Novembro do ano seguinte.
Mesmo assim ainda tiveram tempo para cometer alguns, tais como as prisões arbitrárias de pessoas sem culpa formada nem direito a julgamento, roubo (nacionalizações selvagens) de empresas, roubo de propriedades agrícolas, etc.
.
Os 120 milhões de pessoas assassinadas nos países da ex-União Soviética, e na China, Vietnam, Camboja, Laos, Coreia do Norte, Venezuela, Cuba, à ordem dos criminosos Partidos Comunistas, não deixam margem para dúvidas sobre o que aconteceria se tomassem o Poder em Portugal.
A bem da verdade, valeu-nos, não o PS mas sim a personalidade do Dr Mário Soares e de alguns poucos dos seus amigos mais próximos, que ao verem o seu Poder desvanecer-se lutaram contra o PCP.
(Isto não desculpa a sua actuação, em conluio com o PCP do Dr Alvaro Cunhal de dar o Ultramar, sem qualquer Referendo às Populações, à URSS e seus aliados).
(Mas disso falarei noutro artigo).
.
Do que não há igualmente dúvidas é que os comunistas só não são um problema sério nos dias de hoje, porque não valem mais do que 10% dos votos expressos e têm visto o número dos seus votantes descer quase para metade:
Na verdade:
• - Em 1976 votaram neste partido cerca de 800.000 pessoas. Hoje pouco ultrapassam as 400.000. Na minha opinião, ainda bem.
Como tal têm adoptado uma atitude disfarçadamente moderada, para tentarem sobreviver politicamente, em obediência à táctica que está descrita nos seus manuais de “um passo atrás, para dar a seguir dois passos à frente”.
.
Ora acontece, e nunca é demais recordá-lo, que estabeleceram, onde governaram, Ditaduras que se revelaram verdadeiramente Assassinas, facto que escondem mas que, felizmente para a memória das sociedades, está bem documentada.
Ditaduras tais como as de:
• - Lenine, Estaline e suas purgas e Campos de Concentração (os Gulags);
• - Mao Tsé Dong e a sua Marcha da Fome e seus sucessores até ao actual Jiji Ping;
• - Chu-En-Lai, Fidel Castro, Kim Il Sung e seus descendentes;
• - Hugo Chávez e Nicolas Maduro, etc.… etc...
que mataram, por simples delito de opinião, no seu conjunto, mais de 120 Milhões de Seres Humanos.
.
Curiosamente foi um dos Líderes do P.C.U.S. (Partido Comunista da União Soviética) que chegou a seu Secretário-Geral, de seu nome Nikita Kruschev, um dos primeiros a desmascarar as práticas assassinas dos Comunistas, conduzidas pelos seus antecessores Lenine e José Estaline.
Mas mal Kruschev foi afastado da liderança do PCUS, a sua denúncia dos crimes comunistas foi silenciada pelo seu sucessor Leonid Brejnev e seguintes, até ao final do criminoso Sistema Comunista, que aconteceu com o surgimento das políticas da “Glasnost” e “Perestroika” implementadas pelo último líder comunista da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, (URSS), Mikail Gorbatchov.
.
Todos estes FACTOS estão muito bem descritos e documentados em vários arquivos, bem como em várias obras publicadas, de que são apenas alguns exemplos os vários Livros de Alexandre Soljenitsin e o Livro Negro do Comunismo.
Óbviamente que quando são relatados por alguém todos estes factos, logo são utilizadas as tácticas acima descritas para tentar silenciar e desacreditar o seu autor.
Tentam igualmente nesses ataques atribuir maiores culpas a outros ditadores não comunistas, atribuindo-lhes a acusação de terem sido piores e ditadores “de direita”, tentando atribuir a esse sector político, seu adversário, todos os malefícios da humanidade.
Ora na verdade ninguém sério nega a actuação e os resultados destas outras ditaduras. Mas também ninguém deve favorecer o “branqueamento” que os comunistas e socialistas marxistas tentam fazer, tomando as atitudes acima descritas.
