segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

a Arte da Negociação

A Arte da Negociação, de Donald Trump, é um livro que oferece a visão dele sobre como realizar negociações eficazes e garantir o melhor acordo possível (BATNA). Embora Trump seja principalmente conhecido pelo seu envolvimento no setor imobiliário, muitos dos princípios apresentados no livro podem dar-nos a conhecer como ele os aplica à politica. Vamos explorar como essas ideias podem ser interpretadas e adaptadas para fortalecer suas habilidades de negociação e, ao mesmo tempo, maximizar resultados em sua organização.
1. Pensamento Estratégico
Trump escreve sobre o planeamento cuidadoso de antes de qualquer negociação, destacando a importância de ter objetivos claros e estar bem preparado. Isso significa não apenas conhecer os “produtos e serviços” que precisa adquirir, mas também estudar o “mercado” (as 5 Forças de Porter), entender os pontos fortes e fracos dos fornecedores (Análise SWOT), prever possíveis objeções (Análise de Risco) e identificar oportunidades de concessões (TCO).
2. Criar Valor para Ambas as Partes
Um dos principais pontos do livro é a ideia do "ganha-ganha". Trump sugere que o sucesso nas negociações não depende apenas de vencer, mas de criar uma situação onde todos saem ganhando. Isso é crucial, pois relações de longo prazo podem ser mais vantajosas do que vitórias pontuais. Para isso, usa o tipo de negociação “integrativa”, onde ambos os lados buscam ampliar o valor da fatia para colaborar com o resultado.
3. Usar o Tempo.
No livro, Trump enfatiza a paciência e o uso do tempo como uma ferramenta de negociação. Ele explica que, muitas vezes, as melhores ofertas aparecem para quem sabe esperar e deixar a outra parte falar primeiro. Ancorar uma negociação, abrindo o orçamento logo de início não é uma boa estratégia.
4. Assumir Riscos Calculados
Trump aborda o conceito de assumir riscos como uma parte fundamental do processo de negociação. Isso pode significar estar disposto a testar novos parceiros ou buscar soluções alternativas que ofereçam mais valor a longo prazo.
5. Negociar em Posições de Força
Neste livro, Trump destaca a importância de sempre negociar a partir de uma posição de força, garantindo que o opositor tenha alternativas viáveis. Isso reflete-se no conceito de BATNA (Best Alternative to a Negotiated Agreement).
6. Dominar a Arte da Comunicação
Trump é conhecido por ser um comunicador eficaz, usando tanto palavras quanto ações para impactar negociações. Ele entende o poder de uma boa apresentação e de transmitir confiança e clareza.
7. Enfrentar Impasses com Criatividade
No “A arte da negociação” Trump escreve sobre como lidar com situações em que as negociações parecem estar em um beco sem saída. E sugere que a criatividade e a flexibilidade são essenciais para resolver problemas inesperados e transformar obstáculos em oportunidades.

Como se votou em Magdburgo?

no Observador lia-se:
"Depois de uma análise a um perfil nas redes sociais que se acredita pertencer a Taleb, a imprensa alemã avançou que o médico era um simpatizante do partido de extrema-direita AfD e um fã das ideias defendidas por Elon Musk, Tommy Robinson e Alex Jones. Na sua “biografia” na rede social X, o utilizador que se apresenta como Taleb Al Abdulmohsen descreve-se como “oposição militar saudita” e defende que a “Alemanha persegue as mulheres sauditas requerentes de asilo, dentro e fora da Alemanha, para destruir as suas vidas” No fim, Al Abdulmohsen acredita que a “Alemanha quer islamizar a Europa“.

Premonições?


 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Vamos falar da Bélgica nos que a imprensa (a que remos direito) nos escondeu!

Nos últimos anos, a Bélgica tem assistido a uma mudança significativa no seu espectro político, com uma tendência crescente para a direita. Esta transformação política é impulsionada por vários fatores, que se interligam para criar um cenário complexo e dinâmico.

