terça-feira, 1 de outubro de 2019

Capaz de prometer tudo e o seu contrário, este PS de 2019, embriagado pela hipótese de uma maioria absoluta, não é diferente daquele PS de 2009, cuja soberba atirou um país para o abismo.
Costa definiu as três prioridades para a próxima legislatura que correspondem aos três mais visíveis fracassos do “governo”:
- melhorar os serviços públicos,
- cortar na dívida pública e
- reforçar o investimento público.
Costa quer convencer o país de que é possível ter tudo como prioritário, o que realmente significa algo bastante diferente: nada será realmente prioritário para o PS, a não ser dizer sempre aquilo que a plateia quiser ouvir e sonhar com uma maioria absoluta.
Costa elege como prioridade o combate à corrupção (e esta até é caricata, tendo em conta não só o historial do PS
Costa garante Saúde como prioridade para o governo.
Costa não define a diminuição de impostos como prioridade, em Março, mas em Julho já define a diminuição de impostos como prioridade.
Costa afirma que o país tem de dar prioridade à Ciência.
Se se alargar o leque temporal aos últimos 12 meses mais áreas se juntam:
- proteger as florestas,
- promover a educação de adultos,
- aumentar a qualidade do emprego, etc...
(a lista é interminável)
Serão poucas as áreas de actuação do governo que António Costa ainda não destacou como prioritárias. (in “Prioridades à la carte” por Alexandre Homem Cristo)