.
NOTA: Antes de terminar gostava de dar só mais uma informação:
É bom esclarecer de uma vez por todas que Hitler era o Líder --- notem bem a denominação --- do "Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães", mais conhecido por Nazi.
Daí a essa ditadura ser considerada de direita ou de extrema-direita... é outra mistificação, com que muitos ainda compactuam por ignorância.
.
A ALIANÇA entre COMUNISTAS e NAZIS de 1939
Esta "colagem" destina-se a fazer “esquecer” a alguns líderes não comunistas o Pacto de Não-Agressão (Pacto entre a Alemanha - Nazi e a URSS - Comunista), celebrado em 23 de Agosto de 1939, entre Josef Estaline e Adolf Hitler, assinado pelos seus Ministros dos Estrangeiros da URSS Comunista (Molotov) e da Alemanha Nazi (Ribbentrop).
Pacto no qual ficava estabelecido que os Comunistas ficavam com metade da Polónia (a outra metade para a Alemanha) e com a Bessarábia.
Como contrapartida Estaline não impediria, nem se intrometeria nas conquistas de Hitler, em todos os restantes países do continente europeu.
.
O 25 de ABRIL de 1974
Outra das mentiras favoritas dos defensores da linha socialista/comunista é o dizerem que foram eles os autores do Golpe de Estado do 25 de Abril de 1974.
Na verdade, no período entre 25 de Abril de 1974 e 25 de Novembro de 1975, tudo fizeram para que não houvesse Eleições em Portugal, bem como afastaram todos os Oficias Moderados das FA’s, de forma a poderem entregar o ex-Ultramar Português aos Partidos Comunistas desses, hoje, países e que ainda hoje os dominam e, em consequência, à esfera de Poder da então URSS, o que aconteceu.
Todos estes FACTOS estão bem documentados.
.
COMO NASCEU o Golpe Militar de 25 de ABRIL de 1974?
A verdade é que este aconteceu sim, mas por via do descontentamento de uma parte dos Oficiais das Forças Armadas.
1º Tal descontentamento surgiu após a publicação de um Diploma, (Decreto-Lei nº 353/73), da autoria do então Ministro do Exército, General Sá Viana Rebelo.
a. Esse diploma prejudicava a Carreira Militar dos Oficias do Quadro Permanente, ao dar a possibilidade aos Oficiais Milicianos (Quadro de Complemento) de entrarem para o Quadro Permanente, sem terem que frequentar a Academia Militar durante o mesmo número de anos que os primeiros.
b. Pretendiam os Oficias do Quadro Permanente que o Governo revogasse essa Lei. Tal Diploma, embora posteriormente modificado (mas não revogado), foi na verdade a origem do descontentamento, sobretudo junto dos Oficiais das patentes de Alferes a Capitão.
Este descontentamento era ainda reforçado pela não satisfação de duas outras reivindicações mais antigas, que diziam respeito à exigência de:
2º - Mais e melhor Armamento, nomeadamente pela substituição das G3;
3º - Melhores Salários, sobretudo quando estivessem em zona operacional de 100%.
Estas três reivindicações, não satisfeitas pelo regime do Estado Novo em descrédito político já avançado, dada a natureza errática, de avanços e recuos da denominada "Primavera Marcelista", toldaram as relações entre o Poder Político e as F.A’s.
.
CONCLUSÃO:
Foi a não satisfação destas três reivindicações que deram origem ao Golpe de Estado Militar de 25 de Abril de 1974, executado exclusivamente por Militares e não por nenhum Partido Político, muito menos pelo PCP. Este partido infiltrou quadros seus no movimento e acabou por dominá-lo nos dias seguintes a essa data.
O PCP e PS apenas aproveitaram a acção dos militares para dar o Ultramar Português à esfera Comunista Internacionalista.
.