A inclinação para a direita na política belga pode ser atribuída a várias causas. Entre elas, destaca-se a crescente popularidade de partidos políticos que defendem políticas nacionalistas e pró-independência, especialmente na região flamenga. O Primeiro-Ministro Bart De Wever, líder da Nova Aliança Flamenga (N-VA), é uma figura central neste cenário. De Wever e o seu partido têm defendido consistentemente a descentralização do poder e mais autonomia para a Flandres.

A crise económica global e as subsequentes crises financeiras europeias tiveram um impacto profundo na Bélgica. A austeridade, o desemprego e o ressentimento em relação às políticas da União Europeia levaram muitos eleitores a procurar alternativas políticas que prometessem mudança. Os partidos de direita conseguiram capitalizar este descontentamento, apresentando-se como defensores dos interesses nacionais e regionais contra a suposta ingerência estrangeira e os excessos do federalismo.

Outro fator importante é a questão da imigração. Como muitos outros países europeus, a Bélgica enfrentou desafios relacionados à imigração e à integração de novos residentes. Partidos de direita têm frequentemente utilizado esta questão para galvanizar apoio, alegando que uma postura mais dura em relação à imigração é necessária para proteger a identidade nacional e a segurança pública.

A recente coligação governamental é um reflexo desta mudança política. Liderada por Bart De Wever, a coligação inclui uma combinação de partidos que abrangem desde nacionalistas flamengos a liberais francófonos e democratas-cristãos de ambas as comunidades linguísticas. Esta aliança indica um esforço para criar uma plataforma política ampla que possa abordar as diversas preocupações dos eleitores, ao mesmo tempo em que promove uma agenda de direita.
a Geringonça Belga
. Nova Aliança Flamenga (N-VA): O partido de De Wever, que defende a independência da Flandres e políticas conservadoras.
. Socialistas Flamengos (Vooruit): Embora tradicionalmente de esquerda, esta inclusão demonstra o pragmatismo político necessário para formar um governo funcional.
. Liberais Francófonos (Open VLD/VLD): Com uma orientação liberal, este partido apoia políticas econômicas de mercado livre e reforma.
. Democratas-Cristãos (CD&V-NVA): Representando valores cristãos e políticas sociais conservadoras, este partido tem apoio em ambas as comunidades linguísticas.

A nova orientação da política belga para a direita terá várias implicações. Em primeiro lugar, nas reformas económicas que favoreçam o mercado livre. Em segundo lugar, a questão da imigração provavelmente será abordada de forma mais restritiva, o que pode levar a tensões sociais. Além disso, a questão da autonomia regional e do federalismo continuará a ser uma fonte de debate e potencial conflito.

A relação da Bélgica com a União Europeia também poderá ser afetada por esta mudança política. Com partidos de direita geralmente mais céticos em relação à UE, pode haver uma maior ênfase na soberania nacional e menos disposição para ceder poder a Bruxelas. Isto pode complicar as negociações e a cooperação dentro da UE, especialmente em questões de política económica e imigração.

A inclinação da Bélgica para a direita é um fenómeno que reflete tanto tendências globais como específicas do país quiçá da Europa. A nova coligação governamental liderada por Bart De Wever é um sinal claro desta mudança, e as suas políticas e decisões terão um impacto duradouro no futuro político, económico e social da Bélgica.

Enquanto o país navega por este novo caminho, será interessante observar como estas mudanças afetarão a coesão nacional e a posição da Bélgica no contexto europeu mais amplo.

mas por cá muitos foram saneados e presos...

Após o 25 de Abril, o novo regime democrático preferiu exilar as principais figuras do Estado Novo, e a transição de poder acabou por se fazer sem julgamentos de ministros. 

Chegomania!

O país entrou numa chegomania: tudo é visto em função do Chega. 
Mas será que tudo isso se deve ao mérito do Chega e particularmente do seu líder ou também à forma como os outros partidos lidaram com André Ventura?
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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Há explicações a dar e esclarecimentos a prestar....