à Direita no 25 de abril

terça-feira, 22 de abril de 2025

A Criação do "Antimeridiano" de Tordesilhas e o Tratado de Saragoça

A criação do "antimeridiano" de Tordesilhas em 1530 e o Tratado de Saragoça, celebrado a 22 de abril de 1529, foram eventos cruciais na história da navegação e exploração marítima. Esses acordos moldaram as relações entre Portugal e Espanha e definiram as jurisdições de exploração no Oriente.

No final do século XV e início do século XVI, Portugal e Espanha eram potências marítimas em ascensão, explorando novas terras e rotas. O Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, dividiu o mundo entre os dois países ao longo de um meridiano a 370 léguas a oeste de Cabo Verde. No entanto, questões sobre a jurisdição das recém-descobertas Ilhas Molucas, ricas em especiarias, levaram a novas negociações e disputas.
Em 1530, foi estabelecido o "antimeridiano" de Tordesilhas na zona oriental do globo. Este meridiano, diametralmente oposto ao definido no Tratado de Tordesilhas, pretendia resolver a questão das Ilhas Molucas. A viagem de Fernão de Magalhães, em representação da Espanha, chegou às ilhas em 1521, intensificando o litígio entre os dois países. Diversos navios portugueses já haviam atingido as Molucas, criando dúvida sobre sua jurisdição.
As negociações para resolver o litígio começaram em Badajoz, mas só foram concluídas com o Tratado de Saragoça. Celebrado a 22 de abril de 1529, o tratado consagrou o direito de compra das Ilhas Molucas por parte dos portugueses. D. João III tentou provar a precedência dos portugueses na descoberta das ilhas, mas, em última instância, Portugal comprou as Molucas por 350.000 ducados.
A Carta de Confirmação e Ractificação foi emitida por D. João II, formalizando o acordo do Tratado de Saragoça. Esta carta incluía cláusulas contractuais de mútuo respeito e proteção na mudança de administração das ilhas, garantindo uma transição pacífica.

A criação do "antimeridiano" de Tordesilhas e o Tratado de Saragoça foram marcos importantes na história de Portugal e Espanha. Esses acordos não apenas resolveram disputas territoriais, mas também estabeleceram precedentes para futuras negociações e delimitações territoriais. A compra das Ilhas Molucas e a criação do "antimeridiano" foram passos significativos na expansão marítima portuguesa, consolidando sua posição como uma potência global.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Isabel Babo Lança


 

O Preconceito Classista e alegadamente Intelectual no Cenário Político Português

No actual cenário político, o antifascismo, que outrora dominava as discussões como principal factor de demonização, tem dado lugar a um novo protagonista: o preconceito. 
Ora o preconceito não se limita apenas às divisões de classes, mas infiltra-se nas esferas intelectuais, perpetuando estereótipos e alimentando divisões.
A figura de André Ventura, líder do partido CHEGA, exemplifica perfeitamente esta dinâmica. Nascido e criado em Mem Martins, Ventura é frequentemente alvo de críticas que vão além de suas posições políticas. As críticas dirigem-se à sua origem humilde, à falta de etiqueta, ao modo de se expressar e até mesmo às suas preferências de vestuário. Tais comentários revelam um preconceito classista latente, onde os atributos pessoais e a origem são utilizados para desqualificar o indivíduo e, por extensão, os seus apoiantes.
Este preconceito classista é alimentado pelo que se vê, ouve e lê em diversos meios de comunicação, onde Ventura é frequentemente caricaturado como um "suburbano sem maneiras", um "grosseiro" que "grita e gesticula na TV". Estas descrições, embora possam conter elementos de verdade, são frequentemente carregadas de um viés que visa desqualificar não apenas o político, mas também os seus eleitores.
Os eleitores do CHEGA são igualmente vítimas deste preconceito. Descritos como "pobres e analfabetos", "ressentidos e ressabiados", são frequentemente retratados como membros de uma subclasse, cujas conversas e preocupações são reduzidas a "desabafos de taberna" e "conversas de taxistas e cabeleireiros". Esta visão condescendente e redutora ignora a diversidade de motivos que podem levar um indivíduo a apoiar determinado partido e perpetua a ideia de que apenas as elites possuem a capacidade de fazer escolhas políticas conscientes e informadas.
O preconceito intelectual é igualmente pernicioso. Os membros do CHEGA são frequentemente descritos como "grunhos" desprovidos de ideias ou programas políticos coesos. Esta visão não apenas desqualifica o partido, mas também minimiza as preocupações legítimas de seus eleitores. Ao reduzir o partido a um "ajuntamento de deploráveis", mais necessitados de "tratamento do que consideração política", ignora-se a complexidade do fenômeno político e as razões profundas que levam ao surgimento e crescimento de movimentos populistas.
A demonização, no entanto, tanto pode ser uma desgraça quanto uma força para o CHEGA. Num cenário onde as elites políticas e intelectuais são vistas como cada vez mais distantes e desconectadas das preocupações reais da população, o ressentimento das classes populares pode ser canalizado no apoio a partidos que se apresentam como alternativas ao status quo. Assim, o preconceito que visa desqualificar pode, paradoxalmente, ser um factor de mobilização e fortalecimento.
Neste contexto, é fundamental que o debate político se eleve acima dos preconceitos e estereótipos. A desqualificação baseada em origem social ou nível educacional não apenas empobrece o debate, mas também alimenta divisões que são prejudiciais à coesão social e ao funcionamento da democracia. É necessário reconhecer a diversidade de opiniões e as razões legítimas que levam os indivíduos a apoiar diferentes movimentos, promovendo um diálogo mais inclusivo e respeitoso.

Francisco I

 


terça-feira, 15 de abril de 2025

as Linhas Vermelhas e a Política de Exclusão

A Emergência de Novos Desafios
A Alemanha está actualmente no centro de uma agitação política significativa. Embora o novo governo ainda não tenha oficialmente tomado posse, as tensões políticas são palpáveis, refletindo-se nas recentes sondagens e nas reações do público. Este período de transição e incerteza destaca as complexidades da política alemã e os desafios que o novo governo enfrentará.
Os resultados da sondagem mais recente representam um momento marcante no cenário político europeu. Pela primeira vez, o partido Alternativa para a Alemanha (AfD) liderou uma sondagem nacional, ultrapassando a União Democrata-Cristã (CDU) por um ponto percentual. Esta conquista do AfD é particularmente significativa num contexto onde a formação do novo governo está prestes a ser apresentada.
No dia 16 de abril, será revelado o novo governo alemão, resultante de um acordo entre os partidos democratas cristãos CDU/CSU e o socialista SPD. Contudo, a decisão de excluir a AfD, o segundo partido mais votado, das negociações para a formação do governo gerou um descontentamento considerável entre os eleitores.
A insatisfação com a exclusão da AfD foi refletida nas últimas sondagens, onde a CDU registou uma queda desde as eleições de final de fevereiro. Esta diminuição do apoio à CDU parece ter beneficiado a ascensão do AfD, que agora se encontra numa posição inédita de liderança em sondagens nacionais. A ascensão do AfD, um partido frequentemente associado a posturas eurocéticas, levanta questões sobre o futuro da política alemã e a direcção que o país tomará.
Tanto na Alemanha como em Portugal, as chamadas "linhas vermelhas" ou a política de "não é não" têm-se mostrado ineficazes. Na Alemanha, a exclusão da AfD das negociações para a formação do governo não fez diminuir o apoio ao partido; pelo contrário, parece ter galvanizado os seus eleitores. Este fenómeno sugere que a estratégia de marginalizar certos partidos pode ter o efeito oposto ao pretendido, fortalecendo a sua base de apoio em vez de enfraquecê-la.
O desenvolvimento na Alemanha tem reverberações que vão além das suas fronteiras. O fortalecimento de um partido como o AfD, que muitas vezes adopta uma postura crítica em relação à União Europeia, pode influenciar as dinâmicas políticas em toda a Europa. Outros países poderão observar de perto como a Alemanha lida com esta nova configuração política e tirar lições para as suas próprias estratégias eleitorais e de governança.
O novo governo alemão enfrentará vários desafios imediatos. Primeiro, terá que abordar a crescente polarização política e encontrar maneiras de unir uma sociedade cada vez mais dividida. Segundo, a gestão da economia, especialmente num período de incertezas globais, será crucial. E terceiro, a política externa, incluindo as relações com a União Europeia e outras potências mundiais, requererá uma abordagem equilibrada e estratégica.
Os recentes desenvolvimentos políticos na Alemanha destacam um período de mudança e incerteza. A ascensão do AfD nas sondagens, a formação do novo governo e as reações do público alemão são indicativos de um cenário político em evolução. À medida que a Alemanha se prepara para apresentar o seu novo governo, as atenções estarão voltadas para como este navegará os desafios internos e externos que surgirem. Em última análise, a resposta a estas questões moldará não apenas o futuro da Alemanha, mas também terá implicações significativas para a política europeia em geral.