Dizem que há explicações a dar e esclarecimentos a prestar 
...mas votam contra a moção de censura do CHEGA.
. Pedro Nuno Santos (PS) recusa apoiar moção de censura do Chega mas exige explicações ao primeiro-ministro
. Marisa Matias (BE) considerou esta terça-feira que “Haverá explicações a dar seguramente. Não colocamos de parte a necessidade de explicações, mas não será com uma moção de censura que se resolverá esse problema“
. Paula Santos (PCP) respondeu: "Consideramos que o primeiro-ministro deve prestar os esclarecimentos que entender necessários" sobre a empresa de compra e venda de imóveis. O PCP acusa Chega de "falsa oposição" e vai votar contra moção de censura

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

e Portugal não foi convidado!

Recentemente, os líderes europeus anunciaram uma cimeira de emergência a ser realizada em Paris, destinada a discutir a crise em curso na Ucrânia. Estranhamente, Portugal não recebeu um convite para participar nesta cimeira, despertando-nos preocupações sobre o seu papel e influência na política externa europeia.
A guerra na Ucrânia tem sido um ponto fulcral de tensão internacional desde o seu início. As ações militares da Rússia e as sanções ocidentais subsequentes criaram um ambiente de incerteza e conflito prolongado. A União Europeia, como um bloco, tem procurado uma abordagem coordenada, mas as divergências internas e as abordagens distintas de países membros têm complicado os esforços.

Portugal tem sido um membro ativo da União Europeia desde a sua adesão em 1986. Tem participado fielmente em várias missões de paz e segurança, contribuindo com tropas e apoio logístico. Além disso, Lisboa tem sido vocal em questões de direitos humanos e democracia, posicionando-se frequentemente como um intermediário moderado. No entanto, a exclusão de Portugal desta cimeira levanta questões sobre a sua influência real nas decisões de alto nível.

A cimeira organizada em Paris reuniu líderes dos principais países europeus, incluindo Alemanha, França e Itália. O objetivo principal foi delinear uma resposta unificada à situação na Ucrânia e discutir as implicações das conversações de paz lideradas pelos EUA. A ausência de Portugal neste fórum sugere uma marginalização que pode ter ramificações significativas para a política externa do país.
Enquanto a Europa se esforça para manter uma frente unida, os Estados Unidos tomaram a dianteira nas negociações de paz com a Rússia. Estas conversações bilaterais indicam uma mudança na dinâmica de poder, com os EUA assumindo um papel mais proeminente e decisivo. A exclusão da Europa, e por extensão de Portugal, destas negociações levanta preocupações sobre a eficácia da política externa europeia e a sua capacidade de influenciar os desdobramentos na Ucrânia.
A reação em Portugal à exclusão da cimeira foi de surpresa e descontentamento. Políticos e analistas expressaram preocupação sobre o impacto desta decisão nas relações de Portugal com outros países europeus e com os EUA. A percepção de uma Europa dividida pode enfraquecer a posição coletiva do bloco e diminuir a influência de Portugal em futuras deliberações.
Qual será o Futuro da Diplomacia Portuguesa?
A exclusão de Portugal desta cimeira de emergência coloca em evidência a necessidade de uma reavaliação da sua estratégia diplomática. Poderá haver uma necessidade crescente de fortalecer alianças bilaterais e de promover uma maior visibilidade internacional para garantir que a voz de Portugal seja ouvida em fóruns críticos.
É imperativo que Portugal examine as suas estratégias e reforce a sua posição dentro da União Europeia e no cenário internacional.
A guerra na Ucrânia continua a ser um desafio global, e a exclusão de qualquer membro da UE das discussões importantes pode ter consequências duradouras para a coesão e a eficácia do bloco.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

[O Primeiro Presidente do Século XXI e a paz na Ucrânia]

O século XXI trouxe consigo uma série de mudanças tectónicas no cenário global, refletidas em parte pela ascensão de figuras políticas controversas e polarizadoras. Um nome que inevitavelmente surge nas discussões é Donald Trump, o 45º Presidente dos Estados Unidos. No entanto, como bem apontado por Rui Ramos, a figura de Trump é menos um agente de mudança e mais um reflexo de um mundo que já vinha mudando há algum tempo.
A eleição de Donald Trump em 2016 foi, para muitos, um choque no status quo da política mundial. Caracterizado por seu estilo inconvencional e políticas nacionalistas, Trump parecia introduzir uma nova era de incerteza e imprevisibilidade. Contudo, como Ramos sugere, o impacto de Trump não reside tanto nas suas ações individuais, mas sim na forma como ele tentou moldar o poder dos EUA para se alinhar com um mundo já em transformação. Este mundo se caracteriza por uma redistribuição de poder, onde a hegemonia ocidental enfrenta desafios crescentes de potências emergentes como a China e a Rússia.
Rui Ramos destaca que o problema não se limita a um único homem, mas sim à trajetória histórica que nos trouxe até aqui. A globalização, a revolução digital e as crises econômicas contribuíram para um cenário onde o papel tradicional dos EUA como superpotência é frequentemente questionado. As políticas de Trump, portanto, podem ser vistas como uma tentativa de resposta a essas mudanças, buscando reestabelecer a influência americana em um mundo cada vez mais multipolar.
Um ponto crucial levantado por João Marques de Almeida é que Trump não foi o único líder
ocidental a tentar dialogar com figuras controversas como Vladimir Putin. Antes dele, Emmanuel Macron, Presidente da França, viajou a Moscovo, e Olaf Scholz, Chanceler da Alemanha, conversou com Putin por telefone.
A guerra na Ucrânia tem sido um dos maiores focos de instabilidade na última década. Marques de Almeida menciona que o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky não deseja perpetuar o conflito. Essa posição ressalta a complexidade da situação, onde os líderes buscam soluções que evitem uma escalada maior, mas enfrentam obstáculos significativos tanto interna como externamente.
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O primeiro presidente do século XXI a causar um impacto profundo no cenário global pode ser visto como mais um produto das circunstâncias históricas do que como um criador delas. Trump, com todas as suas controvérsias, tentou moldar o poder dos EUA para um mundo em mudança, mas não foi o único a reconhecer a necessidade do diálogo em tempos de conflito. O cenário global atual é um reflexo de complexas dinâmicas históricas e políticas que continuarão a evoluir nos próximos anos.

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Os Desafios de Musk Contra o Estado Leviatã

Para entender a gravidade do problema que Elon Musk está tentando resolver, é essencial analisar a crítica conduzida pelo The Economist durante a administração Biden. O artigo foi publicado numa época em que Kamala Harris parecia destinada a suceder Joe Biden na presidência dos Estados Unidos. The Economist, conhecido por sua crítica feroz a Donald Trump e sua imparcialidade analítica, pintou um quadro alarmante do crescimento global do fenômeno do Estado Leviatã.

O conceito de Estado Leviatã se refere a um governo que se torna cada vez maior, mais monstruoso e dispendioso, ineficiente, mas indomável. Este tipo de estado é caracterizado por seu poder esmagador, capaz de sufocar qualquer tentativa de reforma. Em sua análise, The Economist destacou como o Estado Leviatã se fortalece continuamente, tornando-se uma entidade quase imparável.
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Publicado num período de relativa calma política, o artigo do The Economist alertava sobre os perigos de permitir que o estado se expandisse sem controle. A análise foi particularmente relevante durante a administração Biden, quando muitos acreditavam que Kamala Harris assumiria a presidência. A revista britânica expôs as falhas estruturais de um sistema que, apesar de suas intenções democráticas, se tornava cada vez mais autocrático e ineficiente.
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Elon Musk, com sua abordagem "disruptiva", representa uma tentativa de confrontar esse gigante burocrático. Sua visão para reformar os órgãos governamentais e tornar os serviços públicos mais eficientes vai contra a corrente do crescimento desenfreado do Estado Leviatã. Mas será que ele pode ter sucesso onde outros falharam? Ou os poderes de veto, como os do judiciário, continuarão a prevalecer?