domingo, 13 de abril de 2025

outra vez o Bloco Central na Política Portuguesa?

Primeiro foi Pedro Siza Vieira. Estava Março a acabar e o antigo ministro, que chegou a ser número dois de António Costa, afirmava numa entrevista ao PÚBLICO: “Precisamos de um governo muito forte para uma emergência, um governo de bloco central”. Dias depois foi a vez de Ferro Rodrigues ex.PAR e antigo SecGeral do PS declarar que “o país pode estar a caminhar para uma situação limite que pode exigir uma solução desse género“, sendo que o género é o bloco central. 
Porquê este regresso da hipótese dum bloco central? Vem aí uma geringonça!
A hipótese de um bloco central, uma aliança entre os dois maiores partidos portugueses, o PSD e o PS, surge novamente no horizonte político devido à exclusão do Partido CHEGA de possíveis coligações e à ausência de uma maioria absoluta para qualquer partido. Assim, é possível que o PSD e o PS já tenham iniciado negociações para formar um novo Bloco Central após as eleições de 18 de Maio.

A ideia de um Bloco Central não é nova. Após as eleições de 4 de Outubro de 2015, que resultaram na vitória da coligação PSD-CDS sem maioria absoluta, o derrotado PS manteve um simulacro de negociações com o PSD-CDS enquanto efetivamente negociava com o BE e o PCP, com os quais já estava em contato visando uma solução de governo desde antes das eleições. Esse movimento estratégico levou à formação da "geringonça", uma coligação inédita que permitiu ao PS governar com o apoio da extrema-esquerda.
Agora, o cenário parece repetir-se, mas com nuances diferentes. Se em 2015 o PS deu “uma facada nas costas” ao PSD-CDS e formou a "geringonça", é possível premonizar que, para se manter no poder, fará o mesmo aos partidos da extrema-esquerda. Pelas mesmas razões, o PSD-CDS pode usar o “não é não” ao CHEGA, excluindo o partido de quaisquer negociações futuras. O resultado lógico é a formação de um novo Bloco Central.

Este possível regresso do Bloco Central reflete a instabilidade e a fragmentação do atual panorama político português, onde alianças temporárias e estratégicas parecem ser a chave para a governabilidade. 
Se a história se repetir, a política portuguesa enfrentará um novo período de ajustes e redefinições, com consequências que poderão ressoar por muitos anos.

sábado, 12 de abril de 2025

Mais um debate controverso do André Ventura e com uma inesperada candidata?

O líder do Chega, é confrontado por uma alegada jornalista com uma postura inesperadamente agressiva e pouco imparcial. Ao contrário do que acontece com outros líderes políticos, o tom adotado levanta sérias questões sobre o tratamento desigual nos media portugueses.
E rapidamente o debate aquece, transformando a entrevista num verdadeiro confronto televisivo. A alegada jornalista, numa atitude fora do comum, adota uma postura combativa, o que faz com que André Ventura se veja obrigado a defender-se incisivamente. Esta dinâmica cria um clima de tensão e atrito, que se reflete na maneira como as questões são colocadas e respondidas.
Ética Jornalística?
Durante a entrevista, são levantadas questões cruciais sobre liberdade de expressão e pluralidade de opinião. André Ventura, sempre polêmico nas suas posições, argumenta que os media têm tratado o seu partido de forma injusta e parcial. Por outro lado, a jornalista insiste em questionar as bases ideológicas e as propostas do partido Chega, fazendo uso de uma estratégia mais agressiva.
Também a ética jornalística é posta à prova neste confronto. A postura da jornalista, que contrasta com a neutralidade esperada, suscita uma discussão sobre os limites da imparcialidade e a responsabilidade dos mídia em proporcionar uma cobertura equilibrada e justa. Este aspecto é um dos pontos centrais deste vídeo, onde se analisa se a abordagem adotada foi adequada ou se ultrapassou os limites do que é considerado ético no jornalismo.

Para um dia rever e conferir qual é a diferença

 





sexta-feira, 11 de abril de 2025

o "radar do Observador"

 


a Ascensão dos Partidos de Direita

Também em Portugal o cenário político está em plena transformação, com o CHEGA a emergir como uma força significativa. As próximas eleições poderão confirmar esta tendência e determinar a direção futura do país. É essencial observar como os partidos de direita, particularmente o CHEGA, continuarão a moldar as intenções de voto e a política nacional nos meses e anos que se aproximam..
De acordo com os dados mais recentes, e contrariando os comentadores do regime, o CHEGA tem mostrado recuperação nas intenções de voto. No último barómetro eleitoral da aximage, este partido passou de 17,3% para 18,6%, demonstrando um crescimento sólido e uma consolidação do seu apoio entre o eleitorado.
Um dos segmentos onde o CHEGA tem mostrado maior força é entre os eleitores mais jovens. Com 23,9% das intenções de voto neste grupo, o partido ultrapassa a AD, que possui 23,5%, e o PS, que está com 22,1%. Este resultado sugere uma mudança no padrão de votação dos jovens portugueses, que cada vez mais parecem inclinar-se para as políticas propostas pelo CHEGA.
Mas a influência do CHEGA também se faz sentir fortemente entre os eleitores de 35 a 49 anos. Neste grupo, o partido quase lidera com 25,5% das intenções de voto, ficando muito próximo do PS, que registra 26,1%. Esta proximidade nas intenções de voto indica que o CHEGA está a ganhar terreno e pode vir a ser um adversário ainda mais forte nas próximas eleições.
.
Se as tendências atuais persistirem, a Assembleia da República poderá ver uma maioria de eleitos dos partidos de direita, o que representaria uma mudança significativa na governança do país. A ascensão do CHEGA, junto com outros partidos de direita, pode trazer novas discussões e políticas ao panorama legislativo português e uma maioria de direita na Assembleia da República pode influenciar diversos setores da política nacional, desde a economia até à educação e saúde. A abordagem das políticas sociais, fiscais e de imigração poderá ser ajustada conforme as novas prioridades dos partidos