Talvez apenas métodos inovadores, como os propostos por Musk, possam quebrar o ciclo de ineficiência e despesa descontrolada que caracteriza o Estado Leviatã. A análise do The Economist sugere que, sem intervenção disruptiva, o estado continuará a crescer de forma desmedida, consumindo recursos públicos de maneira ineficaz.

Embora muitos critiquem Musk por suas abordagens pouco convencionais, é importante considerar que seus críticos podem pertencer a categorias poderosas, protegidas e privilegiadas, acostumadas a ser intocáveis. Eles podem ver em Musk uma ameaça ao status quo que tanto lhes beneficia. No entanto, é crucial questionar se todas as ações de Musk são de fato demoníacas ou se há mérito em suas tentativas de reforma.

A leitura do artigo do The Economist fornece uma perspectiva esclarecedora sobre os desafios enfrentados por Elon Musk em sua tentativa de reformar o Estado Leviatã. Talvez suas abordagens "disruptivas" sejam exatamente o que é necessário para enfrentar um sistema tão robusto e implacável. Ou talvez ele também fracasse, como muitos antes dele. Independentemente do resultado, a análise destacada pelo The Economist nos lembra da importância de manter um olhar crítico sobre o crescimento e a eficiência do estado, e de não descartar imediatamente aqueles que tentam desafiar o status quo.

https://www.economist.com/finance-and-economics/2024/09/23/governments-are-bigger-than-ever-they-are-also-more-useless

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

É obra! No seu Observador!

Como o antigo jornalista Antunes do "A Cabra" e o antigo Director do Publico conseguem, no Processo Tutti Frutti que implica apenas o PS e o PSD, “encaixar” o CHEGA e o deputado André Ventura!

O Grupo “Tutti Frutti” e os Acordos Políticos no Centrão

O grupo “Tutti Frutti” tem sido alvo de intensas discussões no cenário político português, devido aos seus alegados acordos secretos que envolvem os partidos PS (Partido Socialista) e PSD (Partido Social Democrata). Estes acordos visavam um pacto de não agressão, onde cada partido teria garantias de vantagens mútuas através de manobras estratégicas e manutenções de poder.
Um alegado pacto de não agressão entre o PS e o PSD terá sido uma estratégia para garantir que ambos os partidos mantivessem o controle de determinadas áreas e cargos sem a interferência agressiva do outro. Especificamente, o PS teria apresentado candidatos fracos às juntas de freguesia de Areeiro, Estrela e Santo António. Em troca, o PSD adoptaria uma atitude cooperante com o PS, que não possuiria maioria absoluta no Executivo e na Assembleia Municipal.

Os objetivos principais deste pacto de não agressão seriam múltiplos e estrategicamente vantajosos para ambos os partidos:
- Manter o Equilíbrio de Poder: Ao garantir que o PS apresentasse candidatos fracos em certas áreas, o PSD teria mais chances de vitória nessas zonas, mantendo assim um equilíbrio de poder entre as duas partes.
- Colaboração em "Governança": Uma atitude cooperante do PSD possibilitaria ao PS, mesmo sem maioria absoluta, governar de forma mais eficiente e sem grandes obstáculos na Assembleia Municipal e no Executivo.
- Nomeações Cruzadas: Acordos deste tipo também envolviam nomeações cruzadas de membros (“boys”) dos dois partidos para lugares relevantes e estratégicos, assegurando que ambas as partes tivessem influência em áreas chave.
- Adjudicação de Contratos Públicos: Parte do pacto incluía a adjudicação de contratos públicos a empresas previamente selecionadas por ambos os partidos, garantindo, assim, benefícios económicos e a manutenção da influência sobre setores importantes.