domingo, 6 de abril de 2025

programa eleitoral do PARTIDO SOCIALISTA

1ª IVA Zero permanente num cabaz de bens alimentares: O custo permanente desta medida dependerá da dimensão do cabaz e da elasticidade da procura, mas terá um impacto significativo nas receitas do IVA.
2º Redução do IVA para 6% na eletricidade até 6,9 kVA: Esta medida também implicará uma redução permanente nas receitas do IVA da eletricidade de 5,3 M de consumidores
3º Aumento anual do Salário Mínimo Nacional para 1.110 euros em 2029: Este aumento permanente terá um impacto nos custos das empresas e, potencialmente, na despesa pública (em salários da função pública). O impacto exato dependerá da trajetória de aumentos anuais.
3º Redução faseada da semana de trabalho para 37,5 horas: Esta medida deverá ter implicações nos custos de produção permanentes e na necessidade de contratação por parte das empresas, reduzindo a sua competitividade.
4º Atribuição de 500 euros em certificados de aforro a todas as crianças nascidas a partir de 1 de janeiro de 2025: Esta medida tem um custo permanente direto de 500 euros por criança nascida, ou seja, 44 M € por ano
5º Aumento do abono de família em 50% para crianças entre os 3 e os 6 anos: Esta medida terá um custo permanente adicional nos apoios sociais. estimado em 140 M €.
6º Redução em pelo menos 20% do Imposto Único de Circulação (IUC) para veículos até média cilindrada matriculados após julho de 2007: Esta medida resultará numa diminuição das receitas permanente do IUC.
7º Criação de um "ano zero" no IRS Jovem: Esta medida implicará uma perda permanente de receita fiscal no IRS para os jovens que ingressem no mercado de trabalho.
8º Alargamento do apoio à renda para famílias de classe média com taxa de esforço elevada: Esta medida aumentará a despesa pública permanente com apoios à habitação.
9º Extensão da medicina dentária e da saúde mental como cuidados básicos no SNS: Esta medida terá um impacto permanente e muito significativo nos custos do Serviço Nacional de Saúde.

sábado, 5 de abril de 2025

o CHEGA no OBSERVADOR

ou a imprensa a que temos direito


O papel da imprensa na transparência e responsabilidade

Um exemplo recente de colaboração e ética jornalística...
A imprensa desempenha um papel fundamental na sociedade moderna, sendo um dos pilares para garantir a transparência e a responsabilidade dos indivíduos e instituições. Um exemplo recente destaca como a actuação dos jornalistas pode influenciar directa e indiretamente o cenário político e jurídico.
Segundo a SIC Notícias, com cópia no Observador, uma advogada filiada ao Partido CHEGA
foi acusada de tentar burlar um ex-sócio ao falsificar a assinatura de uma mulher já falecida. Esta advogada enfrentou acusações de burla qualificada e falsificação de documentos. Em resposta às denúncias, demitiu-se do cargo de vice-presidência do Conselho de Jurisdição e foi exonerada do gabinete parlamentar do CHEGA. 
Este caso demonstra como a imprensa pode ajudar na "limpeza" de partidos políticos, colaborando com figuras como o Doutor André Ventura para assegurar a integridade dentro das organizações.
No entanto, é crucial examinar a relação entre jornalistas e partidos políticos, que pode ser um tema delicado e controverso. Quando jornalistas denunciam elementos com problemas na Justiça, devem fazê-lo com base em factos verificáveis e sem influências externas. A independência e imparcialidade do jornalismo são vitais para garantir que a informação seja transmitida de forma justa e precisa, evitando distorções que possam prejudicar o entendimento público dos acontecimentos.
Transparência e Responsabilidade
A transparência é um dos objetivos principais da imprensa. Ao expor casos de corrupção, fraudes, e outras irregularidades, os jornalistas agem como guardiões da sociedade, revelando verdades que de outra forma poderiam permanecer ocultas. A responsabilidade vem de sua capacidade de influenciar a opinião pública e pressionar por mudanças através da divulgação de informações cruciais.
Investigações Jornalísticas?
A investigação jornalística é uma das ferramentas mais poderosas à disposição da imprensa. Através de uma apuração rigorosa e de fontes confiáveis, os jornalistas conseguem trazer à luz casos complexos, muitas vezes envolvendo figuras poderosas. Esta prática, quando realizada com ética e responsabilidade, pode levar à justiça e à reforma institucional.
A colaboração entre os jornalistas e o Partido CHEGA neste caso desta advogada, bem como noutros anteriormente divulgados, exemplifica como a imprensa pode actuar em conjunto com entidades políticas para promover a integridade. No entanto, é necessário que estas alegadas colaborações respeitem os princípios de independência e imparcialidade, assegurando que a cobertura jornalística não se transforme em um instrumento de poder manipulável como parecem ser os casos denunciados.
A imparcialidade é um princípio essencial do jornalismo. Os jornalistas devem reportar eventos e factos sem permitir que suas próprias opiniões ou as opiniões de terceiros influenciem a narrativa. A imparcialidade garante que o público receba uma visão equilibrada e honesta das situações, formando uma opinião baseada em dados concretos e não em preconceitos ou distorções.
Manter a imparcialidade pode ser desafiador, especialmente em um ambiente onde diferentes interesses tentam influenciar a cobertura da imprensa. A pressão política, econômica ou social pode tornar difícil a tarefa de reportar com neutralidade. Portanto, os jornalistas devem estar constantemente vigilantes e comprometidos com os princípios éticos de sua profissão.
A independência e imparcialidade da imprensa têm um impacto directo na sociedade. A informação correta e justa permite que os cidadãos tomem decisões informadas e participem ativamente da vida cívica. Além disso, a responsabilidade da imprensa em denunciar irregularidades contribui para a formação de um ambiente de confiança e transparência.