Um dos pontos mais controversos deste alegado pacto envolve as nomeações cruzadas de
membros partidários para postos estratégicos. Este mecanismo não apenas fortalecia a presença e a influência de ambos os partidos, mas também assegurava a lealdade e a continuidade das políticas favoráveis aos seus interesses.
As nomeações cruzadas teriam  várias implicações:
- Lealdade Partidária: Garantir que membros de confiança ocupem posições chave assegura a execução de políticas alinhadas com os interesses do partido.
- Influência Partidária: Ao distribuir posições estratégicas entre os seus membros, ambos os partidos podem manter um controle significativo sobre diferentes áreas da administração pública.
mas para
- Percepção Pública tais práticas podem gerar uma percepção negativa entre o público, que pode ver estas nomeações como nepotismo ou corrupção.

Outro aspecto importante deste "pacto" diz respeito à adjudicação de contratos públicos a empresas selecionadas por ambos os partidos. Este tipo de acordo pode ter um impacto significativo nas finanças públicas e na percepção de justiça e transparência no governo.
- Seleção Prévia: Empresas são selecionadas previamente pelos partidos, o que pode indicar favoritismo e falta de transparência.
- Benefícios Económicos: Garantir contratos a determinadas empresas pode resultar em benefícios económicos diretos e indiretos para os partidos envolvidos.
As implicações disso incluíam:
- Transparência: A falta de transparência nos processos de adjudicação pode minar a confiança pública no governo.
- Concorrência: Práticas de favoritismo podem prejudicar a concorrência justa e aberta, afectando negativamente o mercado.-

O grupo “Tutti Frutti” e os seus alegados acordos políticos representam um exemplo de como práticas de cooperação e manobras estratégicas podem ser utilizadas pelos partidos políticos para manter e expandir o seu poder. No entanto, tais práticas também levantam questões sérias sobre transparência, justiça e confiança pública. A análise destes acordos é essencial para entender as dinâmicas do poder político e os seus impactos na governança e na sociedade em geral.

domingo, 2 de fevereiro de 2025

previsão, quiçá premonição, para um pais ingovernável!

Algures no passado recente, aquando da candidatura de André Ventura à Presidência da República, escrevi no Blog reVisões, para publicação no pós eleições, a minha previsão dos resultados dos candidatos.
Ao tempo como candidato, só se conhecia Ventura, enquanto os mídia promoviam Gouveia e Melo, que ainda não tinha avançado com a candidatura.
Hoje, parece que já se perfilam mais candidatos. Apesar do Almirante Melo continuar em silêncio, já é possível dar expressão àquela minha previsão.
André Ventura: O candidato do partido Chega continua a angariar apoios, especialmente entre os eleitores desiludidos com os partidos tradicionais. Ventura tem uma presença mediática forte e um discurso polarizador, o que lhe garante uma base de apoio fiel.
Gouveia e Melo: A imprensa tem promovido o Almirante, apesar de ele ainda não ter avançado oficialmente com a candidatura. A sua gestão da pandemia de COVID-19 conferiu-lhe uma imagem de competência e liderança, que poderá converter-se em votos caso decida candidatar-se.
Outros candidatos: Outros nomes têm surgido no panorama político, cada um com suas bases de apoio e propostas. Ainda é cedo para determinar o impacto de cada um, mas a corrida promete ser disputada.

Com base nas tendências atuais e nas sondagens disponíveis até ao momento, eis a  previsão actual dos resultados:
André Ventura: 25% a 30% dos votos. A sua base de apoio é sólida, mas pode ser limitada pela polarização do seu discurso.
Gouveia e Melo: 20% a 25% dos votos. Se decidir avançar, poderá capitalizar a sua popularidade recente e angariar votos dos eleitores à procura de uma alternativa aos partidos tradicionais.
Outros candidatos: O restante dos votos será dividido entre os outros candidatos, com alguns obtendo resultados mais expressivos dependendo da sua capacidade de mobilização e da força das suas campanhas.
O cenário ainda é fluido e muito pode mudar até à data das eleições. No entanto, estas previsões baseiam-se nas informações disponíveis até agora e na minha análise das tendências políticas actuais.