O papel da imprensa na transparência e responsabilidade não pode ser subestimado. A colaboração entre jornalistas e entidades, quando realizada com ética e independência, pode promover mudanças significativas e positivas. No entanto, é crucial que os jornalistas mantenham sua imparcialidade para garantir que a informação transmitida seja justa e precisa. Somente através de uma imprensa livre e responsável a sociedade pode alcançar um nível maior de justiça e integridade.

terça-feira, 1 de abril de 2025

A Crise da Democracia na Europa

a politização da Justiça e as suas consequências
A recente condenação de Marine Le Pen é apenas um exemplo de uma tendência preocupante que se está a espalhar pela Europa: a politização da justiça. Em vez de desempenhar o seu papel como um poder independente, o judiciário está a transformar-se numa ferramenta de repressão política, limitando a escolha dos eleitores e, consequentemente, minando os princípios democráticos.
A condenação de Marine Le Pen na França não é apenas uma questão legal, mas sim um sintoma de um problema mais profundo. A acusação de que a justiça francesa está a ser usada para suprimir vozes políticas dissidentes é grave e levanta questões sobre a integridade do sistema democrático francês. Este não é um incidente isolado; é parte de um padrão mais amplo de utilização da justiça para fins políticos.



Este fenómeno não se limita à França. Na Alemanha, Itália, Hungria e Roménia, a politização da justiça tem sido um tema constante. Em cada um destes países, temos visto casos onde o judiciário intervém de forma a limitar a capacidade dos eleitores de escolher livremente os seus representantes.
Na Alemanha, partidos políticos alternativos enfrentam processos judiciais que, muitas vezes, parecem ter o objetivo de marginalizá-los.
Em Itália, a situação não é diferente. Processos contra líderes políticos que desafiam o status quo são comuns, levantando preocupações sobre a imparcialidade do sistema judicial.
Tanto na Hungria como na Roménia, a utilização do judiciário como uma arma contra a oposição política é uma realidade bem documentada. O resultado é uma erosão gradual da confiança no sistema democrático e um enfraquecimento das instituições que deveriam proteger essa democracia.
.
A liberdade de voto, um dos pilares da democracia, está sob ataque. Embora tecnicamente os cidadãos ainda tenham a liberdade de escolher os seus representantes, essa escolha é cada vez mais influenciada por um sistema judicial que parece favorecer certos partidos políticos e candidatos. A ortodoxia europeia parece ditar que só aqueles que não levantam obstáculos à imigração descontrolada são dignos de serem eleitos. Esta prática é uma ameaça direta à soberania popular e à legitimidade das eleições.
A situação actual na Europa, onde a justiça está a ser politizada para limitar a escolha dos eleitores, é alarmante. Para que a democracia funcione corretamente, é essencial que o judiciário permaneça independente e imparcial. Só assim poderemos garantir que a vontade do povo seja verdadeiramente respeitada. Continuar neste caminho poderá levar a uma crise profunda de confiança nas instituições democráticas e, eventualmente, à erosão da própria democracia.

Old soldiers